Não faltam desafios para Pedro Piquet neste fim de semana. Com suas curvas de alta e áreas de escape que não perdoam escapadas, a tradicionalíssima pista holandesa de Zandvoort é o palco da sexta etapa do calendário. É também a corrida local para a Van Amersfoort Racing, escuderia que não teve resultados tão expressivos “em casa” nas últimas temporadas.
A rodada tripla abre a segunda metade da primeira temporada internacional do bicampeão da F3 Brasil, que acaba de completar 18 anos de idade e que já realizou um teste no traçado de 4.307 m, quando conheceu o autódromo.
“Em todas as corridas o time quer ter um resultado bom, mas em Zandvoort, como é a casa deles, é ainda mais importante ter um desempenho forte. Nos últimos anos não foram tão bem lá como em outras pistas, então vão tentar agora um resultado melhor. É uma pista bem difícil, antiga, diferente das pistas atuais de F1. Em Zandvoort a área de escape é grama e guard-rail, então a margem de erro é mínima, porque são várias curvas de alta e não tem asfalto depois da linha em nenhuma curva. Acho que vai ser um grande desafio para todo mundo”, disse o piloto patrocinado pela Petrobras e apoiado por Autotrac e Mercedes-Benz.
O formato da etapa segue o cronograma tradicional da FIA F3 Euro, com dois treinos livres e dois “qualis” na sexta-feira, duas corridas no sábado e a prova final no domingo. O site oficial do campeonato exibe as três baterias ao vivo.
Após seu primeiro contato com o autódromo, o brasiliense projeta uma etapa de poucas ultrapassagens, em contraste com a jornada passada, em Norisring, pautada por diversas trocas de posições em todos os pelotões do grid.
“Consegui fazer um treino de fórmula lá para conhecer a pista, então isso vai ajudar bastante no fim de semana. São curvas de alta, onde vai ser bem difícil ultrapassar, então as corridas podem até ser um pouco monótonas depois de algumas voltas”, frisou o piloto.
Indagado sobre suas impressões da primeira metade do campeonato, Piquet apontou que o maior desafio até o momento foi interpretar as mudanças do comportamento do carro nos circuitos, conforme os traçados vão melhorando com os seguidos treinos das categorias que compartilham os eventos com a F3 Euro.
“Em algumas corridas neste ano nós fizemos um bom trabalho, como na Hungria na chuva largando lá atrás e chegando nos pontos. Em Norisring também estava bem nas corridas. Já na Áustria, a gente conseguiu classificar bem em uma das provas. O desafio é conseguir juntar tudo isso na mesma etapa. Uma grande dificuldade que a gente enfrentou é a mudança de pista, porque a pista melhora muito até mesmo ao longo de um só dia. A nossa sempre é a primeira categoria a andar e aí vamos classificar depois de diversos treinos de DTM, Porsche etc... Então a pista melhora muito e algumas vezes eu fico até meio sem referência, sem saber onde é que está o limite. O carro geralmente vai saindo mais e mais de frente conforme a pista vai melhorando e é algo que a gente precisa prever melhor. Então estamos aprendendo um pouco com isso e vamos atrás de resultados melhores na segunda metade do campeonato”, avaliou Pedro, que somou pontos em três das cinco etapas do calendário.
As corridas deste fim de semana têm largadas programadas para 5h25 e 9h no sábado e 5h50 no domingo, sempre pelo horário de Brasília.