Palco do Campeonato Brasileiro de Kart – Pro Honda, o Kartódromo
Speed Park realizou no último final de semana a 4ª e última etapa de seu
certame regional, a Copa Speed Park, válida também como Open do Brasileiro.
Cerca de 250 pilotos de todo o Brasil participaram da
rodada, buscando encontrar os melhores conjuntos de equipamento e, claro,
efetivar os melhores ajustes em seus bólidos para as renhidas disputas do
certame nacional.
Claro, todo piloto entra na pista pensando na vitória, mas
em um ano atípico, pandêmico e com reduzidas possibilidades de competição, a
estratégia sempre fala mais alto. E foi exatamente essa a opção do kartista
paulista Cadu Bonini (Avia Lubrisint/ Carlos Franco/ Russo Racing) neste Open
do Brasileiro para efeito de um bom desenvolvimento do chassi Kart Mini em
consonância com os propulsores da empresa mineira de preparações RBC e os
mágicos carburadores da preparadora Cobra Katroque.
Em cada nova entrada na pista, um novo teste, um novo set-up
para o veloz #3 de Bonini, desenvolvido em conjunto pelos “guys” Marcelo
“Arabu” Castilho e Diogo Bispo de sua equipe Russo Racing, com a competente
engenharia da mais tradicional fabricante de karts do Brasil, capitaneada pelo
experiente Mario Sergio de Carvalho, o principal adversário de Ayrton Senna, em
sua época no kart. A alimentação dos propulsores à sua disposição pela RBC
também contou com um cuidado especial de Marcos Katroque.
De posições meramente intermediarias nos três treinos livres
oficiais, Cadu Bonini conseguiu superar os ajustes embrionários de seu
equipamento para conquistar a P6 no grid de largada da primeira das duas
baterias que compunham o evento. Luz verde para a largada da primeira bateria e
Cadu tratou de seguir o “script” à risca, sendo conservador na partida e
mantendo o posicionamento do grid. Nas voltas iniciais ainda foi atacado e
cedeu a P6 para Lucas Mendes.
Com o passar das voltas, Cadu conseguiu encurtar distâncias e
conquistar posições para receber a bandeira a quadros na terceira colocação. O
vencedor da corrida acabou desclassificado instantes depois por falta de peso
regulamentar, o que daria a Cadu a segunda colocação da corrida. Todavia, na
mesma vistoria técnica, foi constatado o deslocamento do bico retrátil de seu
kart – por conta de algum toque na corrida –, pelo que foi punido, caindo para
a P5 final da corrida.
Mais para o final da manhã e testando novos ajustes e
componentes, Bonini alinhou na quarta posição da grelha de partida, fechando,
pela fila externa, a segunda fila do grid. Cadu largou bem e pulou para a P3,
apertando muito o vice-líder da corrida, mas um grande acidente envolvendo boa
parte do pelotão intermediário determinou a paralisação da prova, com
apresentação da bandeira vermelha.
Reposicionados os bólidos no grid, nova volta de aquecimento
e “green light” para os karts
“sobreviventes”. Bonini largou magistralmente, pulando para a P2, na bota do
líder da corrida. A “receita” para esta corrida não se mostrou a melhor para um
bom desempenho e Bonini lutou muito para manter a segunda colocação da corrida.
Não conseguiu e teve de ceder o posto, caindo para terceiro, posição que
conseguiu manter até o desfraldar da “checkered flag”. Lucas Mendes, que venceu
a corrida, acabou punido por queima de largada, com Cadu subindo para a P2
final.
Na soma dos pontos obtidos no Open do Brasileiro, Cadu
Bonini (Avia Lubrisint/ Carlos Franco/ Russo Racing) garantiu a segunda
colocação final, posição em que subiu ao pódio. Um grande resultado para quem
objetivava apenas testar, testar e testar.
“Testar, testar e
testar foi o nosso objetivo no Open e, claro, com isso evoluímos bastante o
nosso kart para o Brasileiro, em dezembro nesta mesma pista. Assim, trocamos os
melhores resultados nos treinos, tomada e corridas por um maior conhecimento,
um melhor entendimento do comportamento de cada componente, de cada ajuste
programado”, explicou o jovem piloto de apenas 14 anos de idade. “Claro, na tomada e nas corridas fiz o melhor
possível, mas sempre preocupado em sentir as reações do kart em cada momento para
poder cotejar com a telemetria e passar informações confiáveis para a equipe”,
prosseguiu Bonini.
“Mas nada disso seria possível sem o patrocínio da Avia
Lubrisint e Carlos Franco Imóveis, que bancam financeiramente tudo isso e me
dão oportunidade de desenvolver a carreira de piloto. Também não posso deixar
de agradecer meus apoiadores Eiko Brasil, Beta Utensili e Colégio Friburgo,
cujo suporte também é imprescindível”, concluiu o pupilo do multicampeão Renato
Russo.