A quarta etapa do Maranhense começou bem para o piloto Henri Forest, mas contou com ares dramáticos no final. O piloto cravou a pole após emocionante classificação, onde o final da tarde e a entrada do anoitecer, mescladas com a pista úmida, tornaram a decisão da escolha dos pneus de pista seca ou molhada fundamentais.
As primeiras voltas mostraram que quem saiu com pneus para molhado havia acertado na escolha, mas os 10 minutos de tomada fizeram a pista secar, revertendo a vantagem para Forest, que melhorava a cada passagem até registrar o tempo inalcançável da pole.
No dia seguinte, assim que levou seu kart para a posição de honra na largada, o piloto apoiado pelo Governo do Estado do Maranhão e Cemar voltou a sentir problemas de freio (na etapa passada Henri já havia enfrentado os primeiros problemas com o equipamento). Com falta de tempo, a equipe decidiu retirar o piloto da disputa da bateria e trabalhar novamente na resolução do problema.
Após a aplicação de algumas soluções, Henri partiu para a segunda bateria. Em prova de recuperação, escalou o pelotão e alcançou a liderança até que a poucas voltas para o final um novo problema de freio tirou o piloto da prova. A nova falha aconteceu no final de uma das retas de alta velocidade do kartódromo, fazendo o piloto atingir violentamente a tela de proteção do parque fechado. O impacto acabou sendo sobre uma das colunas de sustentação das telas, destruindo seu kart e equipamento de segurança.
Momentos após a batida
Imediatamente a prova foi interrompida e o piloto, que estava desacordado, recebeu os primeiros atendimentos pela equipe de paramédicos no local. Por ter batido com o capacete na coluna, Henri ficou desacordado por alguns minutos e, ao ser reanimado, não tinha consciência do que havia acontecido. Após ser levado para um hospital da cidade e ter passado pelos primeiros atendimentos, acompanhado de um neurologista, ficou constatada a integridade física do piloto, que teve sua memória retornando gradativamente.
Apesar de não ter tido sequelas em virtude do acidente, Henri ficou internado por dois dias no hospital para acompanhamento de precaução, já que a desaceleração e o impacto foram altos. Assim que possível o piloto comentou o que se lembra sobre o lance: "Fiz a curva da torre normalmente, lembro apenas de ter visto o tempo de minha volta, pois naquele trecho é onde fecham as voltas. Depois disso não recordo de mais nada. Agradeço a Deus por estar bem e a todos que estiveram ao meu lado após o acidente. Quero me recuperar o quanto antes para voltar às pistas", comentou o piloto, que espera autorização médica para competir no Brasileiro.