Na última semana, entre os dias oito e 12 de julho, o Kartódromo Júlio Ventura, em Eusébio (CE), foi palco da primeira fase do 43º Campeonato Brasileiro de Kart. Pilotos e equipes de várias partes do país participaram da competição em busca do principal título do kartismo nacional.
Assim como já acontece há vários anos a equipe Quake2, do experiente preparador “Zé Bolão”, esteve na pista representada por sete pilotos dos quais o potiguar Johilton Filho conseguiu a conquista do título na categoria Júnior.
Johilton, que entrou para a equipe a menos de 60 dias, mostrou que logo se adaptou ao sistema de trabalho do novo time. O garoto, que começou a competição com o quarto lugar na tomada de tempos e um segundo lugar na primeira bateria, não desanimou ao ter abandonado a disputa da segunda bateria após um toque. Fez uma corrida de recuperação na terceira bateria, quando terminou em terceiro e, finalmente, na última e decisiva prova, venceu garantindo assim o seu inédito título.
Os outros dois pilotos do time na disputa da categoria Júnior participaram intensamente do campeonato e estiveram com chances de, junto a Johilton, fazer um trio no pódio. Felipe Fraga venceu as duas primeiras provas, mas, devido a uma desclassificação por irregularidade no motor da DeConto Preparações na segunda prova, teve de buscar uma recuperação nas duas últimas baterias e assim abrir mão da disputa pelo título. Jean Paturle, que fez um campeonato construído aos poucos, se chocou com um adversário no alinhamento para a última largada e teve de largar do Parque Fechado. Fez então uma corrida de recuperação e conseguiu terminar o campeonato na quinta posição. Fraga terminou em quarto.
Na categoria Cadete Matheus Chequer representou a equipe e esteve muito próximo do título. Com experiência em competições internacionais, a equipe orientou bem o garoto para o sistema de classificatórias desta classe e, com isso, o piloto conseguiu terminar a primeira parte da competição na sexta posição. Na prova pré-final, que serviria apenas para formação do grid da final, Chequer mais uma vez fez uma prova consciente e manteve-se na sexta posição até a bandeira. Na corrida final, então, após poupar seu equipamento durante todo o campeonato, Chequer estava na disputa pela liderança da prova quando, a cinco voltas para o final, seu kart foi atingido pelo de João Vieira e, com isso, o piloto caiu para a 11ª posição, posto este que ele manteve até a bandeirada.
Representante único na Júnior Menor João Pedro Archer sofreu bastante com as irregularidades do traçado e, assim, não conseguiu uma boa atuação neste brasileiro. O piloto apresentou fortes dores nas costelas e bolhas nas duas mãos, o que o impediu de desenvolver uma pilotagem eficiente. Mesmo assim, o garoto demonstrou muita garra e terminou as quatro baterias finalizando o campeonato na nona posição.
Na categoria mais rápida desta fase do Brasileiro, a Sudam, Dennis Dirani e Sérgio Jimenez foram para a pista defender as cores da equipe. Com problemas desde o início Dennis não conseguiu repetir a mesma atuação do Brasileiro de 2007, quando ficou com o título e, assim, terminou o campeonato apenas na nona posição. Jimenez, por sua vez, foi muito rápido a semana inteira, largou da segunda posição e venceu as duas primeiras corridas. Por interpretação dos comissários acabou sendo penalizado na terceira bateria. Na quarta prova, após largar do 11º posto, logo se recuperou e terminou a corrida na terceira posição, ficando assim com o Vice-Campeonato.
Luis Sérgio Santos, o “Zé Bolão”, comentou o campeonato. “A primeira e principal coisa que me cabe é parabenizar o Johilton pelo belo título conquistado. Na mesma categoria Júnior o Jean teve chances de brigar pelo título, mas acabou pagando o preço de sua inexperiência e o Fraga, por sua vez, foi prejudicado por uma interpretação dos comissários acerca da preparação do anel do pistão de seu motor. O Archer, na Júnior Menor, não conseguiu se acostumar com a pista, mas foi valente e levou seu kart até o final mesmo sofrendo fisicamente. Na Sudam, o Dennis teve problemas de motor no segundo dia e ainda se envolveu em um acidente na largada da final, largando assim do Parque Fechado. As duas coisas lamentáveis do campeonato para nós foram no caso do Chequer, na final da Cadete, que foi literalmente tirado da pista quando estava em quarto com chances de partir para a vitória e, com o Jimenez. Ele foi penalizado arbitrariamente pelos comissários em dois minutos por uma ultrapassagem normal de corrida, que fez no final da reta, pelo lado de dentro. O vídeo já está na internet e quem quiser ver pode acompanhar. Foi uma pena, mas as experiências ficam e serão levadas para os próximos campeonatos, sem a menor dúvida”, finalizou o chefe da equipe.