Sob nova administração, agora a cargo de Waldir Belizário, a
fabricante de chassis Thunder anunciou esta semana uma importante novidade
tecnológica para o kartismo brasileiro. Nela, o objetivo é equiparar em
qualidade os chassis de kart construídos no Brasil aos fabricados na Europa.
Para tanto a Thunder está trazendo um robô para o Brasil,
semelhante aos utilizados pelas grandes montadoras do mundo todo na solda de seus
automóveis. E o responsável pela implantação e programação deste robô será
Fábio Franzoni. Experiente na área, onde atua há 25 anos nas montadoras
Volkswagen e General Motors, Franzoni logo avisa. “Pode não parecer, mas robô no meio automotivo é coisa antiga. E agora
está chegando ao kartismo brasileiro para nos equipararmos ao kartismo da
Europa”, conta o pai de Victor Franzoni, atualmente piloto da Indy Lights.
A chegada de um robô deste tipo ao kartismo brasileiro trará
benefícios na construção e fabricação dos chassis, uma vez que a solda será
sempre igual em todos os quadros. Será um processo de repetibilidade que fará
com que se encerrem, por exemplo, as alegações de que as fábricas oferecem chassis
melhores a determinados pilotos.
“A precisão de uma
solda robotizada é de 4 casas decimais depois do milímetro, ou seja, poderíamos
soldar um fio de cabelo se fosse necessário”, explica Franzoni. “E é exatamente esta precisão, tão
necessária para o aumento da qualidade dos nossos chassis, que a Thunder
implantará não só em seus chassis, como também oferecerá às outras fábricas
brasileiras”, completa.
Mas não é apenas esta precisão milimétrica nas soldas que o
robô da Thunder trará ao mercado brasileiro. “O robô consegue, também, fazer as soldas na menor temperatura
possível, ou seja, na temperatura ideal para não prejudicar a qualidade da
matéria-prima original, os tubos de aço. Isto, então, é outro fator que agrega
qualidade aos chassis”, esclarece Fábio Franzoni.
O projeto da Thunder permitirá que quatro quadros sejam
soldados ao mesmo tempo, o que se torna uma vantagem produtiva muito
interessante para os fabricantes, além da rapidez com que todo o processo é
concluído. “Um robô precisa de 10 a 12 minutos
para soldar um quadro, isso porque sempre é necessário esperar pelo tempo de
‘cura’ da solda. A solda do quadro em si levaria apenas 3,5 minutos”, revela
Fábio Franzoni.
Para Waldir Belizário, que terá a companhia de seu filho
Ruan na administração da Thunder, esta era uma tendência que o Brasil precisava
seguir. “As fábricas de chassi na Europa,
como Tony Kart e Parolin, por exemplo, já usam robôs há muito anos. Estamos
dando o ‘pontapé’ inicial para gerar esta tendência aqui no Brasil. Nosso robô
estará disponível a todas as fábricas que se interessarem em oferecer ainda
mais qualidade em seus produtos”, convidam Waldir Belizário e Fábio
Franzoni.