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31/10/2008 09:47

Enzo Agostinelli e a cabalística do número 7

Fonte: Planet Kart Marketing Esportivo - Claudio Reis


Foto: Claudio Reis

Enzo Agostinelli


Enzo Agostineli (Enigma/ ProService/ AlumiColor) disputou no sábado (25) a nona rodada da Copa São Paulo de Kart Granja Viana, completando na sétima posição na prova da categoria Mirim.

 

Às vezes algum numero parece “empacar” em nossa vida. Datas de aniversários, o número da casa, o número do telefone e tudo mais que possa ser lembrado, ou medido numericamente. Claro, tanta “coincidência” acaba fazendo recordar da numerologia, ciência derivada da Cabala (ou Kabalah), sistema de misticismo judaico que busca explicar a organização do mundo e suas leis espirituais e materiais.

 

Em que pese ser um sistema místico a Cabala é considerada altamente racional em sua abordagem e faz parte da tradição oral judaica, com data incerta de sua origem, mas sendo certo que um dos primeiros livros sobre o assunto é o Sefer Yetzirah (Livro da Criação), que data do século VI e cujos primeiros comentários foram escritos por volta do século X. Dentro desse sistema a Árvore da Vida vem a ser uma disposição visual da filosofia cabalística e esta árvore nada mais é que a 'árvore do conhecimento' citada no Gênesis da Bíblia. O papel do número na Árvore da Vida é essencial, já que esta dispõe as emanações que revelam a ligação entre o homem e a divindade. Cada emanação, ou sephira é representada por um número, que por sua vez representa um princípio ou conceito. São dez sephirot, emanações de Deus divididas em três pilares, e 32 caminhos que ligam as sephirot entre si, representados por letras hebraicas - que também são números. Aí reside o primeiro ponto de ligação entre a numerologia e a cabala.

 

E é da cabala que a numerologia herdou o conceito de que letras e números são, essencialmente, manifestações distintas da mesma energia ou conceito. Isto é mais evidente no caso do alfabeto hebraico, onde letras são ao mesmo tempo números. Desta forma, é fácil entender que a tabela numerológica atribua o valor de 1 à primeira letra, de 2 à segunda, 3 à terceira, e assim por diante. Isto é uma forma de reconciliar as letras e os números, que se encontram amalgamados no alfabeto hebraico.

 

Obras místicas de todas as épocas, inclusive a própria Bíblia, têm enfatizado o fato de que o número sete é dotado de virtude e poder. A comprovação dessa ótica é que O Grande Arquiteto do Universo criou o mundo em sete dias. Sete são os livros do antigo Testamento, sete as cores refratadas pela luz no prisma, sete são as notas musicais, sete são as fases da lua, sete são os dias da semana, os algarismos romanos são sete, sete são os mares a navegar, são sete as maravilhas do mundo, sete são os pecados capitais, sete são as virtudes, são sete os sacramentos, sete colinas guarneceram o Império Romano, os segredos possuem sete chaves, sete léguas, sete anões e até a independência do Brasil se deu em um dia sete.

 

Esse “poderoso” sete insiste em repetir-se na vida desportiva do pequeno piloto paulista Enzo Agostineli (Enigma/ ProService/ AlumiColor), afinal pela segunda vez seguida perdeu por pouco a chance de ingressar no seleto sexteto do pódio da categoria Mirim, ficando com a sétima posição final. Justamente na sétima corrida de sua carreira em certames regionais...

 

Embora cabalisticamente poderoso, o sétimo não leva troféu para casa e alheio aos aspectos místicos/filosóficos do numeral, Enzo Agostineli prefere acreditar no vaticínio da vovó, que recorda que sete é conta de mentiroso e como qualquer piloto tem sua preferência clara pelo numero 1.

 

Com a nona posição do grid de largada, Enzo Agostineli partiu com determinação para as quatorze voltas previstas para conclusão da chuvosa prova de sua categoria. Após beneficiar-se de algumas rodadas de concorrentes mais afoitos e um belo duelo com João Pedro Correa nas voltas iniciais, Agostineli conseguiu conquistar a sexta posição da prova. Todavia na penúltima passagem Luis Marcelo, que rodara anteriormente e perdera bastante terreno, vinha em forte ritmo e não houve como obstar a ultrapassagem na subida da Reta dos Boxes, já que o traçado adotado para a etapa utilizava o circuito invertido. Na linha de chegada Enzo Agostineli (Enigma/ ProService/ AlumiColor) ficou com o sétimo final.

 

“O Enzo tem evoluído muito ao longo do ano. Em razão de seus compromissos escolares ele não tem conseguido treinar com a mesma freqüência que os demais pilotos da categoria, pelo que tem aproveitado apenas as tomadas de tempo e corridas como ‘fonte’ de aprendizado. Mesmo assim ele é muito aplicado e assimila rapidamente todos os ensinamentos, deixando claro que após o encerramento do ano letivo e com possibilidade de aumentar a freqüência de treinos vai estar ‘afiado’ para a próxima temporada, da qual deve ser um dos destaques da categoria”, narrou Wesley Silva, chefe da equipe Enigma, responsável pelos ajustes no bólido do pequeno piloto de São Caetano do Sul.

 

Na próxima corrida Enzo Agostineli promete mudar essa renitente cabalística e transformar a sorte e sapiência do numero sete em um belo troféu em sua estante.

 

Confira o resultado da Mirim na nona etapa da Copa São Paulo de Kart Granja Viana:

1.- Lucas Pereira, com 14 voltas em 12m24s190

2.- Sergio Guimarães, a 8s916

3.- Gregory Diegues, a 10s977

4.- Luciano Franklin, a 19s795

5.- Leonnardo Raucci, a 20s968

6.- Luis Marcelo, a 26s701

7.- Enzo Agostineli (Enigma/ ProService/ AlumiColor), a 27s605

8.- Caíque Valli, a 40s460

9.- João Pedro Correa, a 41s491

10.- Lucas Lima, com 13 voltas

11.- Caio Colete, a 23s340

Pole Position: Leonnardo Raucci, com 47s248

Melhor Volta: Lucas Pereira, com 55s709

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