Bruce Dickinson, vocalista da banda inglesa Iron Maiden, não pediu toalhas brancas, comidas exóticas ou aromas de flores no camarim antes de tocar pela oitava vez no Brasil no último domingo, no Autódromo de Interlagos. Conhecido por seu estilo de vida radical – que inclui formação como piloto de caça e competições de esgrima – a lenda do rock aproveitou a realização de seu último show no Autódromo de Interlagos e pediu para acelerar no Kartódromo Ayrton Senna, que faz divisa com o circuito que recebe anualmente a Fórmula 1. E foi atendido.
Horas antes de sacudir a Zona Sul de São Paulo, Bruce acelerou um Biland Kart ao lado do promotor da categoria no Brasil, o empresário Paulo Breim. E gostou tanto da brincadeira que pediu bis na última segunda-feira, antes de seguir para Belo Horizonte pilotando seu próprio avião – um Boeing 757. “Ando três ou quatro vezes por ano de kart, gosto muito, muito disso”, resumiu Bruce, depois da primeira experiência em Interlagos.
Paulo Breim revelou que o astro nunca havia pilotado um kart com motor quatro tempos. Ele gostou da experiência e, também, do seletivo traçado paulista. “Fomos procurados pela produção do show para conseguir alguns karts para a banda, e atendemos prontamente. O Bruce é uma figura muito carismática, e foi bastante simpático com toda nossa equipe. Além disso, ele acelera bastante para quem pilota apenas algumas vezes por ano”, declarou Paulo Breim.
Os dois fizeram uma mini-corrida no domingo, e repetiram a atividade na última segunda-feira. Apesar de algumas escapadas – bem ao estilo de quem não tem medo de acelerar, mas ainda não está familiarizado com o circuito – Dikinson foi competitivo e mostrou ótimo preparo físico. Ele pilotou por cerca de meia hora no circuito paulista no domingo, e de lá seguiu direto para o camarim montado a alguns metros dali, no interior do Autódromo. Em seguida, cantou com a habitual energia para um público de 63 mil pessoas – recorde em shows da banda.