“Foi um ano inteiro de preparação física. Um ano inteiro
buscando junto com a equipe o melhor acerto do kart e o colocando em prática
todo o ensinamento do meu coach na pista. Me preparei, também psicologicamente,
porque a gente sabe que tudo pode acontecer, inclusive uma quebra. Mas quando
alinhei no grid, esperava uma boa disputa, afinal eram 22 concorrentes buscando
o mesmo que eu, o título de campeão que coroa todo este trabalho”.
Assim foi o desabafo de Guilherme Moleiro (Kart Republic)
após a prova final da 58ª edição do Campeonato Brasileiro, em que a palheta de
seu kart “estourou” e o fez perder rendimento.
As provas do Grupo 2 aconteceram ao longo da semana passada,
de 13 a 18 de novembro, no Kartódromo RBC Racing, com a temperatura mais alta
do ano na região. Moleiro fez o terceiro melhor tempo no treino de qualificação
e, com um terceiro e um segundo lugar nas classificatórias, obteve o terceiro
posto no grid da Pré-final.
Moleiro chegou a liderar a prova, mas terminou na segunda
posição. Largando na primeira fila da Final, ao lado do pole position, o piloto
percebeu o kart diferente. A arrancada não foi a mesma das corridas anteriores
e a potência foi caindo volta a volta.
“Mesmo sabendo que não tinha como brigar pelas primeiras
posições, eu segui firme, tentando me defender e levar o kart até a bandeirada
final. Não foi nada fácil, mas desistir nem passou pela minha cabeça. Fui o
sexto colocado porque o motor me deixou na mão, mas sei que eu tinha toda
chance do mundo de brigar para ser campeão”, contou o piloto.
“Na Pré-final o cano de escape escapou e o Gui fez as
últimas voltas com todo o calor do motor nas costas. Quando chegou no Parque Fechado,
tinha um buraco queimado no macacão. Mais umas duas voltas e ele teria queimado
as costas”, declarou Beto Zanini, coach de Guilherme Moleiro.