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28/02/2023 14:00

E vai começar tudo de novo!!!

Escrito por Wagner Gonzalez
Jornalista especializado em automobilismo de competição

Foto: Aston Martin Racing

Felipe Drugovich impressionou nos testes de pré temporada e pode correr no fim de semana


Com favoritismo de Max Verstappen e da equipe Red Bull, respectivamente atuais campeões mundiais de pilotos e construtores, vai começar a temporada 2023 da Fórmula 1, a 74ª da história iniciada dia 13 de maio de 1950 em Silverstone, na Inglaterra. Desde então o Brasil já conquistou oito títulos mundiais com Emerson Fittipaldi (1972 e 1974), Nelson Piquet (1981, 1983 e 1987) e Ayrton Senna (1988, 1990 e 1991), mas ultimamente a bandeira do País tem aparecido no grid apenas esporadicamente, algo que pode se repetir, domingo, no circuito de 5.412 metros construído em Sakhir, cidade situada 32 km ao sul da capital Manama. O paranaense Felipe Drugovich foi escalado para substituir Lance Stroll caso o canadense não se recupere de um acidente quando praticava ciclismo em uma estrada na Espanha.

O favoritismo de Verstappen se explica pelo fato de ele ter sido o mais rápido nos dois dias em que entrou na pista, sempre usando pneus menos aderentes que os utilizado por Perez e Hamilton. Além disso, o fato é reforçado pelo desempenho de Sérgio Perez, mexicano que completa a dupla de pilotos oficiais da equipe austro-inglesa e no último de três dias de testes marcou o tempo mais rápido, 1’30”305. Diante disso espera-se que os tempos de classificação para este ano sejam significativamente mais baixos do que a pole position de Charles Leclerc na corrida de 2022 (1’30”558). É difícil fazer previsões muito mais extensas do que isso com base no desempenho dos 20 pilotos que foram à pista e completaram 3.813 voltas e 21.598 km, distância equivalente a sete GPs.

A razão de analisar com reservas os resultados registrados na semana passada decorre do fato que nem todos os carros andaram nas melhores condições de rendimento: pouco volume de combustível no tanque, mesmo composto de pneus e não necessariamente dentro do regulamento. Nos testes de pré-temporada é possível que um carro ande com aerofólio mais alto ou explorando outros recursos que ajudem a conseguir melhor rendimento e, com isso, gerar importante espaço na mídia, leia-se apelo maior para convencer potenciais patrocinadores que ainda não garantiram apoio. Por isso mesmo uma ideia melhor das chances de cada equipe estará mais clara após o treino de classificação, a partir das 12:00 (horário de Brasília), no sábado.

Ainda assim, o paddock da categoria acredita que a Red Bull está à frente de todos e terá o melhor início de campeonato. Ferrari (agora liderada por Frédéric Vasseur) e Mercedes seriam as seguintes, nessa ordem. O bom desempenho da Aston Martin é motivo para acompanhar o trabalho de Fernando Alonso e Lance Stroll com atenção: o dono do time, Lawrence Stroll, investiu pesado na expansão técnica e humana da equipe e, aparentemente, o resultado disso pode se materializar. Isso é bom para Felipe Drugovich, que tem uma chance razoável de estrear na categoria e melhorar ainda mais sua cotação na Fórmula 1.

O brasileiro foi elogiado por Mike Krack, o diretor da equipe, Fernando Alonso e até mesmo Gary Anderson, engenheiro e projetista da categoria que hoje atua como colaborador de diversas publicações internacionais na condição de analista técnico. Uma decisão sobre sua participação é esperada para hoje ou amanhã e depende da recuperação do canadense Lance Stroll.

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