A Fórmula 2 concluiu a abertura da temporada 2020 neste
final de semana com o Grande Prêmio da Áustria, no Red Bull Ring, localizado na
cidade de Spielberg. A categoria de acesso à Fórmula 1 teve duas corridas – uma
no sábado (4), com vitória do britânico Calum Ilott, da UNI-Virtuosi, e outra
neste domingo (5), na qual o brasileiro Felipe Drugovich, da MP Motorsport,
saiu como o grande vencedor.
Um grid de alta qualidade, com pilotos experientes e
estreantes que vieram do passo imediatamente anterior à F2 – a Fórmula 3, que
corre nas mesmas pistas nos mesmos finais de semana e com dinâmica de pneus
similar. O final de semana marcou o fim de um hiato de 14 meses sem participar
de uma prova oficial para Guilherme Samaia. O brasileiro, duas vezes campeão
brasileiro de F3 (Light e principal), não passou pelo FIA F3 e é o único piloto
do grid a não ter feito o passo anterior à F2.
Assim, a rodada dupla de abertura do campeonato foi recheada
de aprendizados e novas experiências para o paulistano de 23 anos. Samaia, um
dos três brasileiros da categoria, classificou-se em 19º no grid e concluiu as
duas corridas em 16º e 15º, respectivamente, cumprindo o objetivo de terminar
as provas do final de semana pela equipe espanhola Campos Racing.
“Aprendi muito durante este final de semana. Cometi
alguns erros, fui cauteloso em alguns momentos em relação aos pneus, mas aos
poucos fui entendendo a categoria e seus procedimentos. Não foi a estreia que
eu gostaria, mas o objetivo foi cumprido, que era terminar as duas corridas. A
curva só tende a subir, cada vez mais entendendo e melhorando em alguns pontos
e desenvolvendo outras”, destacou Guilherme.
O piloto, ciente dos desafios e do aprendizado à sua frente,
tratou de tentar superar os obstáculos e em alguns momentos evitou riscos para
cumprir seu objetivo. Da corrida do sábado (4) para a deste domingo (5), já
pôde aplicar um pouco da experiência adquirida – principalmente na largada.
“No domingo fiz uma largada melhor, mas não consegui
espaço na primeira curva e cheguei a sair da pista, perdendo velocidade”,
narrou. “Os momentos iniciais das corridas são fundamentais na questão dos
pneus, porque acabei sendo até um pouco conservador pensando em não degradá-los
muito e ter um desempenho uniforme da borracha durante a prova toda, e depois
percebi que dava para forçar o ritmo um pouco mais; no final eu estava mais
rápido que o grupo de pilotos imediatamente à minha frente, mas já não havia
muito o que fazer”, lembrou o piloto da Campos.
“O principal é entender melhor os pneus e suas variações,
e acho que daqui para a frente a tendência é melhorar – ainda mais porque já
correremos de novo no próximo final de semana e na mesma pista, e isso é muito
bom para continuar crescendo”, concluiu.
A Fórmula 2, assim como a Fórmula 1 e a F3, permanecem na
Áustria para a segunda rodada da temporada no próximo fim de semana – desta vez
renomeado como GP da Estíria, em referência à região onde fica a cidade de
Spielberg e, assim, o Red Bull Ring.