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02/08/2012 10:25

Nossa análise da 2ª fase do Brasileiro em Cascavel: "do vinho para a água"?

Fonte: Portal Kart Motor - Erno Drehmer



Pontos positivos, pontos negativos. Alguns – positivos ou negativos – serão citados aqui, outros, talvez esquecidos por mim e não menos importantes, serão lembrados pelos internautas em seus comentários. Mas quem esteve em Cascavel, na 2ª fase do Brasileiro, ficou contente com quase tudo o que viu dentro da pista, mas indignado com algumas coisas fora dela. Alguns chegaram a sugerir que o título desta matéria de avaliação deveria ser “do vinho para água”, em clara alusão ao que utilizei na que avaliou a 1ª fase, no Beto Carrero, “da água para o vinho”. Não sei se chega a tanto, mas chegaremos a uma conclusão no desenrolar desta matéria.

O que tem que ficar claro a todo organizador de qualquer corrida de kart é que a estrutura geral de um kartódromo tem que ser impecável, mais ainda quando o evento em questão é o Campeonato Brasileiro. Em reformas pelo menos desde março, o Kartódromo Delci Damian ficou longe do Beto Carrero, por razões óbvias, já que o poder financeiro do parque catarinense é muito maior do que o do clube cascavelense, ainda que fortemente apoiado pela prefeitura municipal. Mas, ainda assim podia ter sido bem melhor.

Alguns itens básicos ficaram para trás e o principal deles foi o estacionamento, fortemente prejudicado pelas chuvas, que, aliás, caíram sobre Cascavel durante o Sul-Brasileiro. Ou seja, já se sabia o que a chuva faria se caísse mais uma vez. E caiu, forte e intermitente. O estacionamento – pelo qual se pagava R$ 10,00 por dia – estava impraticável, já que a terra vermelha da região virou lama pura e não havia como não se sujar ao descer do carro em meio a tanta lama. Era difícil até conduzir o carro, pois em alguns lugares a dirigibilidade ficou prejudicada, o carro derrapava na lama. Nada que alguns muitos caminhões de brita não tivessem resolvido. Sairia caro? Sairia sim, mas o mais importante campeonato do kartismo brasileiro e seus participantes – aqueles que pagam a conta, é bom lembrar – merecem que se gaste dinheiro para oferecer a melhor estrutura possível.

O pai de um piloto, claramente irritado, mostrou um tênis – todo sujo – que havia comprado no centro da cidade. “Comprei este tênis vagabundo, paguei R$ 30,00. Depois jogo fora, mas pelo menos não perco o tênis bom que eu, desavisadamente, trouxe”.

O Parque Fechado – que receberá daqui a pouco seus merecidos elogios – ficou a desejar no quesito “cara crachá”. Nele entrava quem queria, e não era necessário ter credencial. Nos momentos em que eu estava nele, depois de uma atividade ou outra em que já era necessária a pesagem, por exemplo, os pilotos tinham livre acesso a seu mecânico e este poderia muito bem lhe passar algo que ajudasse a aumentar o peso. Mostrei isto a um oficial, que disse: “Tá uma zona”, conformado e sem ter o que fazer para resolver. Ao longo do tempo a situação foi se resolvendo, com o fechamento dos portões, mas nunca de uma forma totalmente satisfatória.

Com 215 pilotos, a quantidade de pessoas dentro de um kartódromo é enorme. E para atender a todas elas é necessária uma forte estrutura de alimentação, que em Cascavel também ficou a desejar. Como o kartódromo ficava perto de diversas opções de almoço, muitos saíram e foram comer em outro lugar, o que de certa forma “salvou o dia”. Um restaurante acanhado e duas ou três barracas de pastel e churrasquinho não teriam dado conta do recado se os kartistas não tivessem outras opções fora do kartódromo.

A parte médica, muito pouco exigida, não teve muitas oportunidades de mostrar sua qualidade, ainda bem. Mas, quando Renato Russo se machucou em um acidente, o pessoal responsável pela ambulância próxima ao local simplesmente quis se dirigir até ele, com o veículo, mesmo colocando em risco os pilotos, já que a Direção de Prova não havia solicitado sua presença e não havia paralisado a prova. Sempre é bom lembrar que quem faz o atendimento médico é o médico e não a ambulância. Bruno Barônio, desta vez Comissário Desportivo, se irritou demais com a atitude do condutor da ambulância, que, mesmo avisado por ele Bruno, fez questão de continuar. A questão se resolveu da forma que deveria, mas apenas com a intervenção de Barônio.

Muito do que ficou a desejar se deve a estrutura acanhada do kartódromo e disso o clube não pode ser culpado. É o que eles têm a oferecer, ponto. Os boxes, para 215 pilotos, foram poucos e vimos muitas barracas de equipes em locais “nada a ver”, até fora da área de boxes, como também aconteceu – em menor escala – no Beto Carrero. Beleza não é tudo, mas a parte traseira do paddock, aquela área de boxes construída, era muito feia, sinceramente não parecia que estávamos em um Brasileiro, ainda mais depois de termos vindo do Beto Carrero. E isto era algo que podia ter sido arrumado, bastava gastar um pouco. Agora, se a estrutura é acanhada e isso se pode perceber em uma primeira visita, precisamos ter o Brasileiro onde a estrutura não é acanhada, simples.

É o que nossos kartistas precisam, exigem – faz tempo – e devem ser atendidos. Temos apenas três, quatro, cinco ou seis kartódromos em nível europeu no Brasil? Sim, temos apenas estes. Então façamos as duas fases do Brasileiro nestas pistas, pronto. Ah, minha federação ou meu clube aqui em Pururuca da Serra quer receber um Brasileiro. Então construa um kartódromo no nível de um Beto Carrero, Velopark, Raceland – que infelizmente não é usado para quase nada –, ou MMoa e depois peça um Brasileiro. Antes disso, esqueça.

Vai chegar o momento em que, ou temos o Brasileiro apenas em pistas deste porte, ou teremos que dividir o Brasileiro em três fases ao invés de duas. O que vocês acham disso, seria legal termos o Brasileiro em três fases? Opine.

Outro fato negativo que vimos foi dentro da pista, talvez o único, ainda que em profusão. O que era aquele monte de atitudes antidesportivas – bem punidas, diga-se de passagem – que vimos em categorias top do kartismo nacional? Alguns pilotos esqueceram que o que valia mesmo era apenas a Final e na primeira curva da primeira classificatória já estavam fazendo “porcaria”. A pancadaria correu solta em alguns momentos e em algumas categorias, até mesmo dentro do Parque Fechado. Você acha que tem tanta razão, a ponto de agredir fisicamente um adversário? Então é simples, não agrida e vá atrás de imagens. Leve-as aos Comissários, que viam todas as que eram levadas até eles, e faça seu protesto formal, oficial. Se sua razão ficar comprovada você verá seu adversário sendo punido, exemplarmente como muitos foram durante o Brasileiro.

Bem, chega de críticas, já que no início citei que tínhamos tido pontos positivos em Cascavel. O primeiro que lembro é o Parque Fechado, criticado antes, elogiado agora. Amplo, foi ele – e sua organização em sua saída para a pista – quem permitiu que o cronograma de horários fosse cumprido quase sempre à risca. Bem construído e com suas duas divisões – chegada e saída – próximas, o trabalho de todos ficou facilitado, o que não aconteceu no Beto Carrero.

Vimos grandes corridas em Cascavel, protagonizadas por quase todos os pilotos que lá estiveram. Quando as atitudes antidesportivas ficaram de lado, vimos disputas de arrepiar, limpas – como sempre sonhamos e queremos – e que revelaram verdadeiros campeões. E, ainda que atitudes negativas tenham ocorrido, estas foram muito bem punidas pelos Comissários Desportivos, atuantes o tempo todo e sempre dispostos a ouvir sugestões e reclamações com a mesma educação. Vários pilotos foram atendidos, suas provas analisadas e diversas punições – justas – aplicadas ao longo do evento. Um pequeno senão, a largada de uma das provas da Sudam Júnior poderia ter sido adiada por alguns minutos, já que foi naquele momento que tivemos a maior chuva de toda a semana. Mas nada que comprometesse o trabalho de quem conduzia o Brasileiro.

Acredito que tenhamos todos sido muito bem recebidos em Cascavel, excetuando-se um ou outro fato mais truculento – desnecessários e reprováveis –, e as deficiências de estrutura buscaram ser compensadas com esta preocupação de atender bem a todos. “Se erramos, desculpem. Se acertamos, era nossa obrigação”, disse Oracildes Tavares, presidente do clube de Cascavel.

Os elogios ao que foi positivo se fazem necessários, as críticas ao que foi negativo também. Apenas assim, lambendo nossas feridas, é que teremos eventos melhores a cada ano. O Brasileiro 2012, em suas duas fases, recebeu mais de 400 pilotos. A fase de Cascavel teve 215 pilotos, número que há alguns anos atrás só era atingido quando somávamos as duas fases. Hoje temos esse número em apenas uma fase. É crescimento, é positivo, mas precisamos pensar em acomodar a todos, muito bem. Afinal, são esses mais de 400 pilotos que pagam a conta. E pagam caro.

Por fim, minhas críticas não são feitas para arrumar inimigos, muito menos busco ter amigos quando elogio. Busco aqui no Kart Motor um kartismo forte, organizado, bonito e justo com quem são os verdadeiros donos do espetáculo, os pilotos, seus pais e seus patrocinadores. Esses – e apenas esses – são meus objetivos a cada análise ou balanço de um grande evento. Que todos os Brasileiros sejam como foi no Beto Carrero e nunca como foi em Goiânia.

  • 02/08/2012 10:45 Helio Miranda

    Concordo com todas as críticas, seja sobre o monto de visto de pregos a mostra, fios desencapados, banheiros sub dimensionados, lama da pista, mas o que mais irritou foram os inúmeros toques e pancadas sem nenhuma punição, ou a largada da graduados que a fila de fora simplesmente ignorava os cones e NADA foi feito.

  • 02/08/2012 10:53 Marcelo

    Erno como sempre você é um dos poucos que se preocupa em mostrar os erros e elogiar os acertos, mais uma vez parabens por sua matéria.
    Agora realmente não é culpa do clube de Cascavel,a culpa é da CNK, que teoricamente 2 meses antes deveria fazer a VISTORIA e pelo jeito não a fez ou pior fez e concordou com alguns absurdos, o mais grave na minha opinião e quanto a segurança dos Pilotos, pois as barreiras de pneus não estavam amarradas, eu pessoalmente avisei a um comissário e ele disse que na noite anterior tinham avisado aos responsáveis e eles nada fizeram, depois avisei ao Gatti e ele me disse que na hora do almoço iriam amarrar, também não o fizeram. Fico a pensar com meus botões, mesmo sabendo desse fator de segurança como varios outros Pais eu deixei meu filho correr...E mais para se ter um Brasileiro o Kartodromo tem que estar homologado e pessoal me desculpem mais 1200m nem aqui e nem na China essa pista tem, pensem 104km/h de média na Sudam Junior, impossível. Só teremos grandes eventos quando realmente cobrarmos.

  • 02/08/2012 11:04 Gilbeto Vargas

    Erno,
    Parabéns pela matéria. Um verdadeiro referencial de princípios e valores que devem nortear o kartismo. Uma grande contribuição ao nosso esporte, que precisa se profissionalizar cada vez mais fora das pistas para que tenhamos disputas justas e de alto nível.

  • 02/08/2012 11:48 Albany

    Parabens Erno sua cobertura e seu parecer foi sem duvida o que realmente aconteceu(do vinho....), como voce nos da o direito em opinarmos, minha sugestao seria o seguinte O BRASILEIRO DEVERIA SER EM 2 (duas) ETAPAS POREM QUE PARTICIPASSEM TODAS AS CATEGORIAS, NA SEGUNDA ETAPA COM A SOMA DA PRIMEIRA SAISSE O CAMPEAO. OUTRA PONTO DE VISTA, PRECO JUSTO PARA O PUBLICO PARA QUE AS PESSOAS PRESTIGIEM O KARTISMO. PARABENS AS PESSOAS QUE DE UMA MANEIRA O OUTRA FAZEM O POSSIVEL PARA O CRECIMENTO DO KARTISMO.
    .

  • 02/08/2012 11:55 André

    É como você disse Erno, se tem 5, 6 pistas no Brasil com estrutura de "europeu", pra que fazer no "interior"?
    Até a logística das equipes fica melhor, estrutura..
    Derrepente dividindo em 3 fases, ficaria interessante. Mas com datas mais espaçadas, não no mesmo mês.

  • 02/08/2012 13:15 Roberto Wuthstrack

    Erno, parabens pela materia e por sua postura.
    Parabens ao KC de Cascavel, pois para realizar um evento desse porte precisa de coragem, pois com a estrutura "possivel", o risco de problemas é de 100%.
    Além da imbecilidade de alguns pilotos (que não eram notavos ou junior...), a lamentar que interesse comerciais interfiram no esportivo, como foi a inscrição do Dudu (grande piloto) na F-4 (CBA/CNK, tirem as brechas do Regulamento!!!)

  • 02/08/2012 13:35 Marcos Peli

    Parabéns Erno , pela cobertura e pela excelente análise.
    Acrescento 2 Problemas a sua lista:
    1 - Reforma terminada as pressas muito em cima da hora , com o consequente plantio da Grama Tardio fez com que uma das placas de grama se soltasse em um acidente e acabou por provocar um outro quando a mesma entrou debaixo de um kart , acidente este que poderia ter tido consequências mais graves.
    2 ? A Chicane no final da reta foi uma verdadeira piada. Nas Pré-Finais e Finais nos era dito que quem a cortasse tomaria 25 Seg. de Punição , o que não vi acontecer.
    Penso que os comissários poderiam ter no mínimo pensado em liberar a primeira passagem sem chicane , retornando ao traçado normal ao completar a primeira volta , teria sido uma solução simples , que evitaria que tivéssemos tantos acidentes ou cortes de pista naquele local , aliás , solução idêntica foi tomada no última etapa do Light em Aldeia da serra , com traçado invertido.
    Seria reestabelecida a segurança e a justiça com uma medida muito simples de se tomar.
    De resto , é realmente isso tudo aí que vc. escreveu , e assino embaixo (se o gordo e a loira deixarem ,....rs)
    Abraço
    Marcos Peli

  • 02/08/2012 14:21 Haroldo Steuck

    Erno, primeiramente meus parabéns pelo trabalho que você vem prestando ao kartismo brasileiro.
    Sobre a enquete, concordo que o campeonato brasileiro deve ser realizado, em kartodromos bem estruturados como no Betoe Carreiro, Velopark e Racelad.
    Não acredito que criar mais uma fase resolver os problemas, acho que as duas fases deveriam ser disputadas em apenas um kartódromo, terminando a primeira fase no sabado, e iniciando a segunda fase na segunda feira seguinte.

  • 02/08/2012 14:31 Decio Freire Jacques

    Pagamos muito caro para participar e em troca tivemos boxes ridículos,lama à vontade,instalações tipo favela,entulho por toda parte como madeiras,tijolos,pregos,pedra brita,escadas,máquina de fazer concreto,etc.Instalações elétricas precárias,fios descapados,telhas quebradas.Restaurante horrível, comida sem qualidade e variedade. Parque fechado com uma piscina no seu interior quando chovia.Ponto positivo, o esforço dos comissários tecnicos,sempre solícitos e educados,como sempre.Boa atuação do Direitor da Prova,Senhores pais e pilotos,já chegou a hora de unir-mos para que o Campeonato Brasileiro somente seja realizado em Kartódromos de nível e temos vários no Brasil.DECIO FREIRE JACQUES

  • 03/08/2012 01:49 Gianfranco Sampogna

    Parabéns Erno, como vc exemplificou tem praças inquestionáveis mas existe também praças prontas como Vitória-Es, esperando ser contemplada com o brasileiro de kart,já que fizemos muito para abrigar a Copa das Federações quando ninguém acreditava,, quem faz pelo esporte tem que ser reconhecido e pode ter certeza vitória esta nesta lista de pista que tem condição de abrigar um brasileiro juntamente com a federação e clube.

  • 03/08/2012 08:27 Albany

    O QUE REALMENTE E BOM TEM QUE SER FALADO, DIRIJO ESTAS PALAVRAS PARA ( GIANFRANCO SAMPOGNA ), SOU PAI DO PILOTO BRUNO BERTONCELLO QUE SE SAGROU CAMPEAO BRASILEIRO NA CATEGORIA SUDAN JUNIOR, COMENTAMOS MUITO SOBRE A PISTA DE ( SERRA ES. ), PISTA ESTA QUE ELE PARTICIPOU DA COPA DAS FEDERACOES, PISTA ( OTIMAAA... ), TUDO FUNCIONOU PERFEITO E O PESSOAL ESTREMAMENTE PREOCUPADO PARA QUE TODAS AS EQUIPES SE SENTISSEM BEM, PODEM TER CERTEZA QUE VOCES AINDA SERAM CONTEMPLADOS COM UMA PROVA DO BRASILEIRO. REALMENTE TORCO QUE CONSIGAM. Abraco Albany.

  • 03/08/2012 20:58 Edu

    ERNO BOA NOITE.NAO VOU USAR ESSE ESPACO PRA CRITICAR(POIS TODOS SABEM A POSTURA DA CNK)QUERO AQUI TE DIZER QUE VC EH O QUE ELES NAO SAO'' PROFISSIONAL''.EXCELENTE MATERIA E OTIMAS OBSERVACOES ...

  • 03/08/2012 23:04 Eduardo

    Sabe as vezes me pergunto o porque de tantas criticas a goiãnia,sou mecãnico e vou em todos os brasileiros e em todos os lugares ha problemas.mas a insistencia em detonar goiãnia continua,ja se passaram 4 anos e ja tivemos varios brasileiros com muitos problemas como este de cascavel,uma vergonha para o kartismo nacional,sem estacionamento,sem boxes suficientes,parque fechado uma vergonha,sem falar na lama.goiãnia é fichinha perto de alguns kartodromos que fui,portanto todo ano é assim então não fica pegando no pé de goiãnia seu erno.

  • 05/08/2012 02:55 Jesus Prata

    Dudu , às vezes somos covardes em omitir nossa opinião quando somos lembrados só pelo aspecto negativo . Parabéns pelo seu justo comentário .
    Com todo respeito e admiração que tenho pelo ERNO , fica aqui também o meu protesto , pois nunca concordei não só com a ruindade do Kartódromo de Goiânia e nem mesmo com a culpa imputada ao então diretor de provas daquele Brasileiro , pois acidentes sempre acontecem na sua grande maioria nas largadas e quase sempre por imprudência dos afoitos .Façamos sim nossos comentários negativos , mas sempre com intuito de melhoras em todos os sentidos , tentando sempre acertar para o futuro das próximas competições em favor de nossos filhos , que de algum modo estão sempre expostos ao perigo .
    Não concordo com a centralização das provas em torno de poucos Kartódromos , mas que a CBA cada vez mais exija dos lugares escolhidos , mas que continue prestigiando todas as regiões .
    Um abraço à todos os amigos que aqui sempre fazem seus comentários , pois acredito que só ajudam a engrandecer nosso kartismo . E que o Erno continue sendo nossa referência e nosso porta voz , e diga-se de passagem...da melhor qualidade .
    Jesus Prata .

  • 05/08/2012 17:13 Carlos

    Quem viu Goiânia a 4 anos atrás no Brasileiro vai ficar de "boca aberta" se passar em Goiânia hoje. "Quem vive de passado é museu".

  • 06/08/2012 09:26 Erno Drehmer - Site Kart Motor

    Carlos e Eduardo.
    O Brasileiro em Goiânia é sempre citado porque foi, sim, um dos piores - senão o pior - Brasileiro dos últimos anos, e até mesmo muitos goianos concordam com isto até hoje. E, por isto, serve como referência do que não deve ser repetido. Apenas por isto é citado, por nada mais. Se hoje o Kartódromo está revitalizado, se deve muito às críticas de toda a imprensa na época. É passado? Sim, é passado, mas o ótimo e o ruim sempre servem como referência em tudo na vida, não apenas no kartismo. Desculpem se chateio toda vez que falo em Goiânia, mas não é com intuito de ofensa, é apenas para que os dirigentes lembrem. Parabenizo-os por hoje terem uma ótima praça para a prática do kartismo, por lutarem por isto e por defenderem o que é seu.
    Abraços
    Erno

  • 06/08/2012 12:50 Sergio Sette Câmara

    Erno, sua síntese do que ocorreu em Cascavel, somadas aos comentários feitos resumem perfeitamente o que ocorreu nesta 2ª fase do Campeonato Brasileiro. Quando cheguei ao kartódromo, depois de longa viagem de ônibus, vindo de Foz do Iguaçu (o aeroporto de Cascavel estava fechado, pois também não condiz com a grandeza da cidade e da região)já havia começado a tomada de tempo da categoria do meu filho - Sudam jr. Quis então saber o tempo dele através da torre de cronometagem e perguntei aonde se localizava. O pessoal começou a gozar a minha cara, perguntando de que planeta eu tinha caido...Terminado o treino, procurei saber de onde poderia assistir as corridas seguintes. Fui pessoalmente a todos os locais possíveis, e não encontrei nenhum que tivesse uma condição decente para ver todo o circuito, com um mínimo de conforto. As opções eram: subir um morro barrento e ficar debaixo de chuva na "arquibancada", ficar na grade próxima a pista e ver somente um pedaço da reta, ou se arriscar a ficar espremido e em pé, num local onde se encontrava o narrador da prova, lugar esse que me fez lembrar aqueles barracos de favela. Como uma construção daquele pôde ser aprovada pela Prefeitura??? Ah, me esqueci, o evento era patrocinado pela própeia Prefeitura...eis a razão ! À essa altura, molhado e todo sujo de barro fiz aquele solene pergunta que muitos também devem ter feito: Que diabos estou fazendo aqui? Será que devo encerrar a participação do meu filho nesta "corrida" a despeito das inúmeras despesas que tive com compra de equipamento, equipe, motor, passagens, hotel alimentação, inscrição etc? Muito a contragosto, e a pedido do meu filho resolvi, irresponsavelmente, deixar que ele participasse de todo o campeonato. Na minha opinião, a bela e acolhedora Cascavel não possui um kartodromo à sua altura, e isso poderia ter sido facilmente verificado pela CNK. Fico pensando nos critérios ou razões para tão infeliz escolha... Um kartódromo para abrigar um Campeonato Brasileiro, com mais de 200 pilotos inscritos, tem que ter segurança no tocante à pista (deixo de comentar pois outros já o fizeram com muita propriedade), bem como um mínimo de conforto para todos os que trabalham ou acompanham o evento. Talvez a CNK ainda não tenha notado que o kartismo brasileiro está em franco crescimento, e em visto disso somente alguns poucos kartódromos no Brasil estão preparados para receber um campeonato de grande porte. Acima de qualquer política de integação nacional do kartismo, está a segurança e o conforto daqueles que efetivamente fazem tudo acontecer.