A temporada 2021 da Fórmula E segue a todo vapor e, mesmo
com as restrições sanitárias de alguns países, pouco a pouco as competições
passam a receber o público de volta e empolgar com as disputas e a adrenalina
que permeiam as competições do Mundial de carros elétricos.
Fazendo a sua temporada de estreia na competição, o
brasileiro Sérgio Sette Câmara segue mostrando o seu talento e, mesmo diante
das dificuldades da pequena equipe Dragon Penske Autosport, tem conseguido
evoluir ao longo das etapas. Após a implantação do novo train de força, que
aconteceu somente na etapa de Mônaco, o jovem de 22 anos mostrou que o modelo
Penske EV-5 tem mais velocidade e, principalmente, maior autonomia no consumo
das baterias.
No e-Prix de Puebla, realizado há duas semana pela primeira
vez no autódromo no interior do México, o piloto brasileiro demonstrou uma boa
evolução se comparado às rodadas anteriores do campeonato. Após ocupar a 11ª
posição nos treinos livres da corrida de sábado, ele se classificou em 9º para
a primeira largada e, não fosse ter recebido um toque na corrida – que o fez
terminar em 15º –, teria finalizado a prova na zona de pontuação. Nas disputas
do domingo, válidas pela 8ª e 9ª etapa, a equipe Dragon buscou melhorar ainda
mais o acerto do carro #7 e acabou não encontrando o ajuste ideal. Com isso
Sérgio ficou apenas com o 16º lugar na corrida.
Em uma análise mais ampla do campeonato, contudo, Sette
Câmara está satisfeito com o trabalho que está desenvolvendo com a equipe
anglo-americana. “Acredito que estou tendo um trabalho bastante proveitoso
aqui com a Dragon. Desde o ano passado, quando fiz as últimas corridas do ano
com eles, eu sabia que o carro não era para lutarmos pelas vitórias. Porém,
todos estão muito empenhados na melhora não somente do motor, mas de todo o
conjunto técnico. Desenvolvemos muito o nosso novo train de força antes de
lançarmos ele na pista e nesta corrida de Puebla já foi possível mostrarmos uma
boa evolução. Faltam ainda seis corridas para o fim do campeonato, onde iremos
correr em três metrópoles mundiais – Nova York, Londres e Berlim. As duas
primeiras posso dizer que são nossas corridas de casa. Assim, faremos o máximo
para conquistar os melhores resultados e, se tudo der certo, voltarmos a
figurar de forma constante na zona de pontos”, concluiu o mineiro de Belo
Horizonte.