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14/04/2021 07:23

Kartismo brasileiro em luto: faleceu José Aloizio Cardoso Bastos, presidente da FASP

Fonte: Portal Kart Motor | Erno Drehmer


Foto: Wagner Gonzalez

José Aloizio Cardoso Bastos


Faleceu nesta terça-feira (13) em São Paulo o presidente da FASP, José Aloizio Cardoso Bastos. Ou, para os milhares de kartistas que puderam conhecê-lo, apenas “Bastos”, que conheci em 1996 em Farroupilha (RS), quando a cidade gaúcha recebeu o Campeonato Brasileiro de Kart.

José Aloizio Cardozo Bastos nasceu no dia 21 de fevereiro de 1933 e teve uma vida dedicada ao automobilismo. Na ocasião em que o conheci, em 1996, Bastos atuava como Comissário Desportivo da CBA, com seu inesquecível e marcante apito. Vivendo por décadas o ambiente do automobilismo e do kartismo, ele passou pelos mais diversos setores do nosso esporte e faleceu aos 88 anos depois de ser derrotado por um câncer.

A Federação de Automobilismo de São Paulo, através de sua assessoria de imprensa, divulgou uma nota em que o velório será reservado aos familiares e acontecerá nesta quarta-feira (14) no Cemitério do Morumby.

Wagner Gonzalez, assessor de imprensa da FASP, resume em belas linhas quem foi José Aloizio Cardoso Bastos.

'Seu Bastos'

Seu jeito espartano contrastava com a magnitude de sua gentileza. Os cabelos grisalhos escondiam a juventude que se fortalecia cada vez que cruzava o Portão 7 de Interlagos ou encontrava com um piloto, geralmente alguém que viu disputar a primeira corrida em provas de kart ou mini bug. José Aloizio Cardozo Bastos, ou simplesmente Bastos, será sempre lembrado pela generosidade que doou ao automobilismo brasileiro, em particular ao praticado em São Paulo.

Nas pistas se fazia notar pela inquietude com que tratava de assuntos dos mais variados, o que o tornava ainda mais popular. Tamanha fama fomentou casos e causos que mesclaram o hilário ao prático, como quando colocou no bolso da camisa social de manga curta, traje do seu cotidiano de sempre, um pedaço de fita crepe onde escreveu um nome que podia ser Waldomiro, Waldemar ou outro qualquer, menos o seu. Com isso queria evitar que os oportunistas encontrassem o tal do Seu Bastos.

Nos grandes eventos, cada vez que uma aglomeração atrapalhava o andar do espetáculo ou alguém se postava onde não devia, era com um apito que resolvia o inconveniente em dois assopros.

Se o problema era uma dificuldade qualquer para alinhar em uma corrida, fazer a filiação necessária ou resolver um problema técnico, quem quer que lhe pedisse auxílio iria silenciar o apito e fazer surgir um dirigente que iria fazer de tudo para solucionar aquela situação.

Foi assim desde que começou a trabalhar no Automóvel Clube do Rio de Janeiro, para onde se mudou após sua adolescência em Estrela Dalva (MG), terra de quitutes que jamais saíram de sua memória. Mais tarde mudou-se do Rio para São Paulo, estabeleceu-se como promotor, dirigente e personagem querido por todos.

Fora das pistas, ele era Aloizio, como Dona Marina Zulma Bartolozzi Bastos o tratava carinhosamente e retribuía o amor de uma vida inteira, típico de um casal à moda antiga onde não se economizava apoio e atenção aos três filhos que deram quatro netos ao casal.

José Aloizio Cardozo Bastos nasceu no dia 21 de fevereiro de 1933 e faleceu em 13 de abril de 2021, e viveu uma vida dedicada ao automobilismo.

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