Teobaldo “Neco” Becker, o chefe de equipe da equipe Targh 400, enviou ao Kart Gaúcho um relato de como foi a participação de sua equipe na 11ª edição da 500 Milhas Granja Viana, realizada no último final de semana. Confira:
Com certeza tivemos uma boa atuação nesta edição de 2007. Durante os treinos fizemos acertos visando a tomada de tempos, volta lançada e a prova e os tempos destes treinos nos mostravam que realmente estávamos rápidos para qualquer situação. Fomos a única equipe a colocar dois karts nas cinco primeiras posições no grid de largada e fizemos uma ótima largada com nossos dois karts nas três primeiras posições em uma prova baseada única e exclusivamente em nossa estratégia.
Os karts 40 e 41 andaram sempre entre os primeiros até a metade da prova, quando o 40 começou a ter problemas de motor. Faltando cerca de quatro horas para o término da prova o 40 recebeu um novo motor e nesta altura da prova era um dos mais rápidos junto com o kart 41. Como o kart 40 estava tão rápido quanto o 41, sua missão na prova a partir deste momento passou a ser andar sempre atrás do kart 41 para ajudá-lo, caso fosse necessário, como por exemplo, se fosse detectado algum problema mecânico (embreagem, pois estava ocorrendo muito este tipo de problema) ele o empurraria até o box.
Foi quando o Diretor de Prova, que é soberano nas decisões do andamento da prova, agitou a bandeira vermelha anunciando sua paralisação.
Durante a paralisação observei que para terminarem a prova os karts 70, 71, 29 e o 41 da Targh precisavam de mais uma parada para abastecer e que os da Piquet Sports não precisariam, mas estavam com duas voltas de atraso. Optamos por uma parada logo que o box fosse liberado pois éramos o mais rápido na pista ate aquele momento. Infelizmente o Diretor de Prova, que volto a dizer, tem total autoridade, decidiu encerrar a prova visto que tinha sido detectado novamente um problema de cronometragem e que já havia sido percorrido mais de 75% da prova. Isto está em regulamento e nossa equipe aceitou com normalidade, já que conhecemos os regulamentos que regem as provas em que participamos.
No término da prova ficamos a “apenas” a 43 segundos do primeiro colocado (um bom pit leva 1 minuto e 40 segundos), que precisava fazer mais um pit stop caso a prova fosse encerrada em 644 voltas ou em 12 horas, e a duas voltas na frente dos karts da Piquet Sport. O que realmente chateou a equipe Targh foi a atitude do piloto da equipe adversária, que bateu propositalmente em nosso kart, o jogando para fora da pista por duas vezes, e o Diretor de Prova, que é soberano, nada fez ou fez que não viu!!!
Quero aqui agradecer a toda FAMÍLIA TARGH, Paulão e Rato em especial pelo trabalho que foi feito nestes chassis dos karts 40, 41 e o kart reserva. Conseguimos juntos, pilotos e preparadores, fazer um equipamento realmente muito bom para qualquer situação de pista. Aos pilotos Rogério Raucci, Fernando Wortmann, Beto e Pedro Gomes, Douglas Hiar, João Gonçalves, Rafael Mattos e Oswaldo Negri Jr pela tocada e as observações que cada um fazia para que melhorássemos nosso equipamento. Aos apoios Vampi e Leandro pelos fortes empurrões. E aos familiares dos pilotos que lá estavam, que nos fizeram sentir em casa, aos patrocinadores Dolly Refrigerantes, que nos fez “aquela” bela surpresa e não deixou ninguém de boca seca, GH Digital que não precisa nem de comentários, pois é a grande responsável por colocar a TARGH em todas. Fica aqui meu MUITO OBRIGADO por tudo... Um grande abraço e ate a próxima!!!