O esporte é sinônimo de saúde e bem estar. Praticado por jovens e adultos como recomendação médica, também é lazer, como é o caso da famosa partidinha de futebol com os amigos no final de semana. Agora, quando se trata de competição, as coisas são bem diferentes e exigem dedicação, tempo e correta orientação.
O esporte competitivo começa com a criançada na mais tenra idade, para que possam aprender com o tempo, fortalecer seu corpo e assimilar as técnicas para alcançar alta performance no momento mais adequado para cada tipo de esporte. Além dos esportes individuais e coletivos que se fundamentam nas práticas olímpicas, ainda existem os esportes em que se utilizam equipamentos, como canoagem, vela, ciclismo e outros mais sofisticados e que exigem alta tecnologia.
O esporte a motor é outro que se destaca na mídia e que também vem fazendo a cabeça da garotada. Além de sentir a adrenalina da velocidade, as crianças aprenderam que podem ser ídolos de um esporte com projeção mundial e com grande status como o automobilismo. É o que aconteceu com Ayrton Senna, Michael Schumacher, Rubens Barrichello, Felipe Massa entre outros.
O kart é o primeiro e mais importante estágio para o futuro piloto. É lá que os grandes pilotos se formam. Como em qualquer outro esporte competitivo é fundamental começar a treinar ainda na infância. Em Volta Redonda (RJ), veremos agora em julho a maior reunião de crianças que estão praticando o kartismo sonhando um dia ser piloto de Fórmula 1. “Eu gosto de correr e quero ser igual ao (Felipe) Massa. Eu vi foto do Senna e também quero ganhar muitas corridas igual a ele”, diz Enzo Gianfratti, um menino de apenas sete anos de idade, com 1,25m de altura e 25 quilos, que conhece Ayrton só por histórias contadas pelo pai e pelo outdoor que decora a entrada do Kartódromo de Interlagos.
No Campeonato Brasileiro de Kart, que será disputado de 13 a 17 de julho no interior fluminense, mais de 30 guris a partir dos seis anos de idade começarão a mostrar o que já estão aprendendo. Filho do piloto Daniel Gianfratti (diretor esportivo da equipe Ford e ex-piloto de Fórmula Truck), Enzo já enfrenta uma rotina de preparação que envolve estudos e prática de outros esportes, além dos treinos com seu equipamento de competição. “Ele acorda 5h30 da manhã todos os dias e pratica judô, natação e treina de kart três vezes na semana”. O pai coruja alerta que o estudo é importante e diz que o filho é um exemplo. “Ele adora estudar, tira só notas altas na escola e agora começa a estudar inglês”, revela.
Enzo é o centro das atenções entre seus familiares e amigos, e entre tantas atividades ainda arruma tempo para jogar vídeo game, futebol e segue um ritual nos dias de corrida. “Ele usa uma camiseta do Corinthians sempre quando vai correr, diz que dá sorte”, diverte-se o pai-piloto, que avisa. “O kartismo não é tão caro. É bem acessível, os regulamentos são feitos dentro de padrões financeiros suportáveis, mas tem que se dedicar e se quiser seguir carreira, tem que estar preparado pra tudo. Assim como qualquer esporte competitivo, o kartismo tem suas dificuldades, 80% é dor de cabeça e 20% é alegria. Muitos vêem dificuldades no negócio e desistem, mas quando se vence, esquecemos tudo”, completou.