Praticamente um ano depois da bombástica notícia de que o Kartódromo Ayrton Senna, em Lauro de Freitas (BA), seria demolido para a construção de um centro de excelência para outro esporte, o judô, nada parece ter mudado nas tristes expectativas dos kartistas baianos.
Matéria divulgada no Jornal A Tarde, edição desta terça-feira (20), informa que o governo da Bahia está disposto a investir R$ 13 milhões no judô nos próximos dois anos, sendo R$ 9 milhões gastos na promoção e organização do Mundial da modalidade.
No local onde hoje está o kartódromo – segundo informações anteriores doado pela prefeitura da cidade à Confederação Brasileira de Judô – será construído o centro olímpico de excelência, para onde ontem se dirigiu uma comitiva para visitar a área. As obras devem começar em meados de 2012 e devem se encerrar em 2013, no segundo semestre.
A presidente da Federação de Automobilismo da Bahia, Selma Morais, questionou a eminente “derrubada” do Kartódromo Lauro de Freitas, algo que parece definido, a julgar pela completa surpresa com que foram tomados na tarde desta segunda-feira. “Nem sabíamos da vista desta comitiva, chegamos lá e um monte de engravatados desceu de um ônibus da Confederação de Judô e começou a dizer o que seria feito. Após a visita, a prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho, ligou para nós e marcou um encontro para janeiro. O intuito é construir um kartódromo em outro local. O automobilismo não é menos importante que o judô”, disse a presidente.
Euvaldo Luz, diretor da Associação Baiana de Karts, aguarda informações por parte das autoridades para saber como será a realocação do kartódromo, já que ainda em janeiro, quando a “bomba” estourou, a prefeita Moema Gramacho assegurou que a área seria liberada apenas quando uma nova pista fosse construída, em outro local, a ser doado pela prefeitura.
Esporte com mais tradição que o judô na Bahia, o kartismo agora aguarda uma definição do governo e uma ajuda da CBA para saber qual será seu futuro. “Estão resolvendo o problema de um e criando um problema para outro, sem contar com as dezenas de mecânicos e suas famílias que ficarão desempregados de uma hora para outra”, garante Euvaldo Luz.