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16/07/2013 07:43

Automobilismo e jornalismo brasileiro acordaram tristes - e mais pobres - nesta 3ª. Faleceu Marcus Zamponi

Fonte: Portal Kart Motor - Erno Drehmer


Foto: Vinícius Nunes

Marcus Zamponi, o Zampa


O automobilismo brasileiro – e mais diretamente seu jornalismo – acordou mais triste, muito triste, nesta terça-feira. Faleceu Marcus Zamponi, o Zampa. E o automobilismo brasileiro – e especialmente seu jornalismo – está mais pobre.

Não convivi tanto com ele como muitos amigos conviveram, afinal eu estive sempre por aqui, pelo Rio Grande do Sul, e eles todos em São Paulo. Via o Zampa nos meus tempos de Comissário Desportivo nos autódromos gaúchos que recebiam provas de Brasileiro. Não éramos amigos e talvez ele nem me conhecesse pelo nome. Mas eu o admirava.

Como disse o Luca Bassani, logo abaixo, era uma mente brilhante, um jornalista amante do automobilismo e estava sempre cercado de amigos e admiradores, que queriam ouvir suas histórias. Admirado por colegas e pilotos, era dono de uma “perspicácia ímpar para falar sobre o que se passava nos bastidores e nas pistas”.

Marcus Zamponi faleceu nesta segunda-feira, aos 63 anos, em São José do Rio Preto, de complicações cardiovasculares.

Abaixo, três de seus amigos resumem bem quem era Marcus Zamponi.

Luca Bassani, ontem no Facebook
“Marcus Zamponi era fogo na gasolina !!!
Uma mente brilhante que produzia um corpo insano
Um coração ingênuo que revelava a verdade perversa
Um jornalista de vanguarda com compromisso histórico
Amante do automobilismo que o abraçava com espinhos
Enquanto desenrolava a verdade com autenticidade profética
Envolvia seus amigos em prosas ficcionais divertidíssimas
A verdade do Zampa tinha duas mãos: a escrita e a contada na roda
Que falta irá fazer todo esse antagonismo num tempo de ideias comuns.....”

Wagner Gonzalez, ontem no Facebook
“E o Zampa agora está um pouco mais longe.

Primeiro deixou de aparecer nos autódromos, sinal de tempos de um automobilismo que já não merecia sua irreverência inteligente, ferina e, sobretudo, causadora de gargalhadas e de momentos que sempre acabavam bem.

Depois, foi para São José do Rio Preto, ainda mais distante de Interlagos, Tarumã, Jacarepaguá, todos esses lugares onde deixou marcas mais fortes que guard rails ralados e asfalto marcado por bandeiradas e bandeirolas.

Nesse tempo todo deixou o palco sem deixar de escrever, então a intervalos maiores, aquelas histórias malucas, sempre baseadas em um lado óbvio dos personagens que brindava mencionar e, seus textos.

Não vale a pena chorar sua partida mais recente. É muito mais Zampa pensar no que ele vai aprontar quando todos nós que convivemos com ele de um ou de outro jeito, reencontrá-lo um dia.

Com certeza vai ser motivo de mais gargalhadas.

Até um dia, velho camarada.”

América Teixeira Júnior, em 2009, quando a FASP homenageou o jornalista em sua revista
“Se você é apaixonado por automobilismo e devorador de publicações especializadas, seguramente é leitor assíduo de Marcus Cícero Zamponi, jornalista de tal forma diferenciado que sua trajetória foi e continua sendo referência para muitos dos atuais e, certamente, para futuros profissionais do setor. Ele dispensa sobrenome editorial. É o Zampa, e ponto final.”

  • 16/07/2013 18:05 Paulo Carcasci

    O Zampa, gordo, fantastico, inteligente, foi um marco em nosso automobilismo. Abracos, esteja bem.

  • 17/07/2013 00:52 Jose Nascimento

    Como amante do automobilismo, fica impossivel nao admirar a escrita que vinha desta mente brilhante e divertida que agora nos deixou.
    Sinceros sentimentos de Jose Nascimento e Equipe JZ Racing.