Sede de muitos eventos importantes na história do kartismo
nacional desde sua inauguração, o Kartódromo Raceland Internacional, em Pinhais
(PR), é também local de trabalho para muitos pais de família. Em seus boxes
atuam chefes de equipe e mecânicos, que atendem centenas de pilotos
profissionais em busca de um lugar nas principais categorias do automobilismo
mundial. Mas, mais do que isso, o Raceland faz parte de um “grande motor” que
mantém centenas de empregos e famílias no Brasil.
Agora sob a administração dos empresários Wagner e Alfredo
Ebrahim e Cláudio Kyrila, o complexo permaneceu fechado por vários dias,
atendendo às determinações dos órgãos de saúde nacionais, estaduais e
municipais.
Na próxima segunda-feira (20), porém, baseado no Decreto
Municipal 316/2020, o Raceland Internacional deverá reabrir suas portas
exclusivamente para treinos privados, com horários reduzidos e todos os
cuidados possíveis para a prevenção ao Coronavírus.
“O Raceland é local de trabalho para muitos chefes de
família, que atualmente não têm conseguido sustentar seus familiares da forma
adequada, já que nas últimas semanas não exerceram suas funções”, explica
Wagner Ebrahim. “Assim, baseados no decreto da prefeitura de Pinhais, vamos
retomar nossas atividades a partir da próxima segunda-feira e gostaríamos,
sinceramente, que outros kartódromos pudessem fazer o mesmo”, completa.
Atendendo o que diz o Decreto Municipal 316/2020, o Raceland
Internacional abrirá com horário reduzido, entre 10 e 16 horas. E, o mais
importante de tudo, imporá condições claras e imprescindíveis para a entrada
dos profissionais em suas dependências.
Dentre as principais medidas adotadas pelo Raceland para
conter o avanço da pandemia estarão a exigência de máscara e de luvas já no
portão de entrada, a medição da temperatura neste momento, limpeza dos
banheiros com álcool várias vezes ao dia e o atendimento de apenas uma pessoa
por vez na secretaria. Além disso, cada piloto poderá levar apenas um mecânico
e será exigido também o distanciamento das pessoas na área de boxes.
“São exigências e procedimentos que não serão relaxados
em momento algum e que podem ser fiscalizados pelas autoridades. Apenas
atendendo a isto, pilotos, chefes de equipe e mecânicos terão acesso ao
Raceland”, garante Wagner Ebrahim. “Aproveitamos as condições criadas para
que estas pessoas possam voltar ao trabalho, mas é necessário que todos atendam
a estas determinações. Entendemos também que, com isso, conseguiremos dar
início a um trabalho para que toda a engrenagem do kartismo brasileiro volte a
funcionar. O kartismo no Brasil é um negócio gigante e envolve centenas de
trabalhadores, que dependem dele para viver e alimentar suas famílias”, continua.
“O kartismo brasileiro tem em sua esfera – de norte a sul
do país – seis fábricas de chassi nacionais, representantes de pelo menos mais
quatro fabricantes internacionais de chassi, fábricas ou representantes de
pneus nacionais e internacionais, kartódromos, dezenas de lojas de
equipamentos, centenas de equipes e mecânicos, jornalistas, assessores de
imprensa, fotógrafos e prestadores de serviços nos mais diversos segmentos. São
milhares de pessoas que, direta ou indiretamente, movem a engrenagem e todas
elas dependem de kartódromos abertos, para que os pilotos possam pelo menos
treinar e, assim, sobreviver”, sublinha Alfredo Ebrahim.