Agora com status CBA, a Rotax iniciou hoje as atividades
oficiais de seu 1º Campeonato Brasileiro em seu tradicional reduto, o
Kartódromo Granja Viana, em Cotia, na Grande São Paulo.
São sete categorias na pista, com pilotos em busca do título
máximo e também das vagas no Mundial, que este ano será realizado em Portimão,
Portugal, no início de novembro. Para tanto, dois formatos foram adotados para
definir estas questões.
O campeão brasileiro será conhecido após a disputa de duas
classificatórias, que definirão o grid de largada da Pré- Final. O resultado
desta, por sua vez, ordena o grid da Final. E quem vencer a Final leva o
título. As vagas para o Mundial – que recebe apenas os campeões de cada um dos
53 países participantes – têm outro formato: trazendo pontos da Copa Rotax, os
pilotos somarão mais pontos na Pré-Final e na Final. Ao fim de tudo isso, quem
tiver mais pontos vai à Portimão.
Conversamos com Wilton Santos, diretor da Mach5 Karting, que
é a distribuidora oficial da Rotax no Brasil e no Paraguai, a respeito das
propostas da categoria no Brasil, onde está desde 2011. O papo girou em torno
de estrutura de gestão da Rotax no mundo, motores lacrados e originais no
Brasil, as categorias, o Brasileiro e as vagas no Mundial.
A Rotax faz parte de um poderoso grupo austríaco, que atua
em diversos segmentos e que existe desde 1920. A BRP, subsidiária deste grupo, coordena
as ações da Rotax.
A matriz austríaca faz contratos com os países, cria uma rede
de distribuidores e o distribuidor local é encarregado de todos passos, desde
adesivos com a logomarca até as competições propriamente ditas.
Buscando a excelência, anualmente a matriz promove
encontros, quando a rede de distribuidores analisa os passos do ano anterior em
busca da correção de possíveis erros.
No Brasil desde 2011, a Rotax fez sua primeira corrida em 18
de junho, com duas categorias e sete pilotos. “Crescemos desde então, depois tivemos que superar uma crise financeira
no país. Mas nos recuperamos e hoje contamos com grids significativos. Estamos
felizes com os resultados obtidos até aqui”, analisa Wilton. “Este ano firmamos uma parceria com a CBA,
que oficializou nossa competição, reconhecendo-a como um Campeonato
Brasileiro”, emenda.
A Rotax já dominou as competições CIK/FIA, quando venceu
mundiais. Naquela época, na década de 1990, promoveu inovações, com motores que
passaram de 100cc para 125cc. Inventou também a partida elétrica e a embreagem
para motores de kart. Alguns anos depois a CIK/FIA “copiou” e introduziu estas
novidades, vantajosas financeiramente para o piloto.
Os motores utilizados no Brasil – e em todas as competições
Rotax no mundo – são originais e lacrados. Ou seja, não há preparação. “É o mesmo motor utilizado na Europa ou na
Ásia, o piloto pode colocar o motor ‘embaixo do braço’ e correr o Campeonato
Europeu com ele”, explica. “É o mesmo
motor e o mesmo regulamento. O piloto pega o motor na caixa, lacrado, bota no
kart e anda”, continua.
Quem faz aas manutenções é a rede autorizada no Mundo – no
Brasil é a Mach 5, comandada por Wilton Santos. Cada motor recebe um código de
barras, que não se repete no mundo todo, e a partir daí é possível acompanhar a
história dele, desde quando sai da caixa até as manutenções preventivas,
programadas para serem feitas após 25 horas e 50 horas de uso.
“Trocamos o pistão a
cada 25 horas de uso, por exemplo. Na manutenção de 50 horas revisamos a parte
de baixo e a parte de cima. São as chamadas revisões preventivas, que evitam
problemas futuros e que tornam os custos mais baratos para os pilotos”, diz
o empresário.
O valor dos motores Rotax no Brasil varia entre R$ 11.500 e
R$ 15.500. “Dito assim, este valor até
assusta. Mas devemos esclarecer que ele vem completo. As duas únicas coisas que
não acompanham o motor são um fixador do cabo do acelerador no kart e a mesa, o
resto está incluído, como por exemplo, radiador, bloco, escape, carburador,
filtro de combustível, bomba d’água, etc”, aponta Wilton. “Comparado com outros motores, que vêm apenas
com o bloco – e também quando se fala em valores de manutenção –, o Rotax
oferece uma relação custo x benefício bem mais competitiva”, completa.
Para o Mundial são 10 vagas disponíveis – e os classificados
serão conhecidos neste sábado: Micro (1), Mini (1), Júnior (1), Max (1), DD2
(2) e DD2 Masters (3), além de outra para o próprio Wilton Santos, que
recentemente se sagrou campeão sul-americano na Max Masters. O Paraguai também
terá representantes, com duas vagas.
As categorias são por idade e delas já participaram a
família Barrichello, com Rubinho e seus filhos Fernando e Eduardo. Rubens
Barrichello, recordista de participações na Fórmula 1, foi campeão
sul-americano em 2015 e, por isso garantiu sua vaga no Mundial representando o
Brasil.
Por fim, uma novidade. “Como
teremos o Campeonato Brasileiro tradicional aqui na Granja no próximo ano,
teremos motores para alugar àqueles pilotos que quiserem treinar. Fica o
convite”, finaliza Wilton Santos.
Bem, agora que já apresentamos a Rotax, acompanhe as atividades do 1º Campeonato Brasileiro Rotax aqui pelo Kart Motor. Nesta sexta-feira os pilotos disputam a tomada de tempos e duas classificatórias e no sábado acontecem a Pré-Final e a Final.
O Brasileiro de Rotax está sendo disputado junto com a 8ª etapa da Copa São Paulo Granja Viana, ficando as atividades da KGV marcadas para a parte da manhã e as do Brasileiro para a tarde.