Na última semana, entre os dias 12 e 15 de outubro, o Kartódromo Municipal de Imperatriz, no Maranhão, recebeu as atividades da 13ª Copa Brasil de Kart. João Pedro Guim (Quake2 | ULV | Techspeed), da classe Super Cadete, foi um dos pilotos mineiros que viajou quase três mil quilômetros para tentar a conquista de mais um campeonato nacional.
Com muita determinação o piloto chegou ao Maranhão no final da semana anterior e, de forma particular, participou com sua equipe de dois dias de treinos, quando pôde dar início ao reconhecimento da pista e ajuste dos equipamentos para a competição.
Oficialmente os treinos livres começaram na quarta-feira, dia 15. Já um pouco familiarizado com o traçado, Guim colocou em prática o que vinha desenvolvendo desde o final de semana e, com o tempo 56s089, ficou com a segunda marca. No dia seguinte foi realizado mais um treino e, passando alguns equipamentos, o mineiro de Juiz de Fora ficou, desta vez, com o quarto tempo.
Após um problema na tomada de tempos, Guim foi obrigado a partir da última posição para a primeira corrida, disputada ainda na sexta-feira, dia 14. Em uma corrida de recuperação e muito arrojo, o jovem de 11 anos conseguiu superar vários concorrentes e, ao final das 15 voltas, recebeu a bandeirada na quarta posição.
Animado em buscar um lugar no pódio desta importante competição nacional, Guim alinhou seu kart para a largada da última e decisiva corrida. Ao ser autorizada a partida para a volta de apresentação, porém, seu kart não pegou. Os mecânicos o empurraram por um bom trecho de pista enquanto que o restante do pelotão seguia no giro de aquecimento. Passados cerca de 30 segundos o kart do mineiro pegou e, andando de forma bem lenta no traçado, o piloto aguardava a chegada do restante do pelotão para se alinhar na segunda volta de apresentação.
Acontece, porém, que diferente do padrão usado nas baterias anteriores, a largada foi autorizada na primeira passagem do pelotão e, assim, quase uma volta atrás do grupo, Guim não tinha a menor chance de reação. A fim de evitar um acidente, em uma manobra extremamente desportiva, João Pedro ainda saiu com seu kart para a grama, evitando assim um toque com o líder, que vinha rápido. Desta forma, sem nada o que pudesse fazer, se sentiu obrigado a abandonar a corrida.
“Estou revoltado com o que aconteceu. O Bruno Barônio é um excelente diretor de provas e muito respeitado em todo o país. Acontece que ele foi atropelado na corrida anterior e, com isso, deixou a direção nas mãos o Luiz Mann. Este senhor é o mesmo que dirigiu o Brasileiro, em Interlagos, e todos sabemos que ele não consegue realizar boas largadas. Foi uma lástima o que ele fez com meu filho. O carburador do kart do João Pedro encharcou na volta de apresentação e o kart demorou a pegar. Quando o equipamento já estava em funcionamento o João esperou o grupo para se realinhar e o cara, simplesmente, deu a largada. O João Pedro não tinha o que fazer. Quase que os meninos, literalmente, passaram por cima dele. Realmente uma pena. O próprio Barônio, no final da prova, veio pedir desculpas para mim e meu filho, diante do Sr. Mann, dizendo que se fosse ele teria aguardado por mais um giro, evitando assim um possível acidente. O campeonato foi muito legal, os organizadores locais se empenharam em fazer o melhor para quem aqui esteve, mas, infelizmente, este senhor não está á altura da condução de corridas de tamanha magnitude. Investimos tempo, dinheiro e dedicação para, na hora decisiva, sermos prejudicados”, desabafou Claufer Machado, pai de Guim.