Presidente da CIK/FIA, o brasileiro Felipe Massa esteve
presente no Campeonato Mundial disputado na Suécia, em Kristianstad, na Suécia,
no último final de semana, quando mais de 200 pilotos competiram nas categorias
OK Júnior e OK.
Em breve entrevista ao site da CIK/FIA, Massa falou a respeito do evento, do
quanto ficou satisfeito com o aumento do número de participantes e de seu
pensamento com relação ao formato da disputa do Mundial.
Em primeiro lugar, como você pode resumir seu primeiro ano à
frente da CIK/FIA?
“Reconheço que não é fácil dominar todos
os aspectos do kartismo mundial tão rapidamente. Eu observo, ouço e discuto
para poder entender todas as sutilezas do esporte. Minha missão é
principalmente desenvolver o kartismo em nível mundial. E estou aqui para devolver
tudo o que posso ao kartismo, que é a base do automobilismo. Estou determinado
a fazer as coisas acontecerem, mesmo que às vezes seja desconfortável, desde
que as atitudes evoluam e o kart progrida. Claro que não posso fazer isso
sozinho. Eu preciso de um forte apoio da indústria, mas espero alcançar o meu
objetivo de dar ao kart o lugar que ele merece no automobilismo”.
O que você vai lembrar deste Campeonato Mundial do ponto de
vista esportivo?
“Na Suécia, os números foram
particularmente altos tanto na OK quanto na OK Júnior. 215 pilotos em Mundial
com duas categorias é um indicador positivo da saúde do esporte. O padrão da
competição é extremamente alto e os pilotos têm muito talento. As corridas
foram difíceis por alternarem-se entre pista seca e molhada. Assim, não foi surpresa
que tenham acontecidos contatos entre os pilotos e que, por consequência, as
penalidades tenham sido impostas, particularmente no que diz respeito às
carenagens frontais. Os Comissários Desportivos estavam lá para garantir o
cumprimento das regras, mesmo que nem sempre seja fácil. O uso dos novos bicos
dianteiros é, na minha opinião, uma medida muito boa para garantir que os pilotos
se acostumem a se comportar adequadamente desde cedo”.
O que você acha do atual formato de corrida?
“Um Mundial que revela seu campeão desta
forma, o vencedor da Final, oferece um espetáculo de rara intensidade. No
entanto, fico pensando se a boa sorte não desempenha um papel importante na
definição do campeão. Um simples incidente técnico ou uma corrida medíocre pode
arruinar as chances de pilotos muito talentosos. Eu acho que seria melhor um Campeonato
Mundial ao longo de quatro ou cinco competições para limitar as consequências
dos problemas de corrida e coroar o melhor com mais certeza”.
“Por outro lado, penso
que devemos ir à vários continentes como parte do Mundial para promover as categorias
CIK/FIA em uma área mais ampla que a Europa. Por exemplo, América, Ásia e
Oriente Médio merecem sediar um evento do Campeonato Mundial. Para as fábricas,
isso também diversificaria os mercados e aumentaria a produção. Não se trata de
aumentar as despesas percorrendo um longo caminho. Precisamos encontrar
maneiras de promover o kartismo e aumentar o orçamento para este projeto global
através de parcerias com países e patrocinadores”.
“Não é algo que possa
ser posto em prática da noite para o dia, mas isso não nos impede de pensar e
trabalhar sobre o assunto. Estou convencido de que existem outras maneiras e
soluções para isto. O mundo está mudando e precisamos desenvolver uma nova
abordagem para o crescimento do kartismo em mais países”.