25/10/2013 01:24
Joel Ribeiro Do Prado
Eu fui convidado, em fins de 2006, a ir no avião do Zé à festa de Reis em Alto Belo, terra do nosso amigo comum e compositor Téo Azevedo. Quando o Zé colocou o avião dele à disposição para o transporte dos que iriam pra lá, o Téo lembrou que o Sérgio Reis, provavelmente iria e levando alguém da família, como fazia por ter sofrido um AVC. A questão era se caberiam todos no pequeno avião. O Zé disse que dispensaria o seu piloto, de modo a ganhar um lugar. Dia seguinte, eu estava num outro local e, passando por mim um desconhecido, ele se deparou com alguém a quem falou bem alto "Caiu o avião do Sérgio Reis!". Depois, ele deu risada e disse que estava brincando. Eu achei aquilo estranho e que poderia ser um aviso pra eu não ir no avião do Zé. Realmente, não fui. Em 15 de fevereiro de 2007, num e-mail pro Zé -que guardo- eu comentei resumidamente o episódio, dizendo que eu "havia desistido de viajar porque tinha acontecido algo estranho e eu arrepiei". Pensei em detalhar depois, dado estar sem tempo naquele momento. Não houve oportunidade pra voltar ao assunto. No dia 15 de maio de 2007, três meses depois daquele e-mail, eu estava trabalhando no meu escritório e entre os papéis peguei um documento que teria de encaminhar à empresa do Zé. No mesmo momento, de repente, no jornal da TV Record, anunciou-se a queda de um avião, na via Dutra. Logo depois, já do local da queda, o repórter deu os detalhes todos. O avião que caíra era pilotado pelo meu amigo Zé Jerônimo, que dias antes me mandara, lá de Miami onde estava, um texto dele, cujo título era MORTE...