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20/12/2016 10:42

Desgaste excessivo dos pneus tirou as chances da Shell Racing conquistar vitória nas 500 Milhas

Fonte: FG Com


Foto: José Mário Dias

Fittipaldi e Piquet em ação


A edição histórica de 20 anos das 500 Milhas marcou mais uma vez uma grande festa do kartismo nacional, fechando mais uma temporada das pistas, neste domingo (dia 18), no Kartódromo Granja Viana, em Cotia (SP). Com grandes nomes do automobilismo nacional e internacional na disputa, a equipe Shell Racing, liderada por Christian Fittipaldi, não pôde brigar pelo bicampeonato e deixou a prova faltando menos de uma hora para o final. O desgaste excessivo dos pneus foi o grande 'vilão', que impediu a busca de um melhor resultado na maratona de 12 horas de prova.

As dificuldades para a equipe, que além de Fittipaldi contou com Vitor Meira, Nelsinho Piquet, Ruben Carrapatoso, Danilo e Dennis Dirani, já começaram logo na largada. O motor do kart #2, que largava em 27º, não pegou. Duas trocas de pilotos depois, o motor novamente deixou a equipe na mão. Já no kart #1, que partiu de 42º no grid, o time vinha recuperando posições, mas sofria com o desgaste dos pneus. A equipe já estava bem próxima dos 10 primeiros, quando os pneus acabaram de vez, obrigando o abandono da prova.

Os vencedores das 500 Milhas foram os pilotos Enzo Bortoleto, Rodrigo Dantas, José Roberto Oliveira, Peterson Nakamura, Breno Pero, Leandro Reis e Alberto Cattucci, que completaram o total de 670 voltas com o kart #293 da equipe Car Racing.

'Infelizmente não deu, mas a motivação continua. A equipe esteve o tempo todo junta e no ano que vem estaremos de volta. Enfrentamos uma sequência de problemas e ainda estamos tentando entender o que realmente aconteceu, mas chegou uma hora na prova que o kart estava tão ruim que a gente não tinha mais pneu. Todos os pneus estavam na lona', comentou Fittipaldi, que já venceu as 500 Milhas seis vezes.

'Com certeza, aconteceu algum problema mecânico no kart, porque os tempos de volta estavam muito ruins e então tivemos de parar. Agradeço à Shell, à Mini, à MG, ao Eduardo Bassani, que cuidou da nossa estratégia, ao nosso chefe dos mecânicos Leôncio Pereira e a todos os mecânicos que trabalharam na Shell Racing. No ano que vem, estaremos de volta e na briga', completou Fittipaldi.

Meira, tricampeão da prova, também lamentou os problemas que deixaram a equipe longe da vitória. 'Não deu para brigar pelo título, mas fizemos mais uma edição das 500 Milhas com o apoio sensacional da Shell, voltamos a competir na Granja Viana, foi uma grande festa, mas não é todo ano que dá para ganhar', ressaltou o brasiliense.

'Conquistamos muito sucesso nos últimos anos, mas desta vez não deu, e sempre tem o ano que vem. Tecnicamente falando, os pneus começaram a gastar demais. Tentamos até o limite, usamos todas as possibilidades, não só para ser competitivo, mas para terminar também, em respeito à prova. Mas ficamos totalmente sem pneus. Acabamos parando até por questão de segurança, para não correr o risco de furar um pneu e causar um acidente', explicou Meira.

Danilo Dirani, outro tricampeão, também já faz planos para 2017. 'Sempre tem uma próxima. Lógico que a gente esperava andar bem. Vencemos os dois últimos anos, fomos vice em 2013, mas agora vamos ver no ano que vem. A equipe sempre faz um trabalho muito bom, mas algumas circunstâncias impediram um bom resultado hoje. Legal estar junto com os amigos e também queria agradecer à Shell pelo apoio e vamos voltar mais fortes ainda no ano que vem', declarou o paulista.

O irmão Dennis, campeão pela primeira vez no ano passado, destacou as exigências da corrida que teve sua largada às 22 horas de sábado e a chegada às 10 horas deste domingo. 'Foi uma prova muito difícil, com certeza, tivemos algum problema no acerto do nosso kart e isso causou um desgaste muito grande dos pneus. Ficamos sem pneus no final, mas é bom estar entre amigos, nos divertimos mesmo com tudo isso e é o que vale também. Claro que a gente quer ganhar, mas também é uma festa de confraternização muito legal', lembrou.

'Não conseguimos acertar o motor, depois que melhorou, começamos a ter um desgaste muito grande dos pneus e isso fez a gente perder muito rendimento durante a corrida. Em 2015, tudo deu certo pra gente, mas este ano foi bem difícil desde o começo. Mas brigamos até onde deu e foi muito legal estar com todos aqui novamente', destacou também Ruben Carrapatoso, campeão mundial de kart em 1998.

Completando o sexteto do time, Nelsinho Piquet ressaltou a alegria de estar com os amigos. O piloto correu com um capacete nas cores da Chapecoense, em homenagem às vítimas do trágico acidente aéreo sofrido pelo elenco do clube catarinense na Colômbia.

'Foi mais um ano se divertindo, vendo os amigos. Óbvio que a gente quer ganhar, mas no fim o que vale também é estar com os amigos. E, no ano que vem, espero estar de volta', completou Piquet.

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