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07/08/2020 10:19

Sérgio Sette destaca aprendizado em suas duas primeiras corridas na Fórmula E em Berlim

Fonte: Quick Comunicação e Marketing


Foto: spacesuitmedia

Sérgio Sette


Após nove meses longe das competições oficiais, nesta quarta e quinta-feira o piloto brasileiro Sérgio Sette Câmara voltou à uma prova oficial. Diante de um dos maiores desafios de sua carreira, o mineiro de 22 anos fez a sua estreia no Campeonato Mundial da Fórmula E no cockpit do carro #6 da equipe norte-americana GEOX Dragon.

Vindo de três temporadas muito destacadas na Fórmula 2, Sette Câmara chegou a um universo completamente novo e que, naturalmente, lhe ofereceu acima de tudo um período de proveitoso aprendizado. Apesar de ter se destacado no treino de novatos da categoria de carros elétricos realizado no mês de março na Turquia, Sérgio nunca havia disputado uma corrida oficial, o que, desta forma, lhe demandou um longo período de atividades prévias de estudo e atividades no simulador.

“O carro da F-E é completamente diferente de tudo o que eu já havia pilotado na vida. Durante uma volta, num circuito de rua e com extensão bem mais curta que nos autódromos, o piloto tem de fazer no mínimo umas três vezes mais coisas que na F2. São diferentes ajustes, principalmente no que tange ao consumo de energia do carro. Estudei muito e pratiquei no simulador da equipe, mas certamente o que vivenciei nesses dois dias aqui na pista foi muito mais intenso”, comentou.

Conforme anunciado pelos organizadores, as seis rodadas finais da temporada da F-E seriam disputadas em Berlim, na Alemanha. A cada duas corridas o circuito seria alterado e, com isso, em apenas nove dias o campeão de 2020 seria conhecido.

Como tradicionalmente acontece nas disputas da F-E, toda a programação de uma etapa acontece no mesmo dia. Assim, nesta quarta-feira (5) aconteceram as disputas da sexta etapa do campeonato e no dia seguinte as atividades da sétima etapa.

Nas atividades de quarta-feira Sérgio encontrou certa dificuldade de adaptação ao carro e ao circuito, o que não o impediu de buscar o seu melhor na pista. Mesmo não tendo conseguido boas marcas na classificação, o piloto buscou ser veloz e constante na corrida e conseguiu finalizar a prova sem nenhum incidente.

Nesta quinta, já com mais quilometragem com o carro e passada a ansiedade normal da estreia, o piloto mostrou seu potencial ao registrar sétimo melhor tempo na sessão de treino livre. Na classificação, após alguns erros com um carro que saia um pouco de frente, o piloto não conseguiu estabelecer o mesmo ritmo do treino e teve de se contentar com a 20ª posição do grid. Na corrida, que aconteceu quatro horas mais tarde, o piloto conseguiu se manter em seu posto na largada partindo para as disputas. Envolto em brigas com pilotos bem mais experientes, o jovem de Belo Horizonte conseguiu impor um bom ritmo, brigou por posições e ao final da corrida recebeu a bandeirada no 17º lugar.

“Muitas coisas positivas podemos tirar após os dois primeiros dias de corrida aqui em Berlim. Hoje demos um grande passo adiante em relação ao que fizemos ontem. Consegui fechar o treino em sétimo e, em todas as condições de potência do carro, estive sempre entre os 10 mais rápidos. Na minha volta ideal da classificação, infelizmente, foi muito difícil manter o carro no traçado ideal. Tentei extrair o máximo do carro e, infelizmente, cometi alguns erros. Tínhamos ritmo para estar certamente entre 10º e 15º, mas acabei largando de 20º. Na corrida eu consegui administrar melhor o consumo de energia e ganhei algumas posições. Estou feliz com toda a experiência que eu consegui adquirir e espero possamos seguir evoluindo nas próximas quatro corridas”, encerrou o piloto.

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