Estreante em uma das provas mais importantes e famosas do
automobilismo mundial, Matheus Leist, 19 anos – mais jovem do grid – fez uma
prova sem erros neste domingo (27) e terminou em 13º em um dia em que veteranos
sofreram acidentes e não receberam a bandeirada na 102º edição das 500 Milhas
de Indianápolis.
'Foi uma corrida difícil, talvez a mais difícil da
minha carreira. Sendo sincero, não esperava que ia ser tão complicada, por
conta da dificuldade que todos os pilotos estavam sentindo por conta do novo
carro, que tem menos pressão aerodinâmica, o que o torna mais arisco”, disse
Matheus Leist, o segundo melhor estreante na prova.
“Por isso, considero que fizemos um ótimo trabalho, trazendo
o carro inteiro para casa e conseguindo um resultado perto do top 10. Claro que
a gente queria terminar mais para frente, e até tinha potencial para isso, mas
Indy 500 é assim mesmo. O nível é muito alto e não é por acaso que esta corrida
é a maior do mundo', completa Leist, melhor brasileiro, já que Tony Kanaan
e Hélio Castroneves abandonaram.
'Foram muitos
acidentes, alguns bem à minha frente. Houve momentos em que freei bem no tempo
exato de evitar uma batida, então esta corrida foi realmente o tempo inteiro no
limite. E Indianápolis é assim: quando é para ser seu dia, vai ser',
diz Leist, campeão da Fórmula 3 Inglesa em 2016.
Em 2017 Matheus Leist passou a competir nos Estados Unidos e
estreou em ovais exatamente em Indianápolis, quando venceu a Freedom 100,
resultado que lhe ajudou a mudar para a categoria principal, competindo pela A
J Foyt.
'Posso dizer que
realizei um sonho ao correr a Indy 500 e agora vamos em busca de outros sonhos.
Estou feliz que a gente tenha recebido a bandeirada com uma corrida boa dentro
das limitações de nossa equipe e agradeço a todos porque torceram por mim',
finalizou Leist.
Matheus Leist volta à pista no próximo final de semana, para
uma rodada dupla em Detroit, em circuito de rua.