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14/06/2012 16:22

Felipe Giaffone rebate algumas das críticas ao Open do Beto Carrero

Fonte: Portal Kart Motor - Erno Drehmer


Foto: RM Competições

Felipe Giaffone


Chateado com uma parte das críticas que o Open do Beto Carrero recebeu em matéria que produzimos esta semana, Felipe Giaffone – proprietário do Kartódromo Granja Viana e arrendatário do Kartódromo Beto Carrero – contatou com a redação do Kart Motor nesta quarta-feira.

“Concordo com várias reclamações que constam na matéria, mas com outras não”, posiciona-se Giaffone, que inicialmente lembra que o Open é feito para os pilotos, mecânicos e, principalmente, para a pista se preparar para o Brasileiro. “Foi a primeira grande prova ‘fora de casa’ que o Kartódromo Granja Viana fez e o KGV nunca recebeu um Brasileiro de grande porte antes”, salienta Felipe, lembrando que as 500 Milhas requerem uma organização completamente diferente de provas normais.

Giaffone admite que alguns problemas realmente ocorreram, como no Parque Fechado e na pista. “Tivemos problemas de jaleco, que não ficaram prontos, e isso nos atrapalhou muito para saber quem era mecânico ou pai de piloto na pista e Parque Fechado. Foi um problema 100% do KGV”, concorda. “Tínhamos apenas oito seguranças, sem experiência em competição, para fiscalização de pista e Parque Fechado, quantia que terá que ser maior no Brasileiro”, continua.

Para Felipe Giaffone, as vistorias técnicas, apesar de algumas reclamações, foram bem feitas. Segundo ele, a vistoria interna dos motores foi feita nos primeiros colocados – procedimento usado nos Brasileiros – em uma sala separada, que será outra em julho. “Muitos pais de pilotos acharam que não foram feitas as vistorias, mas os preparadores de motores puderam conferir. Usamos os mesmos equipamentos que utilizamos na Granja e tivemos inclusive algumas desclassificações”, lembra. “Quanto a flanges e escapamentos, verificamos alguns problemas de fornecedores durante a semana, mas fomos avisando para não ter problemas nas provas”, emenda.

Outro item reclamado por diversas pessoas – e que consta em nossa já citada matéria – reside nos pneus, mais exatamente no controle deles. “Os pneus foram checados para a segunda prova, tanto lacre como altura. Usamos também o aparelho que temos no KGV, o único no Brasil, para verificar a presença de produtos químicos”, explica Felipe.  “Poucos sabem, mas tivemos pilotos tentando usar pneus mais novos para a segunda bateria. Eles foram barrados”, revela.

Para Giaffone, o problema mais grave no Open foi o uso de gasolina comum. “Na Granja usamos a Pódium há vários anos. Começamos com a Shifter e depois passamos a usar em todas as categorias”, lembra. “Porém, após uma conversa entre o Rubens Gatti e o Alexandre Lagana, que trabalha para o KGV no Beto Carrero, foi decidido o uso da gasolina comum para ficar mais fácil para as equipes acharem-na. E, se não tivesse problemas, a utilizaríamos no Brasileiro. Mas, a mistura de óleo Motul, na proporção 25:1, sempre foi a mesma e feita pelas mesmas pessoas durante toda a semana”, esclarece.

Em conversa pós-provas com os preparadores, o sentimento dos profissionais foi de que a gasolina comum tem muito álcool e, por isso, não mistura bem com o Motul. Com isso, os motores ficaram mais sensíveis à carburação. “Vale lembrar que o KGV usou este combustível apenas para ir ao encontro da ideia do Brasileiro. Vários campeonatos no Brasil, bem como o KGV no passado, usam a gasolina comum. Mas para o Brasileiro, com certeza, terá que ser gasolina Pódium”, garante Giaffone.

Existem outros pontos que receberam a concordância de Felipe Giaffone, como o excesso de batidas e a falta de punições. “Concordo, mas acredito que, assim como para o KGV, foi a primeira grande prova da Federação Catarinense neste kartódromo. E tenho certeza que, assim como o KGV, eles também vão melhorar”, ressalta. “Mas também vale lembrar que este tipo de reclamação, às vezes mais ou menos, sempre acontece em grandes eventos”, completa.

Giaffone encerra admitindo outros problemas, “que acredito que sejam facilmente resolvidos para o Brasileiro, como a quantidade e limpeza dos banheiros”, garante o dirigente. “Por fim, os altos custos de estacionamento e demora nas refeições foram passados para a direção do Parque Beto Carrero e acredito também que eles vão tentar melhorar”, encerra.

  • 14/06/2012 17:24 Carlos Souto

    Absurdo o numero de batidas e não punições, meu filho foi prejudicado deliberadamente nas duas baterias, liderou a primeira bateria e foi jogado duas vezes para fora sem nenhuma punição, na segunda tbém sendo que a segunda batida dada por um ¨piloto¨irresponsanvel machucou o Eduardo sem nada de pounição. Se no brasileiro for assim vamos cada vez mais criar pessoas sem caracter e ética.

  • 14/06/2012 19:58 Geovane Diniz Gonçalves

    O APRENDIZADO ACONTECIDO SOMADO A GRANDE ESTRUTURA EXISTENTE NO KARTODROMO INTERNACIONAL KGV BETO CARRERO DEVE TER RESULTADO POSITIVO AO FINAL DO BRASILEIRO FASE I.CUMPRIDO O RNK 2012,O CADERNO DE ENCARGOS FEITO PELO CNK E O REGULAMENTO PARTICULAR DA PROVA,PODEREMOS TER O MAIOR BRASILEIRO NO ATUAL FORMATO!TENHO CERTEZA QUE DESTA VEZ TUDO VAI DAR CERTO,AFINAL DE CONTAS GRANDES NOMES DO ESPORTE,GRANDE CLUBE,GRANDE EMPRESA DE ENTERTERIMENTO E O CNK/CBA EXPERIENTE ESTÃO UNIDOS POR UM BRASILEIRO HISTÓRICO!

  • 16/06/2012 11:04 Sergio Moraes Cardoso

    Prezados, por não termos participado do Open, só tenho opinião a respeito do evento pelos comentários e matérias aqui publicadas. As informações e justificativas apresentadas pelo Felipe parecem um importante passo visando a resolução das falhas encontradas, porém quero ainda ponderar sobre a visão no enfrentamento dos problemas, a questão da gasolina, com exemplo apenas, muito preocupa, não por ser Pódium ou não, mas tão somente por não ter sido analisada antes do abastecimento para confirmar o padrão, e evidentemente não ter sido comparada as amostras pós prova. Isso sim, a organização tem que ficar atenta, sabemos que o uso de aditivos é proibido, e interfere nos resultados.
    Quanto aos critérios de punição, apenas peço que toda a pista tenha filmagem e que seja franqueado aos penalizados, uma audiência onde a falta esportiva seja vista e conhecida pelos próprios pilotos, antes da decisão de punir ou não, a intenção destas punições deve ser dupla, punir mas também educar para que sejam cada dia mais raras as punições por menor ocorrências a serem julgadas. Conhecemos este procedimento e em um evento grande com mais de 300 pilotos, vimos os comissários, pilotos e pais saindo dessas audiências conformados em sua enorme maioria, e penalizações revistas sem maiores transtornos, trata-se de respeitar uma visão diferente e que pode estar correta, ou em sua maioria esclarecer naquilo que o piloto fez ou deixou de fazer para motivar a penalização.
    Caro Felipe, só para relaxar, porque pai de piloto na referencia a falta de jalecos??? Pai de jaleco é mecânico? Pai sem jaleco é penetra? Pai de piloto é o patrocinador! Os pais são quem pagam a conta, e merecem muita consideração e reconhecimento como os patrocinadores de todas as categorias do esporte a motor.

  • 18/06/2012 10:48 Gilberto Vargas

    Realmente a quantidade de batidas, muitas maldosas, e totalmente sem punição, principalmente na cadete, foi a nota triste. Um mesmo piloto bateu em 3 karts, em voltas diferentes, inclusive danificando muito um deles, e nem sequer foi advetido. Precisa melhorar muito. É inadmissível que um investimento deste porte não tenha um sistema de filmagem, algo muito barato em relação a investimento total e que tornaria realmente SÉRIAS as corridas. Estamos no século XXI, na era digital, acho que a própria CBA deveria colocar com critério de seleção de circuitos para sediar eventos deste porte que estes tenham sistema de registro de imagens. Pelo bem do esporte!