O Kartódromo RBC Racing, em Vespasiano (MG), recebeu neste dia 15 de dezembro a terceira e quarta etapa da Fórmula Minas, que teve a participação de Lucca Abreu, piloto que chegou disposto a conquistar o titulo, marcando a melhor volta na tomada de tempos da Júnior Menor.
Abreu, após intensa disputa, acabou sendo superado durante a primeira bateria e cruzou a linha na segunda posição. O resultado manteve Lucca na liderança do campeonato e, para ser campeão, bastaria a ele chegar na frente de seu adversário na segunda bateria.
Lucca largou em segundo e pulou na frente, liderando a corrida de ponta a ponta e cruzando a linha de chegada em primeiro. Com o título garantido, veio a notícia de que a largada estava sendo investigada pelos comissários.
O resultado da investigação chegou após a disputa de todas as outras baterias do dia, quando o piloto e seu responsável foram chamados à sala dos comissários. Estes informaram que Lucca havia queimado a largada. “Mostraram uma imagem nada esclarecedora. Ela não provava nada, pois não havia imagem do semáforo e dos competidores, e não provava que o Lucca estava na frente”, reclama Fábio Abreu, pai de Lucca.
Uma série de colocações passou a ser feita, tais como teria sido dado espaço entre as duas categorias que haviam sido agrupadas e que, quando a categoria da frente foi autorizada a de trás também passou a ter sua largada validada. “Como a imagem não nos permitia ver o semáforo, fomos informados que o que seria válido seria a voz do locutor, fato que nos causou muita estranheza”, conta Fábio. “Mas, por fim, nos disseram que o que valia como decisão era a palavra do comissário que acompanhou a largada e que ela seria inquestionável”, continua.
Para Fábio Abreu, o correto teria sido tentar a largada duas vezes, para que os pilotos pudessem estar alinhados corretamente. “Digo mais, a punição que tenho visto ser aplicada normalmente é o acréscimo de 10 segundos e não a perda de três posições no final da corrida”, reclama mais uma vez.
“Ficamos profundamente chateados com o ocorrido, não acredito em ma fé ou coisas assim, acredito na falta de preparo dos comissários e falta de critérios. Em todos esses anos nunca vi uma punição igual a essa para ninguém. O erro foi deles, ao juntar categorias na final do campeonato, assim começaram os problemas. Se fosse somente a nossa categoria, a largada seria considerada inválida e fariam todo o processo de novo e não teríamos maiores problemas. Não dá para acreditar nisso, de que a palavra do comissário é a verdade maior da historia. Se não tem a imagem que prove, como punir o competidor? É necessário ter transparência nisso, se gasta dinheiro, tempo. Quem mais perde com isso é o esporte”, finaliza o pai do piloto.