O piloto de kart Igor Fraga (Brastel/ Bom Preço Mercado/ Água na Boca/ CRG Japan/ Just-One/ Pacific Motors, Escritório São Paulo/ Trust) participou do Rok International Cup na Itália, na cidade de Lonato, no dia 14 de outubro. Ele foi o único brasileiro inscrito no campeonato, que teve a participação de 270 pilotos de vários países e a presença do ex-piloto da Fórmula 1 Michael Shumacher, que acompanhou todas as provas durante todo o domingo.
Igor Fraga desembarcou na Itália na noite do dia 10 de outubro e no dia seguinte, quinta-feira, o brasileiro foi para a fábrica da CRG, onde teve a oportunidade de conhecer todo o processo de fabricação dos chassis, todo o pessoal da diretoria e funcionários, e fazer os acertos no kart que iria usar na corrida.
Na sexta-feira Igor Fraga foi para o circuito South Garda pela primeira vez, quando aproveitou para fazer reconhecimento da pista e observar o treino das outras categorias.
A categoria Mini Rok teve treinos apenas no sábado. Foi um treino de 10 minutos para amaciar o motor e depois mais três treinos com tempos muito curtos e próximos um do outro, o que dificultou as regulagens. Nos primeiros treinos de sábado, Igor Fraga aparecia sempre entre os dez primeiros. No último treino ele teve problemas com o rendimento e tudo parecia muito confuso. Foram analisados todos os dados do computador, o que não estava muito claro, poderia ser excesso de aderência dos pneus, pois a temperatura da pista estava a mais alta de todo o dia, foram feitos acertos no chassis, que só pôde ser testado no domingo.
No domingo pela manhã os pilotos foram para o time attack e durante a tomada de tempo Igor Fraga continuava com problema de rendimento, virando 1,5 segundos mais lento que no treino feito no sábado no mesmo horário. Descartando a hipótese de excesso de aderência, restava apenas o motor, mas a tomada de tempo já tinha acontecido e, com muitos problemas, Igor Fraga conseguiu apenas a vigésima posição no grid.
Sem tempo para ser feita verificação no motor, foram feitos apenas acertos na carburação. O brasileiro voltou à pista para a pré-final e durante a corrida não houve melhora no motor, o que indicava problemas mais grave. Igor Fraga terminou a prova em décimo oitavo lugar.
Com um intervalo um pouco maior para a final, a equipe, sem perder tempo, desmontou o motor, e não acreditou no que viu: o anel de segmento estava colado no pistão, o que causou a perda de rendimento no motor. O que provocou o travamento do anel do pistão não foi o excesso de temperatura e sim um excesso de carvão proveniente do óleo dois tempos utilizado. Foi trocado apenas o anel de segmento, não poderia trocar o pistão, porque dependeria de amaciamento de motor.
Igor Fraga largou bem na final e na segunda volta já estava na oitava posição, mas por falta de uma carburação bem acertada, a partir do meio da prova voltou a ter problemas de rendimento, perdeu posições e terminou a prova em décimo terceiro.
“Até hoje as competições que participamos sempre tivemos tempo o suficiente para fazer regulagens e testes, e nessa prova o tempo é muito curto. Tivemos o problema com o motor e de início suspeitávamos de aderência, perdemos muito tempo para solucionarmos o problema, o que complicou a prova para o Igor. Mas apesar de tudo aprendemos muito e se tivermos oportunidade de conquistarmos o direito de ir novamente, estaremos mais bem preparados”, disse o pai do piloto.
O piloto Igor Fraga, que defende as cores da bandeira do Brasil e reside no Japão, foi o piloto que teve o melhor resultado da Ásia e já tem planos de correr em dezembro em Macau.