Cores, siglas, números. É desta forma que o mercado conhece e diferencia a dureza e a durabilidade de cada tipo de pneu oferecido atualmente no kartismo brasileiro e até mesmo no kartismo mundial. Assim é, por exemplo, com a brasileira MG e com a argentina NA, esta recém chegada ao Brasil, e com a italiana Vega e com as japonesas Bridgestone e Dunlop.
No entanto, a maneira correta de identificar se um tipo de pneu de determinada marca se equivale ao de outra marca em dureza e/ou durabilidade – e isto se aplica também a tipos diferentes de pneus da mesma marca – é conferindo sua ficha de homologação justamente em sua classificação de dureza. Isto exatamente porque as fábricas não “colorem” seus pneus de maneira idêntica.
É nela que verificaremos, por exemplo, que um Vega com selo verde está classificado e homologado pela CIK/FIA na classe “hard”, ou seja, duro. Outro tipo da Vega, agora com selo branco, recebeu homologação e classificação “medium”, ao mesmo em que seu “amarelo” é equivalente ao “soft”.
No Brasil, todos sabem que o vermelho da MG é o pneu homologado na CIK/FIA na classe “hard”, ao passo que o amarelo é o “médium”. A Dunlop e a Bridgestone, por sua vez, não utilizam o sistema de cores, optando por identificar seus pneus com siglas, mas igualmente têm que enquadrá-los na classificação de dureza.
Já o NA Carrera, que tem seu único pneu slick identificado com o selo vermelho, o homologou na classe “médium”. Entrando no mercado brasileiro agora, a NA tem, portanto, pneus com selo vermelho equivalentes aos “amarelos” da MG no quesito dureza.
“O que vale mesmo é a classificação de dureza em que o pneu se enquadra. As cores são apenas uma estratégia de marketing das fábricas e por isso se diferenciam entre si”, diz Marcello Ventre, diretor da MG Pneus. “Nós temos na MG também o pneu com selo verde, que foi homologado como ‘soft’, o macio. O verde para a Vega, por exemplo, é o duro”, finaliza.
A FIA determina as classificações de mole, médio e duro através de testes feitos em laboratórios credenciados por eles. Estes testes são obrigatórios quando da homologação, para impedir que uma fábrica informe que o pneu é duro quando, na realidade, é mole. E este parâmetro também serve para que uma empresa não leve vantagem sobre outra, já que as durezas são muito relativas: pode ser feito um pneu médio e um duro com a mesma dureza. Por isso são feitos vários testes, inclusive de consumo.