Com quase 40 pilotos na pista, a APA Challenge 2019 definiu
os campeões de suas três categorias no Beto Carrero. José Arthur sagrou-se
campeão da Master, o vice ficou com Plínio Frota. Juliano Cunha conquistou a
Cup em uma disputa emocionante contra Caio Pankratz, que terminou com o
vice-campeonato, e Clederson Fio faturou o título na categoria de elite em
outra grande luta contra Jackson Gonçalves, que ficou com o vice-campeonato da
Challenge.
No agregado das três categorias e após 6 etapas, 12 pilotos
encontravam-se com chances reais de campeonato na grande final, e para
apimentar ainda mais a disputa, o último encontro distribuía uma pontuação
dobrada, ou seja, os pilotos tinham 103 pontos disponíveis, entre vitórias e
voltas rápidas na classificação e nas corridas, para construir seus resultados.
Junto da corrida, as crianças da comunidade de Penha foram
convidadas a assistir à corrida e a se aproximarem do esporte. Cerca de 150 estudantes
das escolas Rubens de Souza e João Antônio Pinto, da região próxima ao
kartódromo, assistiram a corrida e passaram o dia inteiro próximo dos pilotos.
Com apoio da Água da Serra, Belíssima Casa Di Frutas, Naked 100, Supermercado
Koch e Águas de Penha, as crianças, professores, responsáveis e acompanhantes
saborearam um cachorro quente feito pela própria comunidade em parceria com o
evento.
A categoria de elite da APA, a Challenge, reservava a
decisão mais apertada entre todas as categorias. O guarapuavano Clederson Fio,
após um ano com muitos altos e poucos baixos, liderava com 301 pontos.
Entretanto, apenas 25 pontos atrás, estava o curitibano Jackson Gonçalves, cuja
vitória era imprescindível para alcançar Fio na tabela. Correndo por fora, mas
observando bem de perto toda a disputa, estava Diego Cavallari, devendo apenas
65 pontos para o líder.
Como se a disputa não fosse o bastante, a Challenge contou
com algumas presenças de peso. André Luiz Napoli, 12 vezes campeão paranaense e
tri campeão Sul-Brasileiro, Luiz Turmina, vice-campeão da Sprint Cup em 2018 e
Pedro Cavalli, atual campeão paranaense de F4 Light com apenas 14 anos de
idade, ajudaram a temperar ainda mais a final.
O alto nível do grid se comprovou logo na tomada de tempos,
com os 10 primeiros separados por apenas meio segundo. Com esses tempos, a
ordem de largada claramente se daria pelos detalhes. Bruno Rocha voou e cravou
a pole da categoria, seguido por Guilherme Sell, que ficou na segunda colocação
por apenas 0.010 milésimos de segundo de diferença, e Everson Calaes, em
terceiro.
Logo na largada, Turmina deu o bote em Bruno Rocha e abriu
distância, Jackson e Fio conseguiram passar Calaes e Sell e foram à caça de
Bruno Rocha, e a bateria foi emocionante do começo ao fim.
As últimas 5 voltas foram de tirar o fôlego. Turmina abriu
larga distância e venceu a bateria sem incômodos. Bruno, Jackson e Fio se
encontraram e trocaram posições durante todas as voltas. Na última curva da
última volta, estava Bruno com Jackson e Fio logo atrás. Na tomada de curva
rumo ao PSDP, Jackson passou por dentro e assumiu a segunda posição, Fio passou
por fora e assumiu a terceira, engolindo Bruno no famoso “Tree Wide” ao melhor estilo
NASCAR, que cruzou a linha de chegada em quarto.
Na segunda bateria, com grid invertido entre os 6 primeiros,
Turmina e Fio acharam os ritmos entre si e andaram juntos. Jackson protagonizou
belas lutas contra Bruno Rocha e Pedro Cavalli, fazendo-o perder contato com a
dupla da frente. Fio venceu a bateria seguido por Luiz Turmina, em terceiro
cruzou Cavalli, trazendo consigo Jackson e Bruno Rocha. No resultado agregado,
Fio sagrou-se campeão da Challenge por apenas 34 pontos de diferença para
Jackson, que ficou com o vice-campeonato.
Na etapa, o grande vencedor foi Luiz Turmina, acompanhado no
pódio por Clederson Fio e Jackson Gonçalves. Na quarta colocação ficou Bruno
Rocha e fechando o pódio ficou o jovem Pedro Cavalli.
Menção honrosa ao piloto Fernando Osternack, que largou em
último na primeira bateria por uma punição no classificatório, e ultrapassou 20
karts para cruzar a linha de chegada em 15º, tornando-se um dos maiores
escaladores de grid desta etapa.
Na Cup, mais quatro pilotos estavam na disputa direta pelo
título. Juliano Cunha (Naked 100/ Magna E-Liquid Racing), após um começo de ano
difícil, fez um segundo semestre impecável e chegou líder da categoria com 229
pontos. Seu principal rival, Caio Pankratz, que também fez um segundo semestre
digno de aplausos, chegou devendo apenas 53 pontos para o líder. Sem o peso da
responsabilidade de administrar resultados, Ronaldo Roderjan e Fábio Mathoso
chegaram para o tudo ou nada visando tirar 70 e 77 pontos, respectivamente, do
líder Cunha.
Caio começou a demonstrar força desde os tempos
classificatórios, largando em segundo e vendo Cunha largar na quinta posição da
categoria. Na primeira bateria, Caio foi para cima e ficou com a terceira
posição, vendo o rival Juliano ficar com a 11ª posição. Na segunda bateria,
ambos pilotos foram punidos por descumprirem ordenamentos de parque fechado, o
que acabou tornando a disputa entre ambos uma das mais aguardadas da corrida,
tendo em vista que os dois largariam nas últimas colocações partindo do box.
Caio saiu de último para a 4ª colocação na sua categoria, e
Juliano saiu de penúltimo para a 7ª colocação. Caio conseguiu queimar uma
considerável gordura dos 53 pontos que o distanciava da conquista do
campeonato, mas não o suficiente. O piloto da Naked 100, utilizando da
inteligência de corrida e com os resultados consistentes das últimas quatro
etapas, conseguiu administrar e fechou o ano como campeão da Cup por apenas 9
pontos de diferença.
Na etapa, o grande vencedor foi o jovem Vítor Belém, de Mafra (SC), que está se preparando para o Campeonato Catarinense deste ano na F4
Graduados. Belém não tomou conhecimento dos adversários, fez a pole, ganhou as
duas baterias e ainda fez a melhor volta de uma delas, faturando 102 dos 103
pontos disponíveis, sendo ele o maior pontuador entre todas as categorias.
O vice-campeão Caio Pankratz o acompanhou no pódio na segunda
colocação, seguido pelo paulista Fernando Fonseca na terceira, Fabio Mathoso na
quarta e Luciano Borges na quinta colocação, este último que fez uma das mais
belas corridas desse ano, saindo da 22ª posição.
Menção honrosa ainda para o piloto Ricardo Hilgenstieler,
outro estreante na categoria, que foi o único a fazer frente à dominância de
Vítor Belém. Foi segundo colocado na primeira bateria andando sempre entre o top
5 da geral, e só não logrou um pódio por uma punição de largada aferida na
segunda bateria.
Na categoria destinada aos mais experientes do grid, a
Master, cinco pilotos disputaram diretamente o título. O guarapuavano José
Arthur liderava com 295 pontos, seguido de outro guarapuavano, Mauro Mondin, com
242. Em terceiro estava o paulista João Adonai, devendo 69 pontos para o líder,
seguido por Plínio Frota e Paulo Lourenço, ambos devendo apenas 75 pontos para
José Arthur.
Apesar da ampla gordura de pontos a ser queimada, José
Arthur sabia que não teria conforto por conta da pontuação dobrada. Na
classificação, porém, José Arthur jogou o peso da responsabilidade para seus
adversários, faturando a pole por 0.3 de diferença para Dagnor Schneider e
Oracildo Olmedo. Arthur, aliás, foi o único da Master que figurou entre os 10
primeiros da tomada de tempo geral. Atrás de Dagnor e Oracildo, estavam Mauro
Mondin e Plínio Frota.
Na primeira bateria, a ordem do classificatório se repetiu.
José Arthur levou 50 pontos da vitória, mais um ponto pela pole position e mais
outro ponto pela melhor volta na bateria. Mesmo se envolvendo em um incidente
na segunda bateria que o impossibilitou de terminar a prova, Arthur nem se
preocupou. Os 52 pontos somados a diferença de 53 que ele sustentava para seu
principal rival, garantiu o campeonato com a tranquilidade que só quem venceu
10 das 14 baterias do ano pode ter. Plínio Frota assegurou o vice-campeonato ao
ver Mauro Mondin não completar a segunda bateria.
Na corrida, Oracildo Olmedo faturou o título da etapa,
acompanhado pelo campeão da Master de 2018, Marcos Clemente. Em terceiro ficou
o vice-campeão deste ano Plínio Frota, acompanhado por Paulo Lourenço em quarto
e o grande campeão José Arthur em 5º.