O Clube de
Automobilismo Motori Brasil, criado nesta temporada, esteve presente na disputa
do maior Campeonato Brasileiro de Kart da história. Com quase 700 inscrições, a
principal competição do kartismo no país foi realizada ao longo das duas
últimas semanas no Kartódromo Beto Carrero, em Penha (SC).
O Motori
Brasil, que tem como missão fortalecer o kartismo brasileiro e conectar a base
do esporte às suas categorias de elite, teve seus sócios competindo nas duas
semanas, a primeira reservada aos motores 2 tempos e a segunda aos motores 4 tempos.
E a
experiência foi completamente distinta de uma semana para outra. No Grupo 1, realizada
com motores próprios, Enzo Prando foi vice-campeão na categoria OK-N, Marcos
Borenstein terminou em 10º e Vitor Ferré em 18º, ambos na Novatos.
“Nossa
participação no Grupo 1 teve bons resultados e foi uma ótima experiência para
nos prepararmos melhor para 2026. Estaremos mais fortes no ano que vem”, declarou Geraldo Ferreira, Diretor-Administrativo
e cofundador da Motori Brasil. “Infelizmente, não podemos dizer o mesmo com
relação ao Grupo 2, que utilizou motores fornecidos pelos organizadores e por sorteio”,
lamenta.
Competindo na
F4 Novatos, Marcos Borenstein foi o 6º colocado, enquanto Arthur Silva terminou
apenas o 43º. Na F4 Graduados, Enzo Prando terminou em 9º, ao passo que Paulo
Farias foi o 4º na F4 Grand Super Sênior e Márcio Gazquez o 19º na F4 Super Sênior.
“Os
motores fornecidos pela Cuca Racing para as categorias F4 Novatos e F4
Graduados estavam totalmente sem a mínima equalização”, lembrou Geraldo Ferreira. “O
Marcos, por exemplo, trocou três vezes o motor depois de constatarmos que não
havia nada de errada no chassis Tony Kart que recebemos na semana da prova. Foi
um ano de trabalho jogado no lixo”, completou.
“O
Campeonato Brasileiro é uma vitrine importantíssima do kartismo nacional, e por
isso todos nós, pilotos, equipes, pais e instituições, desejamos que ele seja
cada vez mais robusto e confiável”,
continuou o gestor.
De acordo com
Geraldo Ferreira, a F4 Novatos como um todo enfrentou uma situação muito clara
de desequilíbrio técnico no lote de motores fornecido pelo preparador
homologado. “Não foi um problema isolado: dezenas de pilotos relataram
falhas, apagões e discrepâncias de desempenho. Na prática, isso comprometeu a
isonomia que a categoria exige, especialmente para quem está dando seus
primeiros passos no esporte”, analisou.
“O papel da
Motori Brasil é justamente fortalecer o nível do kartismo brasileiro. Por isso,
tratamos o assunto com a seriedade que ele merece: cobrando apuração, melhorias
e governança — sempre de forma respeitosa, institucional e construtiva”, continuou Ferreira.
“Queremos
um ambiente esportivo onde o talento do piloto, o trabalho da equipe e o
investimento das famílias prevaleçam sobre fatores que poderiam e deveriam ser
controlados. Não se trata de apontar culpados, mas de evoluir o processo para
que, em 2026, tenhamos um Brasileiro ainda mais forte, justo e confiável. A
Motori Brasil estará sempre do lado da isonomia e da formação de pilotos”, finalizou Geraldo Ferreira.
