O último Campeonato Brasileiro, realizado em Florianópolis, demonstrou para Roger Rieger (Burger King/ Komm/ NewFoods) que a sorte é um ingrediente muito importante para qualquer piloto.
A confiança era a de que um bom campeonato poderia ser realizado. Com a preparação de Geremias Soares, a quem Roger chama de “Genial”, os resultados sempre foram estimulantes. Nas primeiras posições e ótimas avaliações nos treinos livres e, mesmos nos setups de testes, a expectativa de sucesso era grande. Com uma classificação em 5° no grid de largada, o time ficou confiante. “Até daria para ficarmos mais a frente na tomada, não fosse um pequeno erro justo na volta do pneu”, comenta Rieger.
Para as primeiras classificatórias largar com segurança seria importante, largar bem seria melhor ainda. Pela ansiedade de alguém que veio das posições inferiores, um bolo se formou na primeira curva e nas duas primeiras baterias Rieger acabou envolvido, caindo para as últimas posições. “É difícil, muita gente parece que não pensa, quer passar onde não dá”, comenta Rieger. Nas escaladas de recuperação encontrou diversas dificuldades e, mesmo sendo muito rápido, não conseguiu chegar à frente.
Para a largada da 3ª bateria, em 11° no grid, Rieger optou por largar lento, tentando evitar qualquer toque, mesmo caindo algumas posições. A largada foi limpa e o objetivo era buscar uma boa posição para o grid da final. “Tirei o pé, esperei um bolo passar e só então fui”, ironiza Rieger. Novamente na escalada de recuperação, estava muito rápido fazendo a volta mais veloz da prova. Na ultrapassagem do 6° colocado mais uma vez foi tocado para fora. “Não acreditei”, lamenta Rieger.
Na prova final a posição no grid era em 10°. Era tudo ou nada, a largada foi limpa e novamente na escalada quando coincidentemente chegava na sexta posição, ultrapassando o mesmo concorrente, foi empurrado por um outro piloto para fora. “Foi tão estúpida a atitude, que cheguei a cumprimentar o rapaz pela façanha. E foi tanta que ele acabou levando a bandeira preta e foi excluído pela direção da prova”, comenta irritado Rieger. Na volta à corrida, pouco poderia ser feito, chegou a ter a volta mais rápida, acabou com a terceira mais rápida da bateria, mas um 13° lugar é o que sobrou. “Ninguém na equipe acreditou, aquele gosto de frustração foi grande, azar”, lamenta Rieger.
“O importante é que os patrocinadores ficaram satisfeitos e toda a equipe sabia que tudo o que foi feito estava muito certo. Só não contávamos com a sorte...ou, com a falta dela”, finaliza Rieger.