Depois do sufoco de passar toda a pré-temporada realizando testes e aprendendo os circuitos do Campeonato Espanhol de Fórmula 3 com um carro de geração ultrapassada, finalmente o brasileiro
Mas, para o brasileiro, espetacular mesmo foi acelerar um carro que deve fazer dele um piloto competitivo o ano inteiro. No treino desta terça-feira, realizado no circuito de Barcelona, Jimenez dedicou-se o dia todo ao chamado shakedown (ou teste de instalação dos diversos sistemas que compõem um carro de corridas). “Em termos de pilotagem, este carro é muito melhor de se guiar do que o que eu vinha usando: ele freia mais e entra nas curvas com mais precisão”, disse Jimenez. “Por exemplo, a aerodinâmica dele é muito superior. Tanto que eu e meu engenheiro, o catalão Segi Borrull, erramos usando muito mais asa traseira e dianteira do que deveríamos, pois no carro antigo isso era necessário para dar estabilidade nas curvas. No modelo 2006, como a aerodinâmica é muito mais eficiente, essa necessidade é bem menor – e, por isso, com mais asa, perdemos velocidade na reta. Em uma categoria na qual os carros são todos do mesmo fabricante, estes detalhes fazem uma diferença enorme. Mas nós estamos aprendendo”.
Além dos erros normais da estréia, Jimenez e o engenheiro Borrull também foram atrapalhados pela chuva, pelo banco ainda inapropriado do Dallara (a equipe irá fazer um novo) que incomodou o piloto o dia inteiro e pelo fato de o brasileiro ainda não conhecer a pista de Barcelona. “Rodei e fiquei preso na brita”, confessa Sérgio Jimenez. “É que eu estava tentando chegar ao limite do carro, e forcei demais. Essas coisas a gente vai modulando à medida que ganhar experiência com o carro novo”.