Os 151 pilotos que participaram da primeira fase do Campeonato Brasileiro de Kart desta temporada consolidaram com antecedência o trabalho iniciado pela atual administração da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA), em março do ano passado.
Além do total de participantes - um dos mais altos da história do kartismo brasileiro -, 15 unidades da federação, incluindo o Distrito Federal, tiveram suas bandeiras hasteadas ao longo da reta dos boxes, representando quatro das cinco regiões políticas do País.
Segundo Cleyton Pinteiro, presidente da CBA, isso comprova o acerto na escolha da cidade para o evento. "Tivemos competidores de todos os estados vizinhos ao Rio de Janeiro e até de outros mais distantes, como Pernambuco e Tocantins. Isso é uma demonstração que a modalidade está novamente em ascensão em todo o País", disse o dirigente.
Para Rubens Gatti, presidente da Comissão Nacional de Kart, o crescimento do kartismo nacional tem motivos sólidos e não deve ser encarado como uma bolha. Para ele há razões comprovadas que o caminho adotado é o mais indicado para manter essa performance. "A política da atual administração foca na redução de custos, algo que começou a dar frutos antes do que nós esperávamos", disse Gatti.
Dois pontos básicos para obter isso foram a limitação do número de pneus por evento e a introdução do motor refrigerado a água, que mesmo ainda restrita a poucas categorias, já mostrou que contribui definitivamente para reduzir os gastos com preparação e manutenção, como explica o mandatário da CNK. "O motor a água oferece um equilíbrio térmico de funcionamento que garante maior durabilidade do equipamento e, portanto, menos gastos".
Segundo Djalma Neves, presidente da Faerj e responsável pela organização do evento, o perfil das inscrições nas categorias de base terá reflexos positivos em breve. "Quando se nota que a categoria Mirim teve 24 participantes de oito estados e a Cadete reuniu 41 pilotos de 12 estados, é fácil concluir que estamos trabalhando uma nova geração de campeões".