No último sábado (16) foi realizada a 3ª etapa da Copa São Paulo Light no Kartódromo Ayrton Senna, em Interlagos. E o dia foi daqueles de apagar da memória para a equipe Bitton Motorsport.
Os treinos da categoria Cadete, na quinta-feira, já marcaram o primeiro momento de preocupação para a equipe. Breno Rodrigues (Fort Line) escapou da pista após a Curva da Esplanada e encontrou pela frente uma “casa de cupim”, que, segundo Sinder Bitton, chefe da equipe, “mais parecia uma pedra enorme de asfalto na grama”. Rodrigues capotou e o kart caiu sobre seu corpo, causando ferimentos no rosto.
Ao ser levado para Hospital São Luiz, no Morumbi, foi constatado que Breno havia tido uma fratura em seu maxilar e deveria fazer uma cirurgia de recomposição dentária, pois com a batida seus dentes teriam ficado moles. Na manhã de 6ª feira Breno viajou para o Rio de Janeiro, onde foi feita a cirurgia com sucesso, sem deixar nenhuma seqüela, O piloto está passando muito bem.
Já Sinder Bitton Neto (Outback / Pizzaria Parmê / Tropical Hortifrut / IMM Impermeabilizações / Ultra Pilot), que vinha sendo um dos mais rápidos nos treinos na categoria Cadete, foi para tomada de tempo confiante. Com uma estratégia errada, porém, conseguiu apenas o 5º lugar no grid. “Para nossa surpresa, o colocaram na 10ª posição, alegando que havia sido penalizado por usar pneus novos, fato que não é verdade. Estávamos com os pneus usados das duas primeiras etapas, e aqueles que realmente usaram pneus novos ou trocaram seus motores, nem sequer foram penalizado. Os comissários conseguiram ter três folhas diferentes do grid. Com isso foi dada a largada, e pilotos que largavam lá traz estavam largando na frente, um absurdo”, reclama Bitton. Na curva da Esplanada houve uma confusão e Sindinho foi atingido, caindo para 20º. Com uma corrida de recuperação ainda conseguiu chegar na 11ª posição.
Na Super Cadete, foi muito pior, já que Sinder Bitton Neto não conseguiu treinar na sexta com o motor sorteado para corrida e não conseguiu fazer tomada de tempo no sábado, pois seu motor teve problemas. Por fim, conseguiu largar em último, pois os técnicos da RBC fizeram um grande esforço para que Sindinho conseguisse largar. “Mas não era mesmo o nosso final de semana. Conseguimos dar duas voltas e tivemos que abandonar a corrida”, lamenta o pai de Sindinho.
"Foi muito triste ver, depois do acidente do Breno, a organização retirar a ‘caixa de cupim’ com enxadas, para que não pudesse ser acusada sobre o acidente. Ver o despreparo dos Comissários Desportivos, inventando regras no grid de largada, ver o abandono do Kartódromo de Interlagos, sem nenhuma infra-estrutura para sequer se beber uma água. Tínhamos que ir comprar lá fora na padaria. Será que esta pista será o palco do Brasileiro, será que não vai haver reformas? E ainda tiveram coragem de falar mal do Kartódromo de Volta Redonda”, desabafa Sinder Bitton, pai e chefe da equipe Bitton Motorsport.