Terminou no último sábado, dia 13, a primeira fase do Campeonato Brasileiro. 214 pilotos estiveram na pista do Kartódromo Internacional de Serra, no Espírito Santo e, um dos representantes de Minas Gerais foi o piloto Gabriel Paturle (AMG | Quake2), de Belo Horizonte, que competiu na categoria Júnior Menor.
Vindo de uma temporada de grande crescimento e expressivos resultados, o piloto de 12 anos esteve muito competitivo desde o início da competição, que se deu ainda na terça-feira, dia nove, com os treinos livres. Sob os cuidados da equipe Quake2, com chassis Techspeed, motores da RBC Preparações e carburadores Gagago Bura, o piloto se destacou bastante e finalizou o Brasileiro no pódio, com a quinta posição.
Após ter treinado no traçado capixaba duas semanas antes, o piloto e sua equipe já tinham em mente qual seria o melhor acerto para aquele traçado. Contudo, para apimentar e dificultar ainda mais o trabalho de ajuste e preparação do equipamento, as condições climáticas variaram demais durante toda a semana. Com isso, em alguns treinos e mesmo em corridas foi normal começar com a pista de uma forma e terminar completamente diferente.
Nesse cenário de incerteza Gabriel conseguiu se manter sempre no Top10 dos treinos livres e, na tomada de tempos, que definiu o grid de largada para as duas classificatórias, ele registrou a quarta melhor marca, com o tempo de 47s988, estando a apenas 70 milésimos do que foi estabelecido pelo pole-position.
Animado e, principalmente, sabendo que o único resultado que realmente iria importar era o da corrida final, o piloto fez duas corridas classificatórias de muita cabeça. Sempre rápido, mas sem se envolver em toques ou batidas, o piloto foi o quinto colocado nas duas classificatórias, somou apenas 10 pontos, e foi para a Pré-Final abrindo a terceira fila. Assim como nas corridas anteriores, Paturle largou muito bem, chegou a estar na segunda posição, mas novamente teve o sangue frio para conduzir seu kart até o final quando, novamente, terminou no quinto lugar.
Na tarde de sábado, então, foi disputada a corrida final. Paturle fez uma boa largada e pulou para a terceira posição. Algumas voltas depois ele caiu para o sétimo lugar, voltou a se recuperar e travou uma grande batalha pelo quinto posto. Ao atingir esta posição ele impôs um forte ritmo e com duas ou três voltas chegaria no primeiro pelotão. Porém, sem que os competidores fossem informados, a corrida foi finalizada com 75% de suas voltas e, com isso, Gabriel acabou ficando, novamente, com a quinta posição.
"Estou, no mínimo, decepcionado. Quando vamos para um Campeonato Brasileiro estamos vivenciando o ápice de um temporada. Desde o final do ano anterior o foco principal do primeiro semestre é o Brasileiro. Tudo que se treina, prepara e constrói é visando conquistar este título. Nós fomos desrespeitados enquanto pais, patrocinadores e, os meninos, como atletas. Eles tinham o direito de saber, com uma volta de antecedência que fosse, que a prova seria finalizada. Faltavam cinco voltas para o final da corrida, meu filho naquele momento era mais rápido que os líderes e, certamente, conseguiria chegar no pelotão. Não digo que iria ultrapassar nem ganhar, não é isso, mas tenho certeza que ele teria a opção de escolher como seria o final de sua corrida. O troféu de quinto lugar ficará na galeria como aquele que, certamente, poderia ter sido um maior", desabafou Frederic Paturle, pai do piloto.