A CBA, por meio da Comissão Nacional de Kart (CNK), divulgou
nesta sexta-feira (12) novidades no regulamento de homologações para chassis,
freios, carenagens, motores 2 e 4 tempos e seus componentes, visando a redução
de custos, mesmo a médio e longo prazo, adotando progressivamente soluções de
projeto mais modernas.
Na categoria Cadete permanecerá a mesma normatização técnica
dos últimos anos para chassis e freios, para que os equipamentos em atividade
no mercado tenham sobrevida (validade de 2023 a 2026). Com relação às
carenagens, também neste período de validade, a única modificação será a
introdução do conceito de “bico retrátil”, que tem o objetivo de reduzir os
toques entre os pilotos, já em operação nos chassis Grupo 2 – Júnior Menor em
diante.
No Grupo 3 haverá uma nova linha de chassis e freios, já
adotada pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) há alguns anos nas
categorias Cadete e Mirim.
“Estes chassis são usados no exterior para categorias
como Mini 60 e Rotax Mini / Micro Max. Eles possuem distância entre eixos maior
que o nosso Cadete e freios hidráulicos, oferecendo maior segurança para estes
pilotos no uso de motores mais potentes. No Brasil, serão usados na nova
categoria Mini 2T, que empregará os motores KTT refrigerados a ar”,
explicou o engenheiro Ricardo Molina, responsável técnico na CNK.
Já as carenagens deste grupo serão as mesmas do chassi
Cadete, também estes itens com validade de 2023 a 2026.
Molina ainda destacou as novidades dos motores 2 tempos e
demais componentes relacionados. “Para o biênio 2023/2024, as categorias
Super Sênior, Super Sênior Master e S60+ passam a usar os motores IAME X30, de
largo emprego em todo o mundo, dotados de partida elétrica, eixo de atenuação
de vibração e corte de ignição, que reduzirão significativamente os custos de
operação e aumentarão o conforto ao guiar”, comentou.
“Para as demais categorias, permanecem os motores de
homologação CBA. Decidiu-se manter estes motores por mais dois anos em razão da
situação econômica ainda em recuperação. Há ainda um grande número destes
motores em operação no Brasil e sua obsolescência forçada obrigaria um grande
investimento, sobretudo dos preparadores”, continuou Molina.
“Já os escapamentos ainda estão em estudos. O objetivo
inicial era eliminar o sistema dotado de flexíveis, adotando os escapamentos em
peça única, conectados diretamente ao motor, mas testes em dinamômetro e pista
revelaram um alto índice de quebras destes novos escapamentos, por sua natureza
mais caros, devido ao fato de que esta geração de motores não dispõe de eixo de
atenuação de vibrações. Algumas novas soluções estão em testes com o objetivo
de manter esta linha, mas se este índice de quebras continuar a tendência será
manter o sistema atual até a aposentadoria destes motores”, observou o
engenheiro.
Os carburadores permanecerão com a mesma especificação
técnica e os fabricantes poderão homologar novamente seus modelos e novos
fabricantes podem entrar com produtos similares. Silenciadores de admissão
serão mantidos sem novos produtos, assim como flanges de conexão dos
carburadores.
Com relação aos motores F4 e seus componentes, as
especificações dos motores de locação Honda serão mantidas e serão autorizados
os motores Fortex. O escapamento homologado 4 tempos também será mantido
inalterado, assim como as embreagens centrífugas destinadas a estes motores.
“O objetivo deste novo regulamento é a redução de custos onde for possível, mesmo que a médio e longo prazo, adotando progressivamente soluções de projeto mais modernas, como os motores X30 com eixo de atenuação de vibração, que poupam não só os componentes internos, mas também os chassis”, finalizou Molina.
Conheça todos os detalhes do novo regulamento.