“Apesar dos problemas, positiva”. Assim foi a avaliação da estreia do gaúcho Lucas Alves na Fórmula Júnior no último final de semana em Tarumã (RS). O piloto, que reside em Pelotas, fez dois ótimos treinos no sábado, quando liderou, e deu apenas algumas voltas no terceiro treino, para poupar equipamento.
“Nem fiz volta rápida para poder poupar o carro. Foram apenas algumas voltas e tudo ok, apenas um check-up para a tomada que seria na sequência”, lembra Lucas Alves.
A tomada de tempos foi boa para Lucas Alves até sua metade, quando ele aparecia como líder. Mas, após uma bandeira vermelha, a volta à pista não foi boa. Os tempos dos adversários melhoraram, mas Lucas não conseguiu acompanhar, terminando em 6º, três décimos mais lento que o pole. “Fiquei mais de duas horas olhando a telemetria. Foi aí que descobri um problema, perdemos 0,5 segundo de motor do 2º treino para a tomada. O negócio agora era tentar recuperar”, disse Alves.
Lucas Alves tentou buscar esta recuperação na primeira bateria, quando já era o 5º colocado. Porém, a entrada do safety-car de forma abrupta atrapalhou os planos do piloto. “O safety entrou na nossa frente, que estávamos no meio da rápida Curva 1. Aí teve travada, gente fora da pista, segundo colocado rodando. Sobrou para mim e mais um piloto, me forçando a abandonar a prova, com avarias no carro. Todos que estavam presentes no autódromo ficaram impressionados com a entrada totalmente errada e abrupta do safety-car”, lamenta Lucas Alves.
Com o carro consertado no ‘último minuto’, Alves teve que largar dos boxes na segunda bateria, enquanto que o último colocado já passava a mais de 150 km/h depois da largada. Mesmo cheio de problemas, Lucas Alves fez uma bela prova e, depois de largar em 13º, a mais de 10 segundos do último colocado, ainda terminaria em 8º. “A Quadrado Racing fez um excelente trabalho para que eu pudesse correr. Mas eu tive que ir como deu, larguei sem fazer geometria, assim o carro não dobrava pra esquerda, sendo que Tarumã tem 8 curvas pra esquerda e uma pra direita. Para o carro andar reto o volante tinha que estar em um ângulo de 90º, a carenagem lateral soltou, atrapalhou o câmbio e assim eu mal fazia as marchas. Foram muito outros problemas, e mesmo assim chegar em oitavo, fazendo ultrapassagens, foi ótimo”, conta Lucas Alves.
A avaliação de Lucas Alves foi positiva, mesmo que os resultados não tenham traduzido seu esforço e de sua equipe. “Não tem preço chegar no box e receber os parabéns de quem faz anos que está no automobilismo, como o Evaldo Quadrado e o Neco Viola, dizendo que eu era o piloto mais rápido sem ter problemas. E com os problemas, fazer o que fiz, me disseram que fiz milagre, isso não tem preço”, revela, emocionado.
Lucas Alves conclui: “Corrida muito positiva para mim como piloto, cresci em muitos aspectos, pude perceber que tenho grande técnica no automobilismo, não me decepcionei com a minha pilotagem, tendo noção na hora das ultrapassagens sem cometer erros, e principalmente tenho uma ótima equipe, muito focada, com muito conhecimento e ótima de trabalhar, isso tudo foi ótimo. Fiquei muito triste pelo que aconteceu, problemas que me tiraram o excelente resultado que era esperado, mas é isso aí, nunca desistir e vamos pra próxima, atingir nosso objetivo e ganhar esse campeonato”, finaliza.