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01/07/2020 09:26

Guilherme Samaia parte para sua rodada de estreia na Fórmula 2 após longa espera

Fonte: P1 Media Relations


Foto: Dutch Photo Agency

Guilherme Samaia


Guilherme Samaia é um dos três brasileiros que iniciam na Áustria, neste final de semana, o caminho rumo ao sonho da Fórmula 1. O paulistano de 23 anos fará sua estreia na Fórmula 2, categoria de acesso ao topo do automobilismo mundial. Competindo pela espanhola Campos Racing, o campeão de 2017 da Fórmula 3 Brasil – que também tem o título de 2015 da classe Light - terá o inglês Jack Aitken como companheiro de equipe e terá em Felipe Drugovich e Pedro Piquet os compatriotas representando as cores brasileiras em uma das categorias mais difíceis do mundo.

O momento da estreia chega após muita ansiedade. O último contato dos competidores da categoria se deu no dia 2 de março no Bahrein durante os treinos coletivos da F2. Logo depois, a pandemia mundial do coronavírus colocou os planos de todos os eventos em espera, e mesmo com as restrições sendo gradualmente relaxadas em algumas localidades da Europa, o evento no Red Bull Ring neste final de semana seguirá critérios rígidos de distanciamento social e higiene – o evento é suporte da Fórmula 1, que também abre a temporada na mesma pista, e sem público.

Para Samaia, a espera foi muito maior que o tempo imposto pela pandemia. “A Campos havia me oferecido uma vaga no ano passado, para estrear justamente na Áustria, mas preferimos esperar o momento certo. E finalmente, esse momento chegou. Não vejo a hora de acelerar”, disse o piloto de 23 anos.

Ano de estreia é também de adaptação, segundo Guilherme. Para ele, o salto da Fórmula 3, com carros de 230 cavalos de potência, para o F2, de 620 cavalos e motor turbo, é maior do que da própria F2 para a F1. “É tudo diferente: a carga aerodinâmica do Fórmula 2 é absurdamente maior, o contorno de curva é muito mais rápido, a potência, o poder de frenagem. Na F2 tem também outro fator importantíssimo que é a administração do consumo dos pneus, que varia muito durante a corrida. É um mundo diferente e nos testes do Barhein eu pude me adaptar muito bem. Agora tem a questão de otimizar tudo e não perder tempo, porque a programação do final de semana é bem curta”, afirmou.

De fato, a F2 tem no final de semana apenas um treino livre de 45 minutos na sexta-feira e a classificação de meia hora; no sábado (3) acontece a chamada Feature Race, que é a corrida longa, com uma hora de duração. No domingo (4), invertem-se os oito primeiros colocados da prova no grid para a Sprint Race (ou corrida curta) de 45 minutos.

Expectativas? Adaptar-se rapidamente ao formato e continuar uma linha ascendente de aprendizado. “A comunicação com a equipe já é boa e isso tem sido fundamental no processo todo. Espero continuar aprendendo e vou buscar sempre extrair o máximo de mim e do equipamento. É no que quero pensar primeiro; os resultados para um estreante, em uma categoria tão difícil e competitiva como a Fórmula 2, vão vir como consequência de um bom trabalho e adaptação – e é isso o que buscamos no momento”, concluiu.

O calendário da Fórmula 2 é composto de oito rodadas duplas: serão duas na Áustria (4 e 11 de julho), Hungria (18 de julho), duas na Inglaterra (1º e 8 de agosto), Espanha (15 de agosto), Bélgica (29 de agosto) e Itália (5 de setembro). “É um calendário apertado, mas bom, porque a gente corre praticamente todo final de semana. Para que está estreando, é algo positivo porque a gente não tem muito intervalo e está em contato constante com o carro”, avaliou.

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