O sistema de disputas foi o mesmo do Campeonato Mundial, com a realização de provas classificatórias e de uma final valendo o título. Mas as categorias e motores usados na competição foram os mesmos do Campeonato Paulista. O I GP Brasil de Kart, disputado no Kartódromo Arena Schincariol, em Itu (SP), foi um misto de dois torneios cujos títulos povoam os sonhos dos pilotos brasileiros, e terminou comprovando o equilíbrio da categoria Cadete, reservada aos kartistas mais jovens do torneio.
O GP marcou em especial a carreira do paulista Matheus Chequer, vice-campeão brasileiro no ano passado, que conquistou o quinto lugar em Itu e voltou a figurar no pódio em uma competição nacional. “Foi muito bom, em especial porque trabalhamos muito para nos recuperarmos ao longo da competição”, avaliou Matheus, que teve dois motores substituídos nos treinos e foi obrigado a largar da 14ª posição. Na corrida pré-final, ele chegou a andar em sétimo e recebeu a bandeirada em 10º. E foi daí em diante que começou a impressionar.
“Na última bateria, que era a que realmente valia o título, parti para cima, para o tudo ou nada. Cheguei a estar em quarto, brigando com o segundo e com terceiro colocados, e terminei em quinto. Ter largado atrás me impediu de disputar o título, mas estou satisfeito porque voltar ao pódio em uma competição nacional é sempre muito positivo”, acrescentou o piloto, patrocinado por BMW Agulhas Negras, Puma, Red Balloon, Runner, Passatempo e Mini.
Matheus ainda participou de uma exibição ao lado do multicampeão Danilo Dirani, que tinha por objetivo mostrar as diferenças entre os karts das categorias Cadete e Shifter – os dois extremos da modalidade no país atualmente. A primeira, destinada a iniciantes com idade entre 7 e 11 anos, tem motor de 6 cv. Já a segunda, reservada aos Graduados, é equipada com motor de 42 cv e câmbio de seis marchas.
“Foi legal. Demos ‘zerinhos’ na pista e tudo mais. Participar de uma demonstração ao lado do Dirani, que é um dos melhores pilotos de kart do Brasil, é uma grande honra. Foi uma experiência bacana. Também acho importante ressaltar a ótima organização do evento por parte da CBA, já que não houve nenhum atraso na programação. O Kartódromo de Itu também estava impecável e a RBC fez um ótimo trabalho nos motores, que estavam super equilibrados”, encerrou o jovem piloto.
Para completar o fim de semana, Matheus Chequer ainda teve a oportunidade de sentar em um Fórmula Renault, categoria que até o início de 2006 era destino certo para pilotos brasileiros recém-saídos do kart, e que voltou a ser disputada neste ano sob a denominação de Fórmula Brasil 2000. Para acelerar o monoposto em uma competição, no entanto, Matheus, que hoje tem 10 anos de idade, terá de esperar até os 16.