publicidade
05/10/2020 10:31

André Napoli, Ronaldo Roderjan e Everton Lermen venceram na Super Karts! Sul e Sudeste em Registro

Fonte: SKS


Foto: Gilmar Rose

Ronaldo Roderjan (SANSTEC) na categoria Ultimate, André Napoli na Expert e Everton Lermen na Light foram os vencedores da 2ª etapa da Super Karts! Sul e Sudeste, realizada no Kartódromo de Registro, em São Paulo. Com pilotagens consistentes e precisas, os três pilotos venceram o calor e renomados adversários em batalhas que cruzaram o dia todo, até a noite.

Na Ultimate, Roderjan começou a mostrar sua força desde os primeiros treinos livres, tendo o líder Clederson Fio sempre na sua cola. No segundo treino livre, a diferença entre os dois foi de apenas 0.006, mostrando que a batalha entre os dois seria intensa no decorrer das atividades oficiais.

Outro adversário comum a todos durante todo o dia foi o calor de quase 40 graus na pista. Em sol de meio dia, os 13 pilotos da Ultimate – que dividiram grid com mais dez pilotos da Expert – foram para a tomada de tempo ‘dando o sangue’. Roberto Margeon, atual campeão Paranaense de F4 Super Sênior, faturou a pole por apenas 0.009 de diferença para Fio. Na segunda fila, outro grande nome da etapa começou a dar suas cartadas: Fernando Osternack ‘acendeu’ e abriu a segunda fila, acompanhado por Amarildo Gabor. Juliano Cunha saiu na 5ª e Roderjan fechou a terceira fila.

Um dos atrativos da SKS é o fato de ter um formato de construção de resultados inspirado nos sistemas utilizados nos principais campeonatos do país, como a Copa Brasil e o Campeonato Brasileiro. Assim sendo, duas baterias classificatórias de 13 voltas definiram o grid da grande bateria final de 17 voltas.

Na primeira classificatória, Fio deu o pulo para frente suportando a pressão vinda de Amarildo. Os dois eram os únicos virando abaixo de 56 segundos no grid. Amarildo, inclusive, levou o ponto extra pela melhor volta na corrida, virando 0.200 mais rápido que Fio. Entretanto, a consistência e a resistência do guarapuavano fizeram diferença e foram os fatores chaves para que Fio aguentasse a pressão de Amarildo e chegasse à frente. Junto com ambos, cruzaram Osternack, Margeon e Roderjan, que subiu uma posição de sua largada, em 5º.

Na segunda classificatória, cujo grid foi construído pelo resultado de chegada da primeira e com o tempero da inversão de motores, a história se repetiu. Fio se lançou à frente e fez de tudo para segurar o ímpeto de Amarildo, que estava ainda mais rápido que na primeira classificatória. Tão rápido que faturou também o outro ponto extra dado pela melhor volta da corrida.

Neste momento a estrela de Roderjan começou a brilhar. Saindo de 5º, Ronaldo se aproveitou do enrosco entre Margeon e Guilherme Sell nos primeiros momentos da corrida e viu seu kart melhorar volta a volta, suficiente para conseguir alcançar Fernando Osternack no braço e nos detalhes para chegar em 3º. Destaque positivo também para Caio Pankratz, que escalou o grid vindo de penúltimo para 5º.

Na soma de pontos perdidos, Fio era o pole natural para a Final, seguido por Amarildo, Osternack, Roderjan e Sell. Como os grids da Expert e da Ultimate dividiram a pista, era necessária inteligência para lidar com o tráfego de pilotos pertencentes à outra categoria. Como um jogador de xadrez, Roderjan aproveitou-se da linda briga entre José Arthur e André Napoli pela Expert à sua frente, deu o salto na hora certa e tomou distância, deixando a briga entre Amarildo, Osternack e Fio ser temperada pela disputa de alto nível entre Napoli e Arthur.

Cada décimo de diferença conquistada montou o grande presente de Roderjan, que cruzou a linha de chegada em primeiro, com Amarildo Gabor na 2ª, Fernando Osternack na 3ª, o líder e dono da volta mais rápida da Final, Clederson Fio, na 4ª, e um forte representante da casa, Fábio Fonseca, na 5ª colocação, esta conquistada com maestria depois de um revés na 1ª classificatória.

EXPERT – A briga mais aguardada do dia não estava entre os mais graduados. Ela estava guardada como um presente entre os mais experientes. Em uma aula para todos os espectadores, os professores André Napoli e José Arthur simplesmente dominaram todos os grids do dia, sendo ponteiros em todos os momentos de todas as corridas na tabela geral.

Rápido e consistente graças aos incansáveis treinos realizados em Guarapuava, Arthur começou dominando a manhã fazendo as melhores voltas dos dois treinos livres. Na tomada de tempo, Arthur conseguiu a pole por retumbantes 0.460 de diferença para outro grande destaque do dia, Antônio Mandalozzo.

Como se não bastasse o calor, os experientes ainda tinham mais um adversário a ser lidado no resto do dia, o tráfego composto por gente tão rápida quanto eles na categoria Ultimate. Na primeira classificatória, Arthur foi sublime, se distanciou do tráfego da Ultimate e dos adversários diretos da Expert. Ganhou de cara para o vento e com sobras, tendo Napoli na 2ª posição e um surpreendente Plínio Frota, cria da casa, em terceiro. Arthur também levou o ponto pela melhor volta nessa.

Na segunda classificatória, a sorte de Napoli começou a mudar. Momentos após a largada, Napoli pulou a frente de Arthur trazendo consigo Mandalozzo, este que também viu seu kart ‘acender’ após a inversão de motores. A troca de posições entre os três durante a corrida foi emocionante, tendo como tempero as disputas da Ultimate que ocorria entre eles. Napoli cruzou em primeiro, com um bravo e veloz Mandalozzo em segundo - que levou o ponto extra pela melhor volta da bateria - e Arthur em 3º.

Na Final, o jogo com o tráfego foi decisivo para o resultado de todos. Napoli se encaixou na passada de Roderjan, da Ultimate, e ambos foram embora, com o único objetivo de fugirem do pelotão de ameaças que se formava lá atrás. Mandalozzo se firmou entre os três karts mais rápidos do dia – Fio / Osternack / Amarildo – sendo estes os únicos que andaram na casa dos 0.55 segundos na Final.

E é nas horas decisivas que as melhores histórias acontecem. Oracildo Olmedo não havia completado nenhuma das duas baterias classificatórias por causa de problemas com motor. Isso não abalou o dono do kart 501, que veio para a Final com a faca entre os dentes e sem nada mais a perder. Em uma belíssima corrida de recuperação e vendo que os tempos do seu kart melhoravam volta a volta, Olmedo não quis nem saber quem era Ultimate nem Expert. Passou quem viu pela frente, inclusive José Arthur, que sofreu com o tráfego e se consolidou em terceiro, levando ainda o troféu de melhor volta da Final.

E assim sendo, a Expert terminou com a vitória de Napoli, seguido por Antônio Mandalozzo em segundo, com o combatente Oracildo Olmedo em terceiro, José Arthur em 4º e um heróico Mauro Mondin em 5º, que já havia vencido a corrida contra si mesmo antes mesmo de chegar ao kartódromo, ao perder mais de 10kg em menos de um mês de preparação para esta corrida, cujo resultado reverberou na pista ao andar sempre entre os cinco primeiros de sua categoria.

LIGHT – Depois de um carrossel de emoções das duas primeiras categorias, os pilotos da Light tiveram tempo mais do que suficiente para assistir os mais graduados. Era chegada a hora de aplicar na prática o que foi visto e aprendido. Porém, uma coisa foi unânime para quem estava no kartódromo: as corridas da Light foram melhores do que as corridas da Ultimate e da Expert.

Lucas Spena, em sua primeira competição do gênero na vida, desenvolveu uma consistência absurda durante todo o dia. Liderou os treinos livres pela manhã junto com Guilherme Bastos, que adentrou no kartismo nos últimos meses e já se identificou como um piloto ponteiro. Bastos ficou a apenas 0.09 do melhor tempo de Spena pela manhã e mostrou que veio para ficar.

Os motores se comportaram melhor com o calor mais ameno ao fim de tarde, e na tomada de tempo, esse fator deu ainda mais ânimo para os novatos. Com esse clima, Spena partiu para a conquista da pole, sendo o único entre os 16 pilotos que andou com tempo abaixo dos 56 segundos.

Apesar da pole, confortável não foi uma palavra que definiu a situação de Spena no decorrer do dia. Júlio Bauer, Fábio Costa, Eugênio Westphalen, Murilo Cechin, Guilherme Bastos, Demis Chavall, Everton Lermen e Eduardo Possebom tiraram senha por vez para dar o troco na pole conquistada pelo kart nº 136.

O primeiro a voar foi Everton Lermen, que simplesmente passou sete concorrentes e ganhou a primeira classificatória, em uma chegada emocionante que por pouco não dependeu de photo finish, sendo acompanhado bem de perto por Spena, Guilherme Bastos, Fábio Costa e Eugênio.

Dada a falta de luz natural e pela falha de alguns postes de luz na pista, a Direção de Prova tomou uma atitude para o decorrer das atividades: excluiu a prova Final, engordou a segunda classificatória de 13 para 20 voltas, e o resultado do sistema de pontos perdidos – que em uma situação normal definiria o grid da bateria Final – serviu como baliza para a construção do resultado final da corrida.

Assim sendo, nas 20 voltas da segunda classificatória, o vencedor da Light teve trabalho difícil. Logo na volta de apresentação, Lermen teve problemas com seu cabo de acelerador e largou dos boxes, fazendo uma incrível corrida de recuperação.

Enquanto escalava o pelotão, na frente estava acontecendo a melhor corrida de todas. Murilo Cechin saltou de sexto para primeiro e viu uma tripa de karts iniciarem uma perseguição atrás dele. Demis Chavall protagonizou um dos lances mais bonitos da prova, ao diminuir volta a volta sua diferença para Cechin levando o público presente ao delírio. Chavall alcançou Cechin na entrada da reta oposta, mas foi traído por um travamento do conjunto de freio de seu kart, arruinando as chances de vitória.

Eugênio Westphalen, grande nome vindo do indoor, usou toda sua experiência para frear o ímpeto de Júlio Bauer, que saiu de último e vinha em um ritmo avassalador em busca da vitória, enquanto Fábio Costa trocava faísca com Spena logo atrás, ambos acompanhados por um cabalístico Eduardo Possebom, que ganhou o título de um dos mais regulares entre as três categorias.

Lermen, ao acompanhar Bauer, passou Fábio Costa e Spena, e foram ambos em busca de Westphalen, mas já era tarde. Cechin se distanciou e venceu a bateria, Westphalen segurou como um herói e cruzou em segundo, com Bauer e Lermen na sequência, colados com Fábio Costa e Lucas Spena, na 5ª e 6ª posição respectivamente.

Na soma dos pontos perdidos e por conta da vitória na primeira classificatória, Lermen venceu a etapa por dois pontos de diferença para Cechin. Em terceiro ficou Eugênio Westphalen, acompanhando por Lucas Spena e Fábio Costa fechando o pódio.

  • Não há comentários cadastrados até o momento!