No próximo sábado (17) o Kartódromo Granja Viana, em Cotia, na grande São Paulo, receberá vários pilotos e equipes para as disputas de mais uma edição das 500 Milhas de Kart. Neste espírito de competição, em que estarão participando várias feras do automobilismo nacional, será lançado um novo projeto que pretende alavancar o número de pilotos no esporte.
A Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA), em conjunto com a Federação Internacional de Automobilismo (FIA), lançará a Escola Brasileira de Kart. A iniciativa surgiu no início deste ano e, desde então, foi bastante estudada e planejada pela entidade.
A Escola Brasileira de Kart seguirá os moldes de um vitorioso projeto implantado na França, que leva o nome de Escola Francesa de Kart. Por lá o projeto é completamente gerido pela Federação Francesa de Sport Automotor (FFSA) e conta com apoio direto do Governo da França.
EM QUE CONSISTE A ESCOLA – A Escola Brasileira de Kart é um projeto que visa incentivar a entrada de novos pilotos no kartismo nacional. Todo o material didático, assim como técnicas de ensino e procedimentos seguirão à risca o que foi implantado na França e que gerou um grande sucesso, chegando hoje a um total de 38 escolas implementadas no país europeu.
No Brasil, sob a supervisão de Felipe Giaffone e Pedro Sereno, a Escola Brasileira de Kart será implantada, inicialmente, nos estados de São Paulo (Kartódromo Granja Viana), Minas Gerais (Kartódromo RBC Racing) e Santa Catarina, em kartódromo a ser informado pela FAUESC nos próximos dias.
QUEM PODE PARTICIPAR – Qualquer criança com idade entre seis e 11 anos poderá se inscrever na Escola Brasileira de Kart. A promoção da escola será feita através de divulgação eletrônica e distribuição de flyers em escolas regulares. Para se inscrever os futuros pilotos deverão se cadastrar no site da Escola Brasileira de Kart (www.cba-ebk.org.br) e serão contatados pela escola mais próxima de sua residência.
COMO FUNCIONA O CURSO – O curso da Escola Brasileira de Kart foi baseado em quatro módulos onde as crianças receberão as primeiras noções básicas do automobilismo, assim como de algumas normas de trânsito como um todo.
O primeiro módulo será denominado Primeiro Volante e, sendo aprovada nesta etapa, a criança segue para as etapas Volante de Bronze, Volante de Prata e, finalmente, Volante de Ouro.
Em cada uma das aulas os pilotos serão submetidos ao aprendizado de bandeiras, regras do esporte, noções do funcionamento do kart, motor, carburador, equipamentos de segurança pessoal e, finalmente, as aulas práticas na pista.
Ao final de cada módulo os pilotos receberão o respectivo diploma e, finalmente, ao receberem o diploma do Volante de Ouro, estarão aptos a se inscreverem nas competições oficiais.
O EQUIPAMENTO – Após uma concorrência realizada entre as principais fábricas de kart do país, os chassis utilizados na Escola Brasileira de Kart serão os da marca Mini, equipados com motores Honda, modelo GX-160.
Os alunos da Escola Brasileira de Kart, ao se inscreverem no curso, receberão ainda o macacão, capacete, luvas e protetores de pescoço para participarem das aulas com todos os equipamentos de segurança exigidos.
Seguindo o que foi determinado pela FIA, a CBA preparou um material didático com a tradução do que está sendo utilizado na Escola Francesa. A padronização das escolas será também implantada pelo seguimento fiel a este material, bem como todos os procedimentos realizados pelos monitores.
EXPANSÃO – Apesar do ano de 2017 receber ainda no primeiro mês a eleição de um novo presidente e, consequentemente, uma nova diretoria para a CBA, o projeto da Escola Brasileira de Kart prevê uma expansão programada com a implantação de no mínimo mais três escolas ao longo do ano de 2017.
“Estamos muito felizes em anunciar a Escola Brasileira de Kart. Após meus oito anos à frente da CBA sinto que eu realmente precisava deixar algo de importante para as próximas gerações de pilotos. Com o apoio total da FIA, vamos deixar plantada uma semente que, sendo bem cultivada, poderá oferecer em vários pontos do país a renovação necessária para o sucesso de nosso esporte”, comentou Cleyton Pinteiro, presidente da CBA.