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19/10/2017 13:45

CBA projeta chegada da Fórmula 4 no Brasil. Fabricante francês fez apresentação durante a Copa Brasil

Fonte: Portal Kart Motor | Erno Drehmer


Foto: Erno Drehmer

Bertrand Dacoster, Waldner Bernardo e Carlinhos Teixeira, presidente da Federação Penambucana


No último dia da 19ª Copa Brasil, realizada na semana passada na Paraíba, um pouco antes das solenidades, a imprensa, pilotos e pais presentes no Circuito Paladino foram convidados a comparecer a uma interessante apresentação – e um novo projeto da CBA para a renovação do automobilismo brasileiro.

O palestrante era ninguém menos que o francês Bertrand Dacoster, fundador da Mygale, famosa construtora de carros de competição baseada em Magny Cours, na França, há 28 anos. E a apresentação tratava da Fórmula 4, que hoje integra a parte de baixo da pirâmide estabelecida pela FIA e é a principal porta de entrada de um kartista no automobilismo.

Seguindo a ordem da pirâmide (kart, Fórmula 4, Fórmula 3, Fórmula 2 e Fórmula 1), a F4 é, naturalmente, a primeira opção de um kartista que busca dar seus primeiros passos em uma carreira que o leve até a Fórmula 1.

Ainda ausente no Brasil – e esse é o objetivo da CBA e da Mygale e Dacoster –, a Fórmula 4 está presente no mundo todo, com cerca de 30 campeonatos, 14 deles utilizando chassis fabricados pela Mygale e cinco com chassis Tatuus (Alemanha, Emirados Árabes, Espanha, Itália e Nova Zelândia), e faz parte da “família Fórmula 1”. Dentre os brasileiros que competem ou já competiram na F4 estão Matheus Leist, Giuliano Raucci, João Vieira, Felipe Drugovich e Luiz Felipe Branquinho, por exemplo.

Seus campeonatos fazem parte da contagem de pontos que um piloto precisa para ter direito à famosa Super Licença, que permitirá que ele corra na Fórmula 1. E, o melhor de tudo, é que a Fórmula 4 poderá chegar ao Brasil brevemente, tornando-se uma “ponte” mais barata entre o kartismo e o automobilismo.

O objetivo da apresentação foi, primeiramente, mostrar a Fórmula 4 aos kartistas e seus pais e também à imprensa brasileira. Foram mostrados aspectos técnicos e de segurança e também de custos. Um carro de Fórmula 4 completo, com motor, custa em torno de 55 mil euros, sendo o mais barato entre os “fórmulas”.

O plano é trazer a Fórmula 4 para o Brasil e, caso ela chegue, todo o formato de disputa ficará a cargo da CBA. Ao fim da apresentação, conversamos com Waldner Bernardo, o “Dadai”, presidente da entidade. “São cristalinos os benefícios de implantar a categoria no Brasil. Precisamos de apoiadores e promotores que possam gerir a Fórmula 4 aqui. Nosso trabalho será procurar interessados e auxilia-los em tudo o que for possível. Não temos uma expectativa de prazo para isso, pois estamos nos primeiros passos de um trabalho demorado, mas que certamente nos trará muita satisfação e contribuirá para renovação do automobilismo brasileiro”, declarou.

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