A cada início de temporada uma das principais expectativas dos kartistas brasileiros é a divulgação do Regulamento Nacional de Kart, o famoso RNK. Datado de 14 de janeiro, o documento deste ano foi divulgado pela CBA, através da Comissão Nacional de Kart, e recebeu modificações importantes em relação à temporada passada.
Dentre as princiupais, a primeira delas é o aumento da idade mínima para duas categorias Sênior, A e B. Antes estabelecida em 25 anos, agora as duas classes exigem que o piloto tenha pelo menos 30 anos para poder delas participar. Deve ser ressalvado que o piloto que era Sênior até o ano passado poderá competir nas categorias, mesmo que não tenha os 30 anos agora exigidos. A regra vale apenas para novos pilotos.
"Buscamos uma maior equivalência de idade. Um piloto com 39 anos dificilmente poderia competir contra um com 25", esclarece Rubens Gatti, presidente da CNK, com quem conversamos hoje pela manhã.
Na parte técnica aparecem mudanças em maior quantidade. A Júnior agora passa a poder utilizar o motor Parilla MY13, atendendo pedidos de pilotos oriundos da Júnior Menor. "Eles já utilizavam este motor no ano passado, então não seria justo exigir que eles comprassem outro. Foi também uma adequação, buscando não elevar custos", informa Gatti. Assim, a Júnior se junta à Júnior Menor, Sênior A e Sudam na utilização do MY 13.
Ainda no quesito motor, ficou liberado o intercâmbio de peças internas entre todos os motores homologados atualmente. "Uma biela de uma fábrica, por exemplo, pode ser mais cara que de outra. Então, em caso de quebra, será possível comprar a de um fabricante mais barato", explica o dirigente, que ressalta a intenção de baixar custos.
Antes estabelecido em 21 ou 25 mm para cada categoria, o bocal do escapamento para todas as 125cc agora fica opcional, ou seja, os dois tipos poderão ser usados, a critério do piloto e de sua equipe.
Por fim, a Cadete também recebeu uma mudança importante, mas no tocante a eixos. A partir de junho serão aceitos apenas eixos com a marca da CBA, que serão fornecidos por um único fabricante, a Mega Kart. E, nos campeonatos nacionais, os eixos serão sorteados. "Cada piloto entregará seu eixo e os redistribuiremos através de sorteio", garante Gatti. Além disso, não será mais liberado o intercâmbio de peças entre os chassis da categoria.
"Todas estas mudanças foram debatidas em reunião com a associação de pilotos e preparadores, constituída durante o Brasileiro de Fortaleza, e também com os fabricantes. Algumas federações também foram ouvidas. Isto significa que foi um trabalho democrático, votado. Alguns poderão ficar descontentes, mas acredito que atenderemos a maioria", finaliza o presidente da CNK.