Foi como ficar sem chão. Foi assim que o paranaense Jonathan Louis (ULV / Birel / VSA - Vinícola Santa Augusta / Nicrom / Tcd / Plascon / Cia Athletica / Bisa / Raceland) se sentiu quando ficou sabendo do fim da Fórmula Futuro. Com o término precoce da única categoria de fórmula do país, Jonathan, que já tinha conseguido patrocinadores para a atual temporada, agora terá que repensar o que irá fazer daqui pra frente.
“Foi um balde de água fria”. Com essa expressão e totalmente desanimado, que Jonathan Louis busca agora encontrar uma maneira de continuar competindo. Uma das ideias seria a Europa, mas como a temporada já começou e o custo é maior, ele ainda não sabe o que irá fazer. “Não temos nada definido. É complicado porque a temporada europeia já começou e eu iria para lá já com desvantagem. Eu e meu pai estamos buscando novas formas de continuar competindo este ano. Só Deus sabe o que vai acontecer”, lamentou o piloto.
O encerramento da Fórmula Futuro trouxe prejuízos ao paranaense. “Parece que não houve respeito com os pilotos. Trabalhamos duro no ano passado para levantar recursos e seguir na competição. Como fica nossa situação com os apoiadores? Como vamos fazer com as passagens compradas e com as reservas de hotéis que já adiantamos? Isso sem contar com o desgaste psicológico”, lembrou o piloto.
Visando competir todas as etapas da Fórmula Futuro em 2012, o planejamento começou ainda em 2011. No ano passado Jonathan Louis competiu no brasileiro de kart focando principalmente o prêmio, onde ganhou 30% para bancar sua permanência na Futuro. Depois foi a Imperatriz no Maranhão competir na Copa Brasil e ganhou o prêmio máximo (70%). Aí veio a notícia de que o prêmio não seria acumulativo, e, se não fosse essa regra, ele iria competir com 100% de prêmios. Mesmo assim foi feito um acordo e o piloto correria pagando 50% e até o cancelamento da competição Louis já tinha efetuado 90% do valor pago (que será devolvido). Mas de nada adiantou todo este esforço.
Sem um rumo certo, Jonathan Louis segue a procura de um empresário para uma parceria internacional. Esta seria uma saída para não quebrar a carreira vencedora do jovem curitibano. “Agora mais do que nunca preciso de um empresário para me ajudar a competir na Europa. Preciso de um carro para guiar. Isso é o meu sonho, minha vida! O automobilismo é como se fosse o ar que eu respiro todos os dias. A velocidade está no sangue e preciso dela para continuar minha vida e seguir buscando realizar meus sonhos”, desabafou o piloto.