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02/09/2007 08:00

Automobilismo brasileiro em luto: aos 82 anos, morreu Breno Fornari

Fonte: Kart Gaúcho - Erno Drehmer


Foto: Mauro Vieira - Zero Hora

Breno Fornari, ao lado de uma de suas carreteiras, por ele restaurada


Mais um capítulo da história do automobilismo brasileiro – e gaúcho – foi encerrado nesta sexta (31/8). Morreu em Porto Alegre, aos 82 anos, o piloto Breno Fornari, vencedor de três Mil Milhas Brasileiras, em 1956, 1958 e 1959.

Ele não era piloto de kart, que é o assunto predominante em nosso site, mas era um senhor Piloto (com “P” maiúsculo), que viveu muitas histórias no nosso esporte. A nova geração do kartismo brasileiro talvez não saiba quem foi Breno Fornari, a “média” geração talvez o conheça um pouco, mas os antigos no automobilismo e no kartismo certamente o conhecem. Breno Fornari, pelo que fez, é reverenciado por seus feitos e quando da 50ª edição das Mil Milhas ele foi homenageado pelos organizadores. Nas 12 Horas de Tarumã, da qual foi o primeiro vencedor em 1962, ele também foi homenageado em 2001.

Em 1978 ele se despediu das pistas, competindo justamente em uma 12 Horas de Tarumã, ao lado de seu filho “Neni” Fornari, mas não abandonou o esporte. Aos 76 anos ele competiu em um rally de carros históricos.

Breno Fornari é pai de dois outros “botas”, Antonio Miguel Fornari, o Neni, e Carlos Alberto Fornari, o “Neco”, este muito conhecido no kartismo brasileiro, como piloto e preparador. Neco foi vice-campeão Sul-Americano de Kart em Tarumã, em 1982, perdendo apenas para o saudoso Ayrton Senna, sobre quem exerceu enorme pressão durante todas as provas disputadas.

Com a morte de Breno Fornari, perde-se muita coisa e entre elas as belas histórias, que se um dia fossem publicadas em um livro, tenho certeza de que, entre os apaixonados por automobilismo, seria um best-seller. Conversei várias vezes com Breno Fornari e aprendi muita coisa, maravilhado que ficava aos ouvir estas histórias que ele contava, ambos sempre com um brilho especial nos olhos. Afinal, aos 82 anos, ele ainda era um piloto de automobilismo, e eu, um simples mortal, a admirar um ícone do automobilismo brasileiro.

Fique com Deus, Breno Fornari.

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