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03/08/2011 13:11

ENTREVISTA: Rafael Suzuki, campeão na Graduados, fala sobre sua conquista

Fonte: Portal Kart Motor | Erno Drehmer e José Barone


Foto: Erno Drehmer

Rafael Suzuki vibra com o título logo após a bandeirada


Campeão brasileiro da categoria Graduados, a mais importante do kartismo nacional, Rafael Suzuki já havia sido vice-campeão nacional em três oportunidades. Com uma atuação de “gala” na Final, o desejado título finalmente chegou.

A comemoração foi intensa no kartódromo entre Suzuki e os integrantes da Sabiá Racing e da RBC Preparações, emocionando a todos que acompanham a carreira do paulista.

Rafael Suzuki concedeu uma entrevista exclusiva ao Kart Motor, onde fala sobre esta conquista e seus principais detalhes. Confira:

KART MOTOR - Como veio esse convite para disputar o Campeonato Brasileiro?

RAFAEL SUZUKI - Eu já tinha planos para correr. Fiquei um tempo parado no começo do ano e decidi voltar a uns três meses atrás para me manter em forma e não perder ritmo de corrida. O convite em si com a Thunder veio quando o Carrapatoso me ligou perguntando se eu gostaria de substituí-lo, já que ele está com a costela machucada.

KM - Você sempre foi um piloto muito rápido e entrava como favorito nas competições. Foi campeão Sul-Brasileiro e da Seletiva Petrobras e nunca tinha vencido um Campeonato Brasileiro. Esse era o título que lhe faltava ou ainda tem mais alguma coisa que você quer conquistar no kart?

RS - Faltava em termos pessoais, mas eu sei que de certa forma esse titulo já não influencia na minha carreira. Sempre quis ganhar, pois foi algo que eu batalhei por um bom tempo e bati na trave muitas vezes, já que fui três vezes vice-campeão. E também porque queria compartilhar com toda equipe Sabiá Racing e a RBC, eles sempre fizeram eu ser competitivo, por isso esse título não é meu, é nosso.

KM - Os pilotos chegam em um campeonato sabendo que tem condições, ou não, de vencer a competição. Esse sentimento é possível devido a vários fatores: equipamento, equipe e pilotagem. Você chegou para disputar o Campeonato Brasileiro pensando que poderia vencer?

RS - Para ser bem sincero, se eu pensasse que não poderia vencer eu não teria ido. Não é modéstia nem confiança demais, mas correr pensando que não pode vencer não dá! Seja lá qual for o tamanho das chances.

KM - Esse formato de Pré-Final e Final é novo no Brasil e muito utilizado no mundo todo. Em que momento da corrida final você viu que seria possível ser campeão? É um formato justo?

RS - Eu considero justo, a pressão em cima dos pilotos dessa forma aumenta e acaba sendo um bom aprendizado para todos. Se o mundo inteiro usa é porque funciona, e você já entra no campeonato sabendo das regras e que não adianta ganhar treinos ou corridas eliminatórias e não ganhar a final. Até o GP de Macau de F3 usa esse sistema. Momento da corrida? Acho que quando comecei a passar um por um depois que caí pra sétimo na largada e vi que o Archer, que liderava, não estava tão mais rápido.

KM - Você saiu com uma estratégia estabelecida para a Final? Ou estabeleceu alguma durante a corrida?

RS - A minha estratégia antes da corrida era ir para frente o quanto antes. Mas quando eu percebi que eu era rápido o suficiente para não precisar ter pressa, eu optei pela segurança nas ultrapassagens. Fui "matutando" durante a corrida (risos). Era melhor eu passar com segurança do que forçar uma ultrapassagem e perder muito tempo pra chegar no líder.

KM - Tem algum adversário que lhe "deu muito trabalho" nesse Brasileiro, que você gostaria de destacar?

RS - Esse Brasileiro foi muito competitivo, eu cheguei a estar em 14º durante o começo da Pré-Final. Os tempos estavam muito próximos, mas tinha um pelotão da frente que era Archer, Sisdeli, Casagrande, Jimenez, Louis e Galli que eu até brinquei com o Sabiá alguns dias antes e os chamei de série A, e que a gente precisava trabalhar para sair da série B (risos).

KM - Você está se destacando no cenário internacional. O Brasileiro de Kart é o principal campeonato do Brasil. É natural que os pilotos fiquem tensos antes das corridas. Mudou o Rafael Suzuki de agora e de antes? Ou o frio na barriga continua igual?

RS - A experiência é sempre válida, claro. Outras corridas importantes fizeram com certeza com que eu encarasse da forma menos emocional possível. Confesso que eu estava bem tranquilo, até porque eu não largava na frente e muitos não me viam como favorito.

KM - Você já pertence à turma dos "velhinhos" da Graduados. Como você avalia essa nova geração que está chegando?

RS - Muito bem. Apesar de eu não me achar velhinho como você diz (risos), não tem como negar que os "novos graduados" estão muito bem. E não são só alguns, ficou mais que provado durante a semana toda que essa nova geração está muito forte.

KM - Nos últimos anos, as fábricas têm intensificado seus trabalhos no Brasil. Marcas importadas, como a CRG, querem entrar, a Techspeed fazendo um trabalho com grandes resultados, além, é claro, das tradicionais Birel Sudam e Kart Mini. Entre as novas marcas, a Thunder era a mais discreta, com menos pilotos. Você acha que, com esse título, a Thunder irá ganhar mais espaço?

RS - Claro! Aliás, pelo tempo que a Thunder está no mercado ela já vem conquistando um bom espaço. Uma marca com dois anos de existência ganhar títulos tão expressivos só mostra a seriedade deles.

KM - Você foi piloto da Kart Mini durante muito tempo. Vai assumir esse posto também na Thunder?

RS - É uma situação diferente. Eu era piloto da Kart Mini quando eu era um piloto de kart, de fato. Tenho o maior respeito pelo "Seo" Mario e toda família Mini, tive muito o apoio deles durante aquele período. Sobre assumir posto na Thunder, não pensei nisso e não conversamos a respeito. Apesar de não conseguir ficar longe do kart, eu tenho minhas prioridades, e no momento é continuar subindo na minha carreira. Mas pode ser sim que eu continue um trabalho com eles sempre que eu puder correr de kart.

KM - Agora, saindo do assunto kart: quais são os seus planos para a sua carreira?

RS - É dar sequência. Corri dois anos de F3 na Europa e um no Japão, agora quero graduar para as categorias seguintes. Infelizmente não consegui assinar o que eu queria no começo da temporada e agora trabalho para o fim do ano e 2012. Não achei que eu iria tão longe, agora quero continuar, mas é a velha historia do fator financeiro. Oportunidades boas eu tenho, o que falta é apoio.

  • 03/08/2011 14:27 Ana Salles

    Muito legal a entrevista, parabéns ao Suzuki!!

  • 03/08/2011 15:05 Gustavo Ferreira

    Belíssima corrida.
    Parabéns pela conquista.

  • 03/08/2011 18:24 Rafael Cançado

    Rafa,
    Nós sabemos a trajetória para chegarmos a este título que coroado com uma belíssima prova.
    Parabéns
    Rafa/RBC

  • 03/08/2011 19:14 Ruben Carrapatoso

    Parabens !!!
    Bela entrevista e o Titulo mais q merecido !
    abc
    Ruben