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06/11/2006 10:56

Sérgio Jimenez realiza sonho e testará um carro da GP2

Fonte: Press Consultoria


Foto: Richard Spake


Será um teste comum: não vale pontos para nenhum campeonato, não garantirá a vaga para 2007, nem ao menos será com um carro de Fórmula 1. Mas, para o brasileiro Sérgio Jimenez, trata-se de algo especial. Há exatamente um ano, Jimenez estava no kart, categoria para a qual voltou depois de interromper a carreira com carros de corrida por pura falta de patrocínio – uma situação até paradoxal tratando-se do piloto mais bem-sucedido do kartismo brasileiro, pelo menos nas últimas décadas. No kart nacional, ele tinha status de profissional, ou seja, ganhava para acelerar. Mas a carreira, o sonho da F-1, parecia irremediavelmente interrompida.

 

Nesta segunda-feira (6), no entanto, Sérgio viverá um momento emocionante. Ao longo da temporada 2006, ele conquistou a confiança da equipe Racing Engineering, time que defende no Campeonato Espanhol de Fórmula 3 e que, agora, retribui o bom trabalho do brasileiro oferecendo-lhe um teste com o carro de GP2. “Este é um momento para o qual venho me preparando há tempos”, diz Jimenez. “Meu objetivo é mostrar serviço e me colocar em um mercado muito seleto de pilotos com potencial para brilhar em uma categoria competitiva como a GP2”.

 

Entusiasmo Esta será a primeira vez que Sérgio pilotará um carro com potência maior da oferecida por um F-3 – o GP2 tem 580 cv, mais do que o dobro do disponível no Dallara F306/Toyota usado por Jímenez no Campeonato Espanhol de F-3. “O GP2 é um excelente carro de corridas e, como piloto, estou muito entusiasmado: ele tem forte aceleração, é rápido nas curvas, freia com eficiência, enfim, é realmente uma máquina de competição digna do nome”.

 

“De outro lado, as informações que tenho são de que trata-se de um carro muito particular”, ressalva Jimenez. “Em uma pilotagem realmente competitiva, ele tem reações e exigências difíceis de dominar em apenas um dia de treino, que é o tempo que eu terei para fazer o teste. Mas este é apenas meu primeiro contato com este carro e tenho confiança absoluta de que vou me sair bem. Afinal, como eu disse, venho de preparando para isso já faz tempo. Mas acho também importante o fato de a Racing Engineering estar me oferecendo essa chance pelo trabalho que venho fazendo na F-3 Espanhola. Então, é muito especial”.

 

Sair da F-3 e ir direto para a GP2 é considerado, pelos especialistas, um salto bem maior do que trocar o GP2 por um F-1. Trata-se de um desafio tanto do ponto de vista técnico (é preciso muita sensibilidade para acertar este carro) quando no aspecto da resistência física do piloto. Tanto é que, na chamada ‘escala evolutiva’ do automobilismo internacional, existe entre a F-3 e a GP2 um outro torneio, a World Series, que utiliza carros com potência (425 cv) e tecnologia intermediárias entre as duas categorias. Além disso, o nível dos engenheiros envolvidos na GP2 é altíssimo, e eles exigem muito dos pilotos (novatos ou não), pois sabem que as regras da categoria limitam treinos e é preciso tirar o máximo de proveito do que o carro pode oferecer em cada ida à pista.

 

Início das definiçõesHoje, a GP2 é um sucesso absoluto no automobilismo, tanto que atrai pilotos do mundo inteiro, que preferem competir neste torneio ao invés de seguir para campeonatos em outros continentes, como nos Estados Unidos. São os casos do brasileiro Antonio Pizzonia, do alemão Timo Glock e dos italianos Giorgio Pantano e Gianmaria Bruni – competidores experientes que teriam vaga em torneios como a IRL ou a Fórmula Mundial, mas que ainda investem na GP2 pensando em chegar à Fórmula 1.

 

“Este teste não significa que, caso eu me saia bem, garanta uma vaga automaticamente na GP2, mas o meu desempenho pode contar na decisão final da equipe”, explica Jimenez, que participará apenas do primeiro dos dois dias de testes em Jerez. Atualmente, o ingresso na GP2 é um jogo no qual marcam pontos não apenas o talento, mas também diversas forças movidas por dirigentes da Fórmula 1, patrocinadores com interesses regionais e até mesmo confederações nacionais de automobilismo que lutam para que seus representantes garantam as melhores vagas no grid.

 

Infelizmente, hoje em dia não existem programas de incentivo a pilotos mantidos por empresas ou entidades brasileiras, e a chegada de nossos representantes é sustentada apenas pela iniciativa individual de cada um.

 

Depois destes ensaios, as equipes terão apenas mais dois dias de treinos em Valência, também na Espanha. Com base nas informações colhidas nestas oportunidades, os times deverão definir seus pilotos para 2007. “Competir na GP2 seria sensacional, algo realmente fantástico para alguém que no ano passado estava sem perspectivas”, resume Jimenez. “Mas eu não estou resumindo minhas opções apenas nesta categoria. Estou batalhando para dar mais um importante passo em minha carreira e este teste poderá abrir ainda mais portas importantes para o futuro, tanto na GP2 quanto em outras categorias de grande destaque no automobilismo”.

  • 07/11/2006 08:35 William (amf)

    Ele é o "Jimenes" , capaz de resultados impressionantes , por isso acho que o "caipira" vai impressionar muito os gringos , e uma coisa ele tem de sobra para isso , TALENTO !!!

  • 07/11/2006 08:58 Eduardo Kaixa

    Realmente fico muito feliz pelo sucesso deste exelente piloto Sérgio Jimenez, além de ser um grande amigo "JIMI", e da família, por isso fico bem a vontade de escrever estas poucas linhas, e dizer que realmente a justiça tarda mais não falha, um piloto deste nível que acompanho desde junior menor , com tudo que fez no Kart, na Formula Renault, e agora na Espanha, certamente quem der uma oportunidade para esta fera, terás bons frutos, parabens "JIMI" e que DEUS te ilumine e te dê muitas vitórias na sua carrera.
    Kaixa