O cancelamento do GP Brasil, anunciado pela CBA hoje pela manhã através de seu presidente Cleyton Pinteiro, começa a ter seus desdobramentos e o primeiro deles vem através dos diversos comentários de pilotos e seus pais e das equipes, inconformados com a notícia.
Outro desdobramento é com relação ao percentual das inscrições que a CBA, FASP ou Itu teriam direito. Segundo Pinteiro, Itu ficaria com 30% do valor das inscrições, assim como aconteceu em Goiânia e Curitiba e acontecerá em Salvador, na Copa Brasil.
Divulgada a notícia do cancelamento, de suas razões e também do percentual citado pelo presidente Pinteiro, o Ituano Motor Sport Clube contatou conosco para esclarecer que no Caderno de Encargos enviado pela CBA não há uma só citação – por escrito – de que a entidade máxima repassaria 30% do valor das inscrições. Segundo o clube, sua arrecadação viria do lucro da venda de pneus e combustível, do estacionamento de motor-home e de 50% da publicidade vendida. E que até o ano passado – ou nos dois GP Brasil realizados até aqui – 50% do valor arrecadado com as inscrições da Shifter e Endurance era de Itu, o que para a edição 2009 não aconteceria.
Para esclarecer o impasse contatamos com Rubens Gatti, presidente da CNK. “É um acordo verbal que temos com a FASP, via presidente Rubens Carpinelli, assim como foi com a Federação Goiana e a Paranaense. Ao final do evento a CBA repassaria, para a FASP, 30% do lucro líquido do GP Brasil. A partir daí, seria um acerto entre a FASP e Itu. Em nosso acordo nada contempla repasse de dinheiro diretamente da CBA para Itu, é assim que sempre funcionou”, esclarece Gatti.
Rubens Gatti confirmou que a CNK recebeu a contraproposta de Itu (assumir todas as despesas e ficar com 90% de toda a arrecadação bruta, repassando 10% para a CBA). “A contraproposta não foi interessante para a CBA, assim como Itu não julgou interessante nossa proposta. Consideramos ambos que o evento seria inviável economicamente, razão pela qual o GP Brasil foi cancelado”, diz Gatti, que aproveita para esclarecer. “Não existe briga entre Rubens Gatti e Rubens Carpinelli, como tenho ouvido por aí. Temos respeito um pelo outro e esta é a realidade”, finaliza.