Definidos os campeões 2005 do maior certame de kart amador do Brasil

Chega ao fim mais uma temporada de muito sucesso e novas descobertas de grandes talentos. Chega ao fim uma temporada que vai ficar marcada na lembrança de muitos como aquela que levou o nome da AMIKA para os holofotes das categorias mais graduadas e conceituadas do kartismo nacional. Chegou ao fim a temporada 2005 que completa agora 4 anos de existência da AMIKA, o maior grupo nacional de kart amador de aluguel e que certamente provou a muitos que mesmo no "sub-mundo" do indoor existem pilotos de grande qualidade.

TAÇA AMIKA DA AMIZADE 2005
Na sexta-feira dia 2 de dezembro, no Kartódromo Granja Viana, o mais charmoso torneio da AMIKA conheceu seu quarto campeão diferente. Ao contrário do certame domingueiro, o simpático campeonato das noites de sexta-feira nunca teve um piloto conquistando mais do que uma vez o almejado título.

Em 2005 a Taça AMIKA da Amizade bateu recorde de participação e pela primeira vez foi totalmente disputada com duas baterias, sempre com uma média de 15 pilotos em cada uma delas. A surpresa foi sem dúvida a adesão feminina que levou 9 moças para a pista ao longo do ano.

A Bateria 1 foi disputada com pista molhada mas sem chuva, criando um trilho que possibilitava o traçado seco em boa parte do circuito. Mariana Christofoletti confirmou a ótima fase e venceu a prova com direito a pole. Foi a segunda vez no ano que Mariana venceu uma prova oficial e acabou se sagrando campeã do Torneio Feminino disputado em paralelo ao principal, mesmo sendo junto com os demais pilotos.

Já na bateria 2 as chances de Alberto Costoya botar a mão no caneco eram grandes mas mesmo assim Ricardo Rodrigues foi pra pista decidido a tentar o seu primeiro título na AMIKA pois era o único que tinha chances de ultrapassar Costoya na pontuação geral . O fator que poderia decidir tudo foi a água pois a pista voltou a ficar molhada e a chuva caiu já durante o qualify causando um verdadeiro festival de rodadas. Para deixar os nervos ainda mais à flor da pele, durante a prova o placar apagou e a direção de provas deu bandeira vermelha para reiniciar a corrida. Com o problema solucionado a prova recomeçou minutos depois.

Costoya fez uma corrida tranqüila na terceira colocação e com Ricardo andando pra trás não precisou se esforçar muito para garantir seu primeiro título na AMIKA. Conquista mais do que merecida e muito comemorada junto aos amigos. A vitória da bateria ficou com Nilo Del Piccolo, resultado que o colocou na zona de premiação.

RESULTADOS FINAIS OFICIAIS - ZONA DE PREMIAÇÃO

* A pontuação divulgada é a pontuação válida, já com o critério de descartes.
* * Mariana atingiu mais pontos do que o campeão por ter sido adotado um critério de pontuação diferenciado para as mulheres onde elas recebiam pontos em tabelas independentes.

COPA AMIKA 2005
No ensolarado domingo do dia 4 de dezembro a Copa AMIKA conheceria o seu grande campeão também no Kartódromo Granja Viana. A expectativa era grande já que Maurício Pereira e Vinícius Alvarenga estavam empatados com 206 pontos e Frederico Oliveira logo atrás tinha 201.

Como presente pela conquista do título feminino, Mariana Christofoletti foi convidada a pilotar o pace-kart que comandaria a largada lançada, critério adotado pela primeira vez neste ano durante as provas da AMIKA e que foi bastante elogiado por diversos pilotos mesmo muitos ainda cometerem falhas nesse tipo de prática. O pace-kart era o kart 99, campeão paulista da Categoria estreantes da PRO 500 pela equipe AMIKA PRO.

Desta vez o diretor de provas particular da AMIKA, Silvio César,  não pôde comparecer e por não haver tempo hábil de contratar outra pessoa, foi utilizado o diretor do Kartódromo, Diógenes, que novamente foi alvo de reclamações ao punir com 20 segundos o piloto Marcelo Pappalardo por ter passado entre os cones. Uma punição correta mas aplicada de forma estranha já que o certo seria mostrar a bandeira de Stop and Go deixando o piloto a par de que estava sendo punido. Normalmente a prática de tirar tempo no resultado final é aplicada no "Time Penalty" que é a bandeira de Stop and Go na penúltima ou última volta quando o piloto não tem tempo hábil de cumprir a determinação. De qualquer forma o piloto Paulo França cometeu exatamente o mesmo delito na bateria 7 (grande final) e não foi punido com absolutamente nada gerando novas reclamações contra a direção de provas. Felizmente essas gafes não interferiram no resultado final do campeonato mas porque será que sempre o mesmo personagem é alvo das reclamações no kartódromo Granja Viana?

Os vencedores do dia, em ordem de baterias, foram o esloveno Mitja Bonca, que está passando uma temporada no Brasil e que também corre de kart em seu país de origem, Ricardo de Paula, José Pantalone, Rubem Silva retornando ao topo do pódio, Miguel Castro, Rafael Olivares e Henrico Machado.

A chamada "bateria da morte", que reúne os melhores pilotos classificados na tábua geral parou o kartódromo e todos estavam atentos aos três pilotos que brigavam pelo título. Frederico e Maurício estavam bem nos treinos classificatórios mas o jovem Vinícius teve problemas com seu kart logo no começo e perdeu muito tempo parado no miolo com o mecânico tentando fazer o kart pegar novamente. Vinícius ainda foi para uma troca de kart e precisou largar dos boxes já que o treino havia se encerrado. Naquele momento Maurício já era o líder isolado do certame por atingir 207 pontos já que conquistara a pole e o ponto de bonificação pela mesma.

Durante a prova Maurício disparou na frente sendo fortemente perseguido por Henrico Machado que provou mais uma vez o seu grande caráter ao tentar ganhar a liderança sempre em momentos absolutamente seguros para não prejudicar o adversário que disputava o título à sua frente. Frederico vinha na terceira colocação sendo perseguido por Paulo França. Vinícius não estava no seu dia e disputava a modesta 9ª colocação com Wendel Capraro e Alberto Costoya. Ambos os pilotos também mostraram um excepcional fair play ao demonstrar muito cuidado com o pequeno Vini e evitando toques ou disputas mais acirradas.

No fim da corrida Henrico Machado cruzou na frente após ter conseguido a ultrapassagem vencendo  a última prova oficial do ano. Logo atrás dele Maurício Pereira se sagrava campeão da Copa AMIKA 2005 ao cruzar em segundo lugar e vibrou muito. Vinícius Alvarenga terminou a prova em 10° e com a terceira colocação de Frederico Oliveira até o vice-campeonato acabou lhe escorregando pelos dedos.

Ao término da prova os três pilotos foram chamados de volta à pista para uma volta de apresentação com a bandeira quadriculada e como forma de serem homenageados pelo excelente campeonato. Maurício e Frederico se apresentaram para a homenagem mas o pequeno Vinícius Alvarenga acabou sendo retirado do kart, tão abruptamente que nem deu tempo de remover o capacete, pelo seu pai Marcus Alvarenga e levado embora do kartódromo às pressas. Um atitude que muitos consideraram como anti-esportiva e desagradável mas segundo explicações que Marcus Alvarenga deu para a organização da AMIKA via email, a pressa era para poder ver o Corinthias ser campeão apenas e não tinha nada a ver com o fato do filho ter perdido o título.

O pequeno Vinícius Alvarenga conquistou a amizade e simpatia de todos que freqüentam a AMIKA e a torcida por ele dentre o público era muito grande já que o jovem menino além de talento tem um carisma enorme. Segundo testemunhas o piloto não queria ir embora de jeito nenhum e sua vontade era ficar, parabenizar o Maurício e comemorar o excelente campeonato que fizera. "Não importa se serei campeão, só estar entre os 10 é muito bom." Disse Vinícius antes de entrar no kart e receber um beijo de boa sorte de Miguel Cappuccio, organizador da AMIKA.

Maurício Pereira é mais uma grata revelação da AMIKA ao mundo do kartismo nacional e sua conquista foi merecida. Depois de se sagrar o primeiro Campeão Brasileiro de Kart Amador de Aluguel agora chega ao topo do mais disputado campeonato da categoria além de garantir também o título por equipes pela Ton Kart que se torna a quarta campeã diferente após a PCR (2002), Aileron (2003) e Hispeed (2004).

Frederico Oliveira é outra grata revelação da AMIKA e a conquista do vice-campeonato faz juz a um piloto de extrema carisma e muito talento na pista provando que caráter faz parte da competência necessária que o piloto precisa ter para alcançar as maiores conquistas de sua carreira.

Frederico, Maurício e Vinícius são exemplos de competência e determinação dentro da pista e ao vestirem a camisa da AMIKA enchem de orgulho quem trabalha e dá duro para que a associação caminhe para frente e siga crescendo cada vez mais.

Um verdadeiro celeiro de talentos e surgimento de grandes amizades foi no que se transformou a Associação de Amigos do Kart Amador e que além destes três, tem centenas de outros ótimos pilotos que tanto dentro quanto fora da pista buscam seu espaço para a conquista de suas vitórias pessoais.